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domingo, 1 de maio de 2022

NO RÁDIO, A MÚSICA DO NORDESTE (2, FINAL)

Paulinho Rosa

Além de Luiz Wilson, há outros programas em São Paulo que põem a “música nordestina” em evidência. Sempre programas semanais: Vira e Mexe, no ar pela rádio USP (FM 93,7) é um deles.
“Vira e Mexe eu comecei a apresentar em 2009, junto com o sanfoneiro Dominguinhos”, conta o paulistano Paulinho Rosa. “Eu e ele apresentamos poucos programas juntos. Não por mim, mas por ele que tinha muitos compromissos musicais Brasil afora”, acrescenta.
Paulinho Rosa é o dono da casa de espetáculos O Canto da Ema.
Antes de Luiz Wilson, Germanno Júnior e Paulinho Rosa, apresentaram programas voltados ao repertório nordestino, em São Paulo, Jorge Paulo (1938-2015), os irmãos Mano Novo e Mano Véio e Téo Azevedo. Jorge era paulistano. Mano Véio e Mano Novo, do Rio Grande do Norte e Paraíba, respectivamente. Téo Azevedo mineiro, de Alto Belo.
Durante muitos anos Jorge Paulo, chamado de O Bandeirante do Norte, apresentou programas nas rádios e TVs Bandeirante, Cultura e Globo.
Por seus programas passaram Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Gordurinha, Ary Lobo e Anastasia, em começo de carreira.
Em São Paulo, Mano Véio e Mano Novo apresentaram o programa nas Quebradas do Sertão, pela Bandeirantes. Ambos, hoje, apresentam o Forró Nativa (no ar, ao vivo, entre 2 e 6 da manhã).
Téo Azevedo apresentou programas nas rádios Record e Atual.
Fora de São Paulo, há nomes que devem ser lembrados, por valorizarem as músicas e autores nordestinos. Entre esses nomes Perfilino Neto (Bahia), Ivan Ferraz (Pernambuco) e Wilson Seraine (Piauí).

Wilson Seraine com Assis Brasil
Wilson Seraine, professor formado em Engenharia Nuclear, apresenta desde 2009 o programa A Hora do Rei do Baião. O seu programa, levado ao ar pela rádio Cultura de Teresina (FM 107,9), é transmitido pelas rádios comunitárias Malhada Dos Jatobás e Torre Da Lua/Fm; webs Confiança, Patacas, Minha Cidade, Cangaço, Tipi FM, Ceará Rural, Revista Informativa e até pelo Youtube, via TV do Habilidoso.
“Sempre que tenho oportunidade levo ao programa músicos e escritores como Assis Brasil. Já levei muita gente e pretendo levar mais ainda. E aqui quero deixar registrado o seguinte: um tal de Assis Ângelo é o culpado por tudo que eu faço na rádio hoje. Foi ele quem me inspirou a fazer o que eu faço”, diz rindo Seraine.
Gosto do rádio e tenho certeza que continuarei a gostar até os meus últimos dias.
Comecei no rádio como locutor, apresentador de noticiário. Rádio: Correio da Paraíba. Ano, faz tempo.
Em São Paulo apresentei programas na rádio Mulher, na rádio Atual, na rádio Capital, na rádio Trianon, por aí.
Assis Angelo com revistas da
Revista do Rádio

O programa que mais tempo durou na minha voz foi São Paulo Capital Nordeste. Por esse programa passaram Dominguinhos, Genival Lacerda, Billy Blanco, Inezita Barroso, Benito di Paula, Jair Rodrigues, César e Oswaldinho do Acordeon, poetas, jornalistas, atores como Jackson Antunes e novelistas como Benedito Ruy Barbosa. E mais muita gente.
O rádio tem sido de fundamental importância na sociedade brasileira. É através dele que tomamos conhecimento, em primeira mão, de tudo que acontece por cá e em derredor do mundo.
Nos tempos áureos da rádio, entre os anos 30 e 40, mais um pedaço dos 50, apresentavam-se artistas que fizeram história como Carmélia Alves, Dalva de Oliveira, Cauby Peixoto e tantos e tantos.
O rádio está mais vivo do que nunca.
Quero voltar ao rádio. Sinto saudade dessa mídia.
É isso.

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