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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

O QUE É SAUDADE?

Quem nunca sentiu saudade, mesmo sem saber que saudade é saudade? Hoje, 30 de janeiro, é o dia da saudade.
São latinas as raízes da palavra saudade. Como expressão, saudade só existe na língua portuguesa e na galega.
Cabeções, tradutores, estudiosos, de várias partes do mundo reuniram-se há alguns anos para descobrir as palavras de mais difícil tradução. Dentre todas as línguas, centenas, milhares, saudade apareceu como a sétima palavra mais difícil de traduzir.
É muito fácil você meu amigo, você minha amiga, quando digo "estou com saudade".
O que é saudade? 
Saudade é a ausência de alguém querido, de uma história bonita e triste, ou não. 
Saudade, uma vez me disse quando perguntei, Adoniram Barbosa: é um bichinho que rói, que rói o nosso coração.
Tem até uma música que diz: "a saudade mata a gente, morena...", ouça:




O poeta nordestino Antonio Pereira de Moraes partiu para a Eternidade depois de ficar conhecido como o poeta da Saudade. É dele este poema:

Saudade é um parafuso
Que na rosca quando cai,
Só entra se for torcendo,
Porque batendo num vai
E enferrujando dentro
Nem distorcendo num sai.

Saudade tem cinco fios
Puxados à eletricidade,
Um na alma, outro no peito,
Um amor, outro amizade,
O derradeiro, a lembrança
Dos dias da mocidade.

Saudade é como a resina,
No amor de quem padece,
O pau que resina muito
Quando não morre adoece.
É como quem tem saudade
Não morre, mas não esquece.

Adão me deu dez saudades
Eu lhe disse: muito bem!
Dê nove, fique com uma
Que todas não lhe convêm.
Mas eu caí na besteira,
Não reparti com ninguém.

Quem quiser plantar saudade
Primeiro escolha a semente
Depois plante em lugar seco
Onde brota o sol mais quente
Pois se plantar no molhado
Quando nascer mata a gente.

                         Antônio Pereira

BRUMADINHO CONTA SEUS MORTOS


Oficialmente há  24.092 barragens espalhadas Brasil afora. Oficialmente, eu disse. Acredita-se, porém que esse número passe de 30.000. Só em Minas Gerais há cerca de 900. Dessas, 176 são, em tese, de responsabilidade da Vale do Rio Doce.
Os brasileiros da periferia vivem constantemente ameaçados de serem levados pelas enxurradas de lama, provenientes da sobra da mineração feita por milhares e milhares de operários que pagam com a vida o trabalho que prestam às mineradoras.
O caso de Mariana não foi o primeiro, nem o caso de Brumadinho foi o segundo. Muitos estouros de barragem já ocorreram desde que se multiplicaram as mineradoras no País.
As montanhas de Minas Gerais estão vindo abaixo faz tempo. Desde Tiradentes. Tiradentes pagou com a vida o que todo mundo sabe. Não à toa, Minas Gerais tem o nome que tem.
A irresponsabilidade dos poderosos, incluindo as tais autoridades constituídas, tem levado o Brasil ao buraco. A propósito: vocês têm notado que não é de hoje que muita coisa tem caído no país: viadutos, edifícios, peças do monotrilho, árvores derrubadas pelas chuvas e até parte de um hangar do Campo de Marte, agora há pouco. Sem falar nos políticos que têm caído que nem moscas na teia.

Uma perguntinha ao pobre mortal ou à pobre mortal que lê estas linhas: o que você faria se tivesse um salário de 5 milhões de reais mensais, hein???
Pois é, essa graninha aí referida é o que ganha o presidente da Vale do Rio Doce, tá bom??
Mais: a Vale teve um faturamento de 17,6 bilhões de reais, em 2017.
Atenção! acabam de sair novos números da desgraça, e não simples tragédia, prevista em Brumadinho: 99 corpos foram retirados do mar de lama pelos bombeiros etc. mais de duzentos continuam desaparecidos. A coisa é grave, gravíssima. Desculpem-me os mais sensíveis, mas a verdade é que já passou da hora de bater o pau na mesa!

Título: Vida e morte em Brumadinho
Autor: Assis Ângelo

Morre sorte, morre vida
Morre fé, morre esperança
Morre fim, morre começo
Morre paz, morre bonança
Morre tudo, nada fica
Só a dor da má lembrança

Morrem homens e mulheres
E crianças nas esquinas
Morre dia, morre noite
Nos morros, nas colinas
Morre tudo que se mexe
No rico solo de Minas

Mariana se repete
Com dor e muito espinho
O povo de Deus precisa
De amor e mais carinho
Por quê morre tanta gente
D'uma vez em Brumadinho?

O terror desceu matando
Pelas águas do Feijão*
Provocando desespero
Pavor e destruição
O poder não tem limite
nem pudor nem compaixão

Força e violência
Tem o Grande Capital
Que transforma gente em coisa
Pelo tal do vil metal
Impondo a "Mais valia"
Na alma nacional

A Vale do Rio Doce 
De doce não tem nada
Tem dor, tem agonia
E chicote pra lapada
Quem reclama ganha cruz,
Vira coisa descartada

Vale tudo, vale tudo
Na terra da bandalheira
Vale roubar o povo
Vale vale a roubalheira
Só por isso vale pôr
Os ratos na ratoeira!



segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

PAIAIÁ E A MÚSICA PRA SÃO PAULO


Nessa loucura que é a internet há coisa incríveis. Há programas de rádio etc. O Paiaiá, por exemplo.
O programa Paiaiá é um programa transmitido pela web. É assim: Rádio Conectados, todo o sábado entre o meio-dia e 13h. O apresentador desse programa é o paiaiaense Carlos Silvio, uma figurinha incrível aqui ao lado.
Estive no Paiaiá no último dia 19, pela segunda vez. Fui falar sobre a enxurrada de músicas inspiradas na Capital Paulista. São mais de 3000 músicas. Incrível não? Confira

PAPA VÊ RISCO NO POPULISMO



A imprensa mundial destaca em manchetes a prisão na Bolívia do criminoso italiano Cesare Battisti, que fugiu do seu país após ser condenado à prisão perpétua. As notícias dão conta de que ele assassinou 4 pessoas e deixou uma paraplégica. No Brasil, encontrou guarida.
Battisti integrou uma facção política denominada Proletários Armados pelo Comunismo.
Em nome do povo muitas desgraças têm sido feitas desde os primórdios.
Há poucos dias, o Papa Francisco alertou o mundo para os perigos que oferecem o populismo e as ditaduras.
O Partido dos Trabalhadores Alemães, criado em janeiro de 1919, deu vez ao Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, que ganhou forma no ano seguinte e com Hitler (1889-1945) fez história chegando aonde chegou.
Em 1920, Mussolini (1883-1945) criava o fascismo.
O fascismo e o nazismo são farinha do mesmo saco, da pior espécie.
O nazi-fascismo deixou mares de sangue nos quais se afogaram cerca de 50 milhões de almas, sem contar os 35 milhões de feridos. Hitler matou-se e Mussolini, foi morto e esquartejado pela ira popular.
A Alemanha perdeu a Primeira Guerra Mundial, por isso provocou a Segunda e o resultado foi o que se viu.
Mussolini foi aliado de Hitler desde o primeiro momento. Hiroito (1901-1989) do Japão, também.
Dentre todas as guerras, a Segunda (1939-1945) foi a que fez o maior número de vítimas. Paralelamente a isso muitos livros, filmes, peças teatrais e músicas foram escritos e publicados nos mais diversos idiomas.
A Segunda Guerra Mundial terminou com a rendição do Japão, no dia 2 de setembro de 1945.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, há muitos livros e discos que tratam do assunto. Ai ao lado LPs que registram discursos de Hitler e Mussolini. O Assunto é vasto.


sábado, 26 de janeiro de 2019

MICHEL LEGRAND GRAVOU MULHER RENDEIRA....

O maestro, compositor,instrumentista francês  Michel Legrand morreu num  sábado hoje 26, aos 86 anos de idade.
Foi num sábado que conversei com ele rapidamente, por telefone. Ele no Rio de Janeiro e eu cá em Sampa. Na ocasião eu apresentava o programa São Paulo Capital Nordeste, pela Rádio capital AM 1040. Eu tinha combinado com a sua produção uma participação dele no meu programa, ao vivo. E assim foi.
O motivo da entrevista de Legrand ao meu programa era o fato de ele ter gravado o baião Mulher Rendeira, de domínio  público, adaptado pelo paraibano Zé do Norte ( 1908-1979).
Mulher Rendeira integrou a trilha sonora do filme O Cangaceiro, de Lima Barreto (1906-1982). Esse filme, com roteiro da escritora cearense Raquel de Queirós (1910-2003), foi lançado  em 1953. Ganhou o mundo e muitos prêmios.
Originalmente, a música Mulher Rendeira é interpretada por Homero Marques e o conjunto paulistano Demônios da Garoa.
Dentre os inúmeros  intérpretes estrangeiros de Mulher Rendeira, se acham Joan Baez, Domenico Modugno e Michel Legrand. Daí.. não consegui fazer como queria, por problemas técnicos, a entrevista com esse que foi um dos maiores artistas da música francesa. O meu amigo Peter, francês nas origens intelectuais, funcionaria como intérprete.
Michel Legrand gravou Mulher Rendeira num dos primeiros LPs gravados no Brasil, pela extinta  Colúmbia, isso em 1960. Nesse mesmo disco há a gravação de Aquarela do Brasil, do mineiro Ary Barroso. Curiosidade: Zé do Norte morreu pobre de marré, marré. Deixou muitos filhos com mães diferentes.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acha o LP de Legrand com Mulher Rendeira e Aquarela do Brasil ( foto acima). Ouça:


DOR E MORTE EM BRUMADINHO

Título: Vida e Morte em Brumadinho
Autor: Assis Ângelo

Morre sorte, morre vida
Morre fé, morre esperança
Morre fim, morre começo
Morre paz, morre bonança
Morre tudo, nada fica
Só a dor da má lembrança

Morrem homens e mulheres
E crianças nas esquinas
Morre dia, morre noite
Nos morros, nas colinas
Morre tudo que se mexe
No rico solo de Minas

Mariana se repete
Com dor e muito espinho
O povo de Deus precisa
De amor e mais carinho
Por quê morre tanta gente
D'uma vez em Brumadinho?

O terror desceu matando
Pelas águas do Feijão*
Provocando desespero
Pavor e destruição
O poder não tem limite
nem pudor nem compaixão

Força e violência
Tem o Grande Capital
Que transforma gente em coisa
Pelo tal do vil metal
Impondo a "Mais valia"
Na alma nacional

A Vale do Rio Doce 
De doce não tem nada
Tem dor, tem agonia
E chicote pra lapada
Quem reclama ganha cruz,
Vira coisa descartada

Vale tudo, vale tudo
Na terra da bandalheira
Vale roubar o povo
Vale vale a roubalheira
Só por isso vale pôr
Os ratos na ratoeira!

......................................
*Córrego do Feijão, cuja as águas foram invadidas pelos rejeitos da barragem de Brumadinho administrada pela Vale do Rio Doce, no dia 25 de janeiro de 2019




sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

IRRESPONSABILIDADE MATA, EM MINAS


A cantora Clara Nunes (1942-1983) era mineira de Paraopeba. ela e muita gente bonita. Eu a conheci, simples e forte como os ventos do São Francisco.
Paraopeba é um município que dista da capital mineira, 100 Km mais ou menos.
Paraopeba nasceu às margens do rio de mesmo nome, ali pelo século 18.
Paraopeba fica perto de Brumadinho, onde acaba de ocorrer uma tragédia enorme, provocada pela irresponsabilidade  dos dirigentes da Vale e outros poderosos.
Paraopeba é uma cidade muito bonita, pequena e pacata. E o rio, lindo. Como o rio Doce, que perdeu a cor e o sabor com a tragédia que praticamente o engoliu em novembro de 2015. Lembram-se?
http://assisangelo.blogspot.com/2015/11/estao-esquecendo-mariana.html

O rio Paraopeba, como tantos e tantos, acaba misturando-se às águas do mar, depois de serpentear por regiões diversas.
O rio Paraopeba se acha em contos e romances de autores brasileiros.E na música, também.
João Guimarães Rosa (1908-1967) adorava citar cidades e rios nas suas obras. Em Grande Sertão , ele deixa seus personagens falar por ele. Cita umas duas dezenas de lugarejos e cidades por onde passa. Aliás, nesse livro, os personagens nadam e  atravessam rios, riachos, riachões, etc.
No tempo de Rosa não havia essas malditas barragens que matam bichos, peixes e gente.


Assis e Clara Nunes







SEBASTIÃO MARINHO
O cantador repentista Sebastião telefona dizendo que se acha na cidade em que nasceu, a paraibana Solânea. Ele, como faz todos os anos, põe a viola nas costas e vai cantar Nordeste afora. Já esteve esse ano em vários municípios da Paraíba e Rio Grande do Norte. Diz que está tudo muito bom, mas falta água. a seca é grande por onde tem andado. As cenas que vê o fazem sofrer. Cenas de sol quente, de seca, de dor. Mas assim que é a vida. E a vida segue. Nesse fim de semana Marinho vai estar em Pilões, PB. À Capital paulista, voltará no próximo dia 6.

QUARENTA E UM ANOS, SÓ SE FAZ UMA VEZ!

Idade, idade, idade, aniversário, aniversário, aniversário, viver, viver, viver.....
Como é bom viver.
Há quem negue a idade, que bobagem!
Minha querida Inesita Barroso ( 1925-2015) dizia tantas coisas bonitas sobre o tempo "a gente não leva nada!",  "que tal brincar?".
E dizia também: "porque negar a idade?" e ela brincava também dizendo e continuava brincando: "somos tão pobres, mas ricos somos pela autenticidade que Deus nos dá".
Inezita dizia tudo  com tanta naturalidade que enchia- me de alegria. Carmélia alves (1925-2013), a rainha do baião e Anastácia achavam muita graça do que Inezita (1925-2015) dizia. Machado de Assis ( 1839-1908) sabia como ninguém falar de coisas e gentes , de vaidades, de histórias do dia a dia. No romance Esaú e Jacó ( 1904), ele dá vida a incríveis personagens, baseados no livro Gênesis. Começa com Perpétua e sua irmã Natividade subindo o Morro do Castelo, Rio, em busca do futuro enunciado pela adivinha Cabloca. E a história segue. Lá pelas tantas, bem para tantas, Natividade fica triste no seu aniversário de 41 anos de idade. Esse detalhe no romance Machadiano fez me lembrar o aniversário de Mirian, irmã de Mara e Márcia, filha do potiguar Xavier Cortes. Quarenta e um anos! No romance de Machado, Natividade sofre por pensar que o marido Santos tinha se esquecido de data para ela tão importante. É quando ele, Santos, dá lhe um abraço e beijos e beijos, anunciando que ela é desde aquele instante baronesa, mulher do barão, e ele barão. E os 2 filhos Pedro e Paulo ( Esaú e Jacó), razão que a levou a consultar a Cabloca, não entendem nada, mas vibram e batem palmas. Esau e Jacó é um livro absolutamente necessário em qualquer estante que se preze. Viva Mirian, irmã de Mara e Márcia!
O futuro de Pedro, previsto pela mãe, é ser médico. E o de Paulo, advogado.
A história segue num crescente, mas não vou contar o final.


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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

SAMPA:CURIOSIDADES MUSICAIS


Eu já falei que há mais de 3000 músicas que tratam da cidade de São Paulo, feitas por mais de de 7000 compositores de todos os Estados brasileiros e também do Exterior. Pois bem a primeira dessas músicas que traz na sua letra o nome de um bairro é tã tã tã tãããã... Hino Nacional Brasileiro, de  Osório Duque Estrada (1870-1927) e Francisco Manoel da Silva (1795-1865). O bairro é Ipiranga. 
A primeira música que traz no título o nome de um bairro paulistano é tã tã tã tãããã... Rapaziada do Brás. Essa música, uma valsa-choro, que tem  como autores o maestro Alberto Marino (1902-1967) e um dos seus filhos, Alberto Marino Jr. (1924-2011). A primeira gravação dessa música com o autor  Bertorino Alma (Alberto Marino), data de 1926, originalmente sem letra. Marino assinava Bertorino Alma  pois não caía bem aos ouvidos da elite um erudito compor música popular.
No link abaixo eu trago algumas curiosidades. Confiram:

No acervo do Instituto Memória Brasil se acham dezenas e dezenas de gravações diferentes de Rapaziada do Brás.

Confira a  primeira gravação  de Rapaziado do Brás,  com Bertorino Alma, que  ocorreu de modo independente e através do selo Brasilphone. Confiram:

A primeira gravação com letra,  de Rapaziada do Brás,  ocorreu em 1965. A façanha coube ao argentino naturalizado Carlos Galhardo (1913-1985). Confiram:






terça-feira, 22 de janeiro de 2019

BRASIL DE BRASILEIRO

Arnaldo Xavier era um paraibano, poeta, amigo meu. Negro, maravilhoso. Um dia, não sei qual, ele se lascou todinho e morreu dentro de casa. Disseram: foi infarto.
Eu brigava muito com o Arnaldo. Ele dizia que eu era doido e idiota, pelo ponto puro e simples de eu aplaudir Castro Alves, baiano, por ter feito com tanta grandeza o Navio Negreiro.
Castro Alves, branco que era, assumiu a liberdade da vida. E isso independia e independe de cor. E Arnaldo não entendia isso.
Arnaldo entendia que negro tinha que falar de negro e que branco era inimigo.
Que bobagem!
Os negros trazidos de África prá mover a vida do Brasil construíram o Brasil.
Depois de tudo que aconteceu, escravos na vida continuamos. Brancos e negros, negros e brancos.
Ouvi há pouco o repeteco da fala do ex capitão, ora presidente Bolsonaro. E lá estava ele em Davos abrindo para o mundo o Brasil. Pôxa, que bom!
Estou torcendo para que o novo governo, eleito pelo povo, dê certo.
Cá prá nós, é engraçado ouvir o Bolsonaro falar "quéshtão",Óquei, óquei, óquei?? 
Então tá, ok?
A gente pode errar falando, podemos acertar nos gestos.
Não votei no Bolsonaro.
Quem sabe quem sou, sabe que fui eu um dos fundadores do PT.

EDUARDO ARAÚJO

Ontem ou anteontem ouvi Vila, chamado professor, dizer na Pan que Eduardo Araújo tinha ido para outro plano. Ele diz isso sempre de modo apoplético. Eduardo continua vivo e cantando muito bem. Fica o registro. Aliás, o Vila disse uma vez que estava fazendo um livro baseado em livro que eu escrevi falando do Nordeste. Eu gosto do Vila. Disseram que esse livro sobre o Nordeste escrito pelo Vila já saiu, opa!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

PRA PENSAR: A REVOLUÇÃO DOS BICHOS

Outro dia ouvi no rádio que o bambambã da Rússia, Putin oferecia todo o seu apoio a Maduro. Isso fez-me lembrar do belíssimo enredo desenvolvido por George Orwell, no seu famoso livro A Revolução dos Bichos. Obra prima. 
Orwell desenvolveu a trama do livro inspirado nas loucuras de Stalin.
É muitíssimo atual e ponto de reflexão a Revolução dos Bichos. Começa com Major, um velho porco muito respeitado por seus pares, dizendo que tivera um sonho e que esse sonho ele queria compatilhar com todos. Major morre e Bola de Neve, outro porco sensato e respeitado, o substitui. Mas logo depois Bola de Neve é posto pra correr por outro porco, Napoleão.
Napoleão é a cara de Stalin.
Napoleão tem um assessor tipo carrapato, Garganta.
No final, não vou contar o final, há um momento que não dá pra deixar de comparar com o que ocorreu na Conferencia de Teerã, reunindo representantes das três grandes potências envolvidas na II Grande Guerra: Stalin (URSS), Churchill (Reino Unido) e Roosevelt (USA).
E onde ficam Trotsky e Lênin em Revolução dos Bichos?
O livro é fantástico, fabuloso. Aliás é uma fábula que todos devem ler. Detalhe: Até hoje esse livro não foi traduzido na Rússia, nem na China, nem na Coreia do Norte e na Venezuela, acho que não.
George Orwell morreu no dia 21 de janeiro de 1950. Sua obra não.

CORDEL ENCANTADO

Hoje, 21, faz uma semana que a Plim Plim repõe na sua programação o folhetim Cordel Encantado. Belíssimo. A primeira vez que esse folhetim foi ao ar foi em 2011. Na ocasião o Globo Ruim fez uma bela reportagem sobre literatura de coral. Confira:


PAIAIA E SÃO PAULO PARA TODOS

A vida é coisa maravilhosa.
A Tv Cultura, de São Paulo, costuma trazer programa e entrevistados importantíssimos. É a melhor TV. Às vezes pisa aqui, às vezes pisa acolá. Mas isso é bom para provocar o tico e teco que há em nós.
O historiador José Ramos Tinhorão chega sempre a mim, as sextas-feiras, reclamando que está com uma dor aqui e ali.
Velhice foi o tema do programa Roda Viva da segunda 14 passada. Confira:
http://tvcultura.com.br/playlists/46_roda-viva-ultimos-programas.html

PAIAIÁ

Depois de quase um ano voltei ao programa Paiaiá.
O Paiaiá é um programa apresentado pelo Paiaiaense Carlos Sílvio, que vai ao ar todos os sábados, ao meio-dia, na Rádio Web Conectados (www.radioconectados.com.br). O cabra é bom.
O programa Paiaiá, da Conectados, é um programa que fala de jovens e velhos, de meninos e meninas, de ricos e pobres, e talentos em geral...

Dessa vez falei sobre os 465 anos que São Paulo a completar na próxima sexta-feira. Falei de Inezita, Paulo Vanzolini, Alberto Marino, Zica Bergami,Osvaldinho da Cuica, Tom Zé e outros grandes que cantaram São Paulo. Até eu andei fazendo isso, junto com Jarbas Mariz.
Clique a assista a entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=hxuMwA1DKEA



Rapaziada do Brás originalmente é uma valsa-choro de autoria de Marino feita em 1917 sem letra. A letra veio depois, em 1965, quando Marino Jr. letrou a música do pai para Carlos Galhardo gravar. Ouça:



sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

DE PAIAIÁ PARA SÃO PAULO

Olá, queridos leitores. 
Dia 25 de Janeiro a cidade de São Paulo completa 465 anos e para falar dessa cidade e como ela foi tratada através da música, amanhã, meio-dia, ao vivo, começando a temporada 2019 do programa Paiaiá na Conectados, eu  estarei no programa para falar de músicas que homenageiam a cidade de São Paulo .
Acesse: www.radioconectados.com.br ou pelo nosso aplicativo https://goo.gl/beZewi.
WhatsApp: 01120616257
Apresentação: Carlos Sílvio. Saiba quem é Carlos Sílvio clicando nesse link:
http://assisangelo.blogspot.com/2019/01/de-paiaia-para-o-mundo.html

Reprise, domingo, 19h00

Não percam.
Rádio web Conectados, a maior web rádio do Brasil.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

HOMENS DE SAIA, E DAÍ?

Dia desse, ontem ou anteontem, a querida Cris Alves trouxe-me um Whiskão proveniente da Escócia. Tomara que goste, ela disse. Esse Whisky é d e uma terra tradicional de homens de saia. Pensei: aí vem coisa. E veio. Perguntou-me sem mais delongas: "Você sabe por que o escocês usa saia?". Pensei: poxa...
E lá fui eu arrancando pensamentos, conhecimentos, história.
O homem nasceu nu e assim continua nascendo. Mas houve um tempo em que o homem nu passou a vestir o que hoje é considerado saia. Os escoceses usam saia há menos tempo do que se imagina. Os guerreiros romanos, gladiadores, usavam saia para ter movimentos livres nas pernas.
Calça amarra, limita movimentos. E é aí onde o homem macho se acha e se perde.
Por não querer se achar, o homem se perde em jeans.




Eu, cá comigo, fico imaginando o Osvaldinho da Cuíca com saia. Eu, cá comigo fico imaginando Geraldo Vandré de saia. Eu cá comigo fico imaginando Chico Buarque de saia. Eu, cá comigo fico imaginando Jair Bolsonaro de saia. Agora, pensei comigo, e Hitler e Mussolini e Stalin e Fidel de saia, hein??? Em 1957 ou 58, em João Pessoa, PB, um folião foi linchado pelo fato puro e simples de usar saia. Essa história está num livro de Wils Leal. O preconceito é uma merda ou não é?
Caetano Veloso de saia vi outro dia, não pegou bem: pernas magrelas, sorriso oco e tudo sem cor. Não pegou bem porque ficou feio prá danar.
E de saia editores como Cortez, hein? José Xavier Cortez com seus já 81 anos de idade ficaria bem com uma sainha. Mas o diabo é o tal do preconceito, da discriminação...
Que tal minha gente saber, conhecer a história? A história do mundo, claro. Em 1979, o Trio Nordestino gravou e a Copacabana, extinta, lançou o LP Trio Nordestino e o Homem de Saia. A música Homem de Saia é a terceira do lado A desse LP. O homem de saia fotografado na capa do disco é Ribinha, cearense. O autor da música, Enéas. Ouçam:



CHORINHO

Amanhã, 15, depois do Jornal da Cultura estrei mais uma vez dizendo mais uma coisinha sobre choro e chorões no programa de 13 capítulos O Brasil Toca Choro. Enquanto o amanhã não chega, cliquem:



SÃO PAULO EM PAUTA


O mundo foi criado por Deus no mês de janeiro, embora sobre essa questão haja alguma controvérsia. Nesse mês também foi criada a cidade de São Paulo. Isso há 465 anos a completarem-se no próximo dia 25.
A história do mundo é contada na Bíblia.
A história da cidade dos paulistanos eu contei em 2012, através da música numa grande exposição denominada Roteiro Musical da Cidade de São Paulo.
Uma extensa programação deu suporte à essa exposição.
Apresentaram-se na ocasião muitos artistas, entre os quais Arrigo Barnabé, Kiko Dinucci, Oliveira de Panelas e Sebastião Marinho (poetas repentistas), Passoca, Costa Senna, Roberto Seresteiro, Emicida, Thaíde, Eduardo Gudin, Oswaldinho da Cuíca, Tom Zé, Altamiro Carrinho e Inezita Barroso, relembre:




Roteiro Musical da Cidade De São Paulo foi resultado de uma pesquisa que fiz no correr de vinte e poucos anos, que reuniu mais de três mil títulos musicais. Contei a história da Capital Paulista através da música.
O primeiro título musical sobre a cidade foi composto em 1750 (Missa a São Paulo, Calixto e Anchieta Arzão). Curiosidade: no dia 6 de agosto de 1862 o Correio Paulistano trazia notícia da existência de um álbum intitulado “Melodias Paulistanas”, de autoria do padre Mamede José Gomes da Silva. A trilha dessa história conta com valsas, sambas, choros, forrós, baiões, rocks, baladas, raps, dobrados, pagodes, xotes, lambadas, toadas, modinhas, maxixes, tangos, emboladas, corridos, polcas, rancheiras etc.
Essa pesquisa, incluindo discos e partituras originais, se acha no acervo do Instituto Memória Brasil, IMB. Sobre o tema clique:




Declaração de Amor A São Paulo (poesia):



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Ah sim não custa dizer: ninguém, em canto nenhum do mundo, contou a história de uma cidade do modo como eu conto, ou seja através da música.

sábado, 12 de janeiro de 2019

Dia de festa

Dia 12 de janeiro, um dia bonito.
O dia 12, como todos os dias, historicamente é um dia bonito.
Hoje, 12 de janeiro de 2019, vai ficar pra história, como o dia em que meu peito bateu mais depressa, por ter recebido, pessoas que a tempo o meu peito queia ver, brincar, se divertir, etc.
Sou paraibano de João Pessoa, como muita gente sabe.
João Pessoa de Albuquerque era governador/presidente da Paraíba, quando aceitou ser forte na chapa presidencial que punha o gaúcho Getúlio Vargas, como o homem que dirigiria, como dirigiu, o destino do nosso País até quando foi possível...
A minha casa, hoje, acendeu-se toda de alegria.
A capital da Paraíba recebeu o nome de João Pessoa em 1930. Mas, essa é outra história...
Eu e a minha casa, incluindo a minha mente e o meu coração, encheram-se de alegria, com a presença de Dirceu e Andréa Noronha e seus filhos incríveis Maria Clara e Emanuel. E como se não bastasse, neste mesmo ambiente e tempo, estiveram meus amores queridos, meninas joíssimas, Ana e Cla.
Dia 12 de janeiro...

LINDUARTE NORONHA

como não bastasse, de tão grande que foi este meu dia, veio a mim e a todos que comigo estiveram, o nome mágico do grande pernambucano da Paraíba, Linduarte Noronha. Linduarte foi tão grande quanto Deus. Detalhe: Deus não filmava e nem nunca quis ser cineasta, Linduarte não quis ser Deus, mas quis ser cineasta. Deus criou o mundo e Linduarte, o cinema brasileiro. E o detalhe, um detalhinho bobo: a obra do genial Linduarte está interditada. Que pena! O Brasil precisa beber da obra de gênios, como Linduarte. E eu estou falando tudo isso agora com a alegria de quem me dá estas informações: Dirceu Noronha de Oliveira Filho, o sobrinho. Amigos, amigas, procurem Linduarte Noronha nesta história louca em que está se transformando o YouTube, procurem aí, no YouTube, Linduarte Noronha (1930-2012). 

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

ELIS, MINISSÉRIE DA GLOBO

Estou nas últimas páginas do romance O Primo Basílio, do português Eça de Queiroz.
Eça nasceu em 1845. Cem anos depois nascia no Rio Grande do Sul a brasileira Elis Regina. Elis nasceu em Janeiro de 1945, Eça em março.
O que tem a ver Eça com Elis? Simples: Eça foi um grande escritor e Elis uma grande intérprete da nossa música popular.
Mais tarde, depois do Jornal Nacional e da novela que vem em seguida, estréia na telinha da Plin Plin, a série em 4 capítulos:  Elis - Viver é Melhor Que Sonhar, com a atriz Andréia Horta.
Eu vou seguir essa história.
Conheci Elis em 1978, acho.
O Primo Basílio foi escrito em 1878. 


DOMINGO NO PARQUE


Mais de 12 milhões de brasileiros se acham completamente desempregados. Acrescente-se a esses números mais um tanto enorme de brasileiros sem emprego nenhum, mas fazendo bicos. E mais não sei quantos de desempregados completamente desiludidos, cabisbaixos, pessimistas, desistentes de seguir a busca por um emprego com carteira assinada.
Deus do céu, até quando essa situação persistirá?
Ouvi não sei onde alguém dizer que os milionários, bilionários, trilionários brasileiros situam-se entre 8 a 10 % da população calculada pelo IBGE em mais de 200 milhões de habitantes. Trabalhar faz bem, não trabalhar é um horror. Horror maior, porém é não fazer nada.
No começo de tudo, diz a história bíblica, que Deus criou o mundo e tudo o mais, incluindo Adão e Eva, únicos seres pensantes do Éden. Mas um dia, cansados de nada fazer, esses dois puseram os pés pelas mãos e deu no que deu: expulsos do bem bom, pelo Criador.
Eu já trabalhei muito, muito mesmo. Parei, endoidei e agora estou voltando à naturalidade da vida, que é ir e vir. 
Fiquei cego dos olhos, pirei um pouco e acudido por anjos à minha volta cá estou, vendo com os olhos das pessoas que amo. Por que digo tudo isso? Hoje até o começo da tarde fez um calor dos diabos. Ontem, também. Anteontem fui ao parque. Foi bom. Peguei sol e o sol me pegou. Caminhei, passeei e até ensaiei uma corrida na pista do Parque da Aclimação, cá em Sampa. Essa pista mede 998 metros. Dei 3 voltas. Depois fui levado à relva onde escutei leitura feita pela namorada Lúcia, e o registro está aí em cima.
Viva a vida!

ESTOU ME MODERNIZANDO




domingo, 6 de janeiro de 2019

BOLSONARO, EDUCAÇÃO E PAULO FREIRE

Claro que assusta ouvir o novo presidente da República dizer que vai extirpar da educação o educador Paulo Freire (1921-1997), o nome por si próprio aplaudido e reconhecido em boa parte do mundo, por tudo que fez no campo da educação pró-analfabetos e oprimidos.
Paulo Freire, que conheci de perto, deixou uma obra monumental. O seu método de ensino foi e é um método revolucionário. Claro que os poderosos da chamada direita política e intelectual o abominam até hoje e certamente o abominarão para sempre.
Bolsonaro, o novo presidente eleito pela maioria dos brasileiros, também abomina o método Paulo freiriano. Portanto, tirar o seu método educativo da escola chega a ser até compreensível, embora lamentável.
Escola com partido ou sem partido?
Nos anos de 1970 o carioca Augusto Boal (1931-2009) adotou o método freiriano, levando-o para aplicação no Peru. Não deu certo.
Escola não tem que ter partido político. Escola tem que ter professor preparado e bem preparado para transmitir história e ensinamentos. Tem que ensinar matemática, et cetera. E para ter  professor assim tem que apostar na educação, tem que apostar no futuro do país, como faz o governo da Coréia do Sul. Fui longe?
Acabaram-se os curso Primário, Ginasial e Científico. Agora temos o ensino fundamental ministrado no correr de 9 anos. O resultado final dessa história toda é que há cerca de 30 milhões de brasileiros denominados de analfabetos funcionais. Um crime, não é? Fora esses, há ainda, mais uns 12 milhões de brasileiros que não sabem distinguir um "o" de uma roda de caminhão. É duro, mas é isso que ocorre. E grosso modo, acrescento: atualmente professor finge que ensina e aluno finge que aprende, quando não isso ocorre o pau canta nas salas de aula. Os registros policiais confirmam isso. E o professor ganha uma titica de nada.

 

Até os anos de 1980 e meados por ali, a média de caminhada dos brasileiros era de 10 mil passos/dia. Hoje essa média chega apenas a 2,5 mil passos. O que quero dizer com isso? quero dizer que em todas ou quase em todas as áreas da vida cotidiana brasileira estamos regredindo, na educação, inclusive.
Meu amigo, minha amiga, você sabe quantos livros dizem que nós brasileiros  lemos por ano? nem vou dizer aqui. Prefiro que façam uma pequena pesquisa nesse "coiso" chamado Google. É de arrepiar.
Estamos nos emburrecendo a passo galopante.
Paulo Freire foi sem dúvida, um grande brasileiro. Seus livros devem ser lidos cada vez mais e as editoras tem a obrigação de incentivar essa leitura. Há caminhos para isso e para tudo e todos os problemas que nos cercam.
Bolsonaro pode ser um problema ou não.
Para o bem ou para o mal, não nos esqueçamos: quem o escolheu foi o povo, através das urnas certo?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

VIVENDO E DESCOBRINDO A VIDA





Antes de mais nada as fotos e o vídeo nesta página apresentadas são de inteira responsabilidade de meu amigo treinador Anderson Gonzaga
Ouvi hoje cedo na CBN o professor de ginástica Marcio Atalla dizer que nos anos de 1980 os brasileiros caminhavam, diariamente, cerca de 7 km. Esses 7 km equivalem a aproximadamente 10 mil passos. Hoje segundo o mesmo especialista, os brasileiros caminham em média 2,5 km. Até nisso estamos regredindo.
Perdi a visão dos meus olhos há quase 5 anos. Nesse período, comi o pão que o diabo amassou. Hoje já como até bolo e tomo umas e outras dando vivas à vida. Mas não basta só isso. É preciso mostrar que a vida é um barato, é uma alegria, é uma dádiva. Por isso temos, também, de exercitar o corpo além da alma. É isso e muito mais o que ando fazendo nos últimos 2 anos. Poesia por exemplo. Acompanhem-me:


Certa noite eu sonhei
Que voltara a enxergar
Que voltara a ver o mundo
Que voltava a me achar
Mas foi tudo só um sonho
E é preciso caminhar

Caminhando descobri
Que dá pra ver sem ter visão
Que a visão são os sentidos
Incluindo a audição
E que os olhos são detalhes
Caprichos da Criação

Caminhar é preciso
E parar, nunca parar!
É preciso persistir
É preciso procurar
Certas coisas que não vemos
Como a cor do verbo amar

Naquela noite descobri
Que a Crença faz o Ser
Bem mais forte do que é
Mas não basta só querer
É preciso exercitar
Os sentidos para ver



quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Leiam


Olá, pessoal. É o seguinte: o texto aí abaixo é grandão, é cheio de links. Mas, sugiro que vocês leiam. Tam a ver com brasilidade, cegueria e mals tratos. Claro, falo de tudo isso com categoria. E viva cidadania!


https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8155438913674603024#editor/target=post;postID=2426840783862497397;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=1;src=postname

DE PAIAIÁ PARA O MUNDO

Assis e Carlos Sílvio (foto:Lúcia Agostini)
Paiaiá é um povoado, município de Nova Soure, BA, localizado a 230 Km de Salvador. Lá vivem cerca de 600 pessoas, umas tão boas quanto as outras. Tudo gente grande, incluindo as crianças. Uma dessas, Carlos Silvio, deu uma fugidinha de lá para pintar e bordar na capital paulista. Já faz um tempo. No próximo dia 10, fará exatamente 20 anos que esse cidadão chegou como quem não quer e querendo crescer mais para o povo todo vê-lo e ouví-lo.
Carlos Silvio é um comunicador nato.E como se diz lá no nosso Nordeste:o cabra é tão bom, tão bom,que se não tivesse nascido outro não nasceria. Mas é assim, como diz José Cortez: "cabra bom já nasce temperado". Caso do Silvio, pois.
Encontrei Carlos Silvio por telefone. Ele telefonou me convidando a participar do programa Paiaiá , levado ao ar todos os sábados pela rádio web  Conectados, que fica ali no bairro paulistano do Ipiranga, onde no meio da tarde de 1822, Dom Pedro I desembaiou a espada e berrou: "Independência ou Morte!".
Exageros a parte de Dom Pedro, o fato é que o dito grito entrou para a história como para a história está entrando o bom baiano de Paiaiá Carlos Silvio.
Bom, fui ao programa do Sílvio e falei falei um monte de coisas que me veio à mente.
Carlos Sílvio me surpreendeu como apresentador do Paiaiá na Conectados. Vocês querem ver como me saí na ocasião? Clique:
https://www.youtube.com/watch?v=IB5cxBilm4A&t=10s
Por que estou falando tudo isso?
No próximo dia 19 estarei de volta ao Paiaiá. Dessa vez contando um pouco da história da cidade paulistana através da música que pra ela é composta. Até eu fiz umas coisinhas sobre sampa, com acompanhamento especial e inusitado do Cidadão do Samba, Osvaldinho da Cuíca..Clique:
https://www.youtube.com/watch?v=bn5AtXEMP8s&t=19s
Mas, biograficamente, quem é o cidadão Carlos Sílvio? É ele mesmo quem conta: "meu nome de batismo é Carlos Sílvio Lima Ramos. Nasci  em 27 de junho de 1977. Sou filho de Agnelo da Silva Ramos e Maria Neuza; ele ferreiro e ela dona de casa. Ele está vivo. Sou o terceiro de 10 filhos, 5 homens e 5 mulheres. Desses dez, vingaram cinco mulheres e eu. Morei em Paiaiá até 21 anos de idade e migrei para São Paulo no dia 10 de janeiro de 1999. Vim para São Paulo como milhões de nordestinos em busca de uma vida melhor. Todos nós temos sonhos, meu sonho sempre foi trabalhar com comunicação e este sonho está sendo realizado  há exatos 2 anos e 7 meses, na Rádio Conectados (www.radioconectados.com.br). Casei em São Paulo. Faz 10 anos. Minha companheira é Gleice Fonseca, com quem tenho um filho Murilo de 9 anos, que Deus nos trouxe e mais um, Enzo, que Deus nos deu por outros caminhos. Adotar é fundamental. No programa Paiaiá já entrevistei mais de uma centena de pessoas, das mais diversas áreas do viver cotidiano, da música a psicanálise. Do jurídico ao esporte.Todos me entusiasmaram, mas alguns mais como: Prof. Geraldo Prado (historiador), Sérgio Martins (jornalista), Dr. Lafayete Lage (ortopedista), Diego Viñas (futebol de várzea), José Erenilson da Silva ( escritor) e tantos mais. Claro, no nosso programa contamos com colaboradores excepcionais como o historiador Darlan Zurc, do povoado da Melancia, assim como Paiaiá, município de Nova Soure.
No mais sou São paulino, talvez minha melhor qualidade. O meu programa vai ao ar todos os sábados, das 12 as 13 horas. Meu programa trata de registrar o pensamento de quem se preocupa a levar informação sobre o cotidiano cultural da vida brasileira para o mundo".





quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

OS INVISÍVEIS NA POSSE DE BOLSONARO


Foi evento bonito o que levou mais de 100 mil pessoas a prestigiar a posse do novo presidente da República, em Brasília. Bolsonaro falou forte, firme, sem reticências ou meias palavras. Falou de esperança. Diz que o dia de ontem 1 é histórico. Prometeu que não titubeará em destruir os inimigos do Brasil e que lutará por uma sociedade sem divisão.  Os corruptos estão na sua mira, como na sua mira estão as organizações criminosas. O povo o aplaudiu, gritou, bateu palmas e em coro improvisado cantou: "o capitão chegou, o capitão chegou".
O hino nacional foi tocado várias vezes em momentos diferentes. Foram tocadas também músicas de repertório nacional, clássicas, como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Saiba mais sobre essa música:
http://assisangelo.blogspot.com/2018/11/hoje-e-dia-de-ary-barroso.html

Ary, o bom mineiro de Ubá foi musicalmente seguidor do nacionalismo. Foi ele também o criador do samba patriótico. Foi grande esse Ary;
Esquerda, direita, ou o quer for não importa. O que importa mesmo é que o Brasil cresça e com ele, nós.
A nação brasileira sofre desde sempre, desde a chegada dos invasores de outras terras. Portugueses, inclusive. Foram muitas, muitas as guerras, os conflitos armados no território nacional. O livro as Batalhas Brasileiras, de Hernani Donato, conta  isso. É obra lançada há anos pela Ibrasa, cuja leitura recomendo.
O que mais me impressionou foi o texto de Michele Bolsonaro, lido por Adriana Ramos e interpretado em Libra pela própria autora.
Michele nasceu em Brasília, é jovem e há muito vem se dedicando a um público invisível à sociedade: surdos, etc.
No Brasil 46% da população, sofrem algum tipo de deficiência. |Os dados são do  IBGE, colhidos há uma década.
Passa fácil fácil, de 1 milhão o número de cegos no país. Não é mole não.
Dia desse falei a respeito desses números aos presidente da Fundação Padre Anchieta, Marco Mendonça, quando eu lhe disse que sou hoje um desses invisíveis, surpreendeu-se. Foi um bom papo. Falei-lhe do projeto que tenho de apresentar um programa de rádio e TV direcionado a  essa gente e ao público em geral. Aparentemente entusiasmou-se.
De cego e cegueira posso falar. Mais de 3 mil tipos de problemas mexem com a visão humana. O meu caso foi descolamento de retina. Comi pão amassado, dormido, mas agora já como até bolo e com sorriso na cara. Se não houvesse a meu redor as poucas pessoas que há.....
Depressão é um mal dos infernos que nos chega de uma hora para outra.
No mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde- OMS, há mais de 300 milhões de pessoas sofrendo desse mal.O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos países atingidos pela depressão.
https://www.youtube.com/watch?v=Isyz6nN2Wus&feature=youtu.be


https://www.youtube.com/watch?v=Isyz6nN2Wus&feature=youtu.be

 E no caso da cegueira, ainda segundo a OMS, a cada 5 segundos uma pessoa passa a ver tudo escuro.
A padroeira dos cegos é Santa Luzia, uma italiana que comeu o pão que o diabo amassou. Atacada por carrascos, perdeu os olhos e virou estrela. Isso foi há não sei quanto tempo. Pra ela escrevi uns versos:




LER E RELER NÃO CUSTA....

QUEIMANDO CALORIAS


terça-feira, 1 de janeiro de 2019

ENTRE AMIGOS


Peter Alouche é um daqueles caras que ao conhecermos logo viram amigo. Foi assim comigo. Faz uns 30 anos que eu o conheço e como tal, amigos.
Pois bem, após a visão sumir dos meus olhos com ela foram também muitos conhecidos. Peter ficou. E sempre sempre conversamos pessoalmente ou por telefone. No último dia de 2018 ele bateu à porta estendendo os braços e o sorriso e conversamos sobre mil e um assuntos. Aliás também sobre a obra- prima As Mil e Uma Noites, um clássico eterno das Arábias. A propósito, Peter que fala muitas línguas esclareceu que a tradução original do título é As Mil Noite Mais Uma. A primeira tradução de As Mil e Uma Noites, traz a assinatura do imperador Pedro II.
Declamei umas coisinhas para o Peter, entre as quais essa aí do link. Clique: