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domingo, 29 de agosto de 2021
LOUCURAS DO MUNDO
sábado, 28 de agosto de 2021
EU E OS MEUS BOTÕES (11)
"Estou encantado, encantadíssimo, com o desempenho dos brasileiros nos Jogos Paralímpicos", disse com os olhos brilhando num sorriso de canto a canto o jovem Barrica. "O mano tem razão. É tudo muito bonito de se ver", acrescentou Biu.
De fato, os nossos representantes em Tóquio têm nos dados muita alegria e exemplos de vida. Eu disse em voz alta, sem querer. Automaticamente. Batendo palmas, Lampa concordou: "o que a Thalita fez foi brincadeira! Adorei vê-la disputando os 400 metros rasos, ao lado do treinador, confesso que fiquei sem palavras. Fiquei sem ação. Na verdade, chorei foi muito", desabafou Lampa voltando a cutucar as unhas com o seu punhal de estimação.
"E ela é cega, não vê nada. Que menina!", foi a hora de Mané falar.
Zé, por sua vez, pegando carona na fala de Mané disse: "e vocês viram também o desempenho da pernambuquinha Ana Carolina nos 100 metros borboleta e do Wendell Belarmino?".
Claro que todos vimos o belo desempenho desses nossos atletas.
Quieto até então, Zoião, informou: "Até agora, em quatro dias já faturamos 23 medalhas. Seis das quais, de ouro".
"Eu acho que a gente vai faturar umas 50 medalhas. Ou mais", arriscou Jão entusiasmado. "Até o próximo dia 5 muita coisa boa vai acontecer com o pessoal lá em Tóquio", acrescentou.
Claro que tudo isso é muito bom, tudo isso é bom demais, mas o mais importante é estarmos lá. É muita experiência, muita beleza, categoria, força e fé em jogo que os atletas portadores de deficiência estão nos dando.
Abaixo, três dos nossos campeões.
Carolina, Thalita e Wendell:
sexta-feira, 27 de agosto de 2021
O BRASIL NÃO PRECISA DE SANGUE NAS RUAS
ENQUANTO ISSO...
EU E OS MEUS BOTÕES (10)
quinta-feira, 26 de agosto de 2021
EU E MEUS BOTÕES (9)
quarta-feira, 25 de agosto de 2021
POETA COSTA LEITE É AGORA ESTRELA NO CÉU
JÂNIO, RENÚNCIA: 60 ANOS
Em setembro de 1987, eu chefiava a Editoria de Política do jornal O Estado de S.Paulo.
No dia 22 daquele mês e ano, eu deixava bem cedo a minha casa para um encontro com o prefeito Jânio Quadros (1917-1992), como combinado.
O combinado naquele dia era que eu chegasse a seu gabinete, no Ibirapuera, pontualmente às 7 horas. Cheguei.
A porta estava aberta, nem a secretária havia ainda chegado. E o prefeito de braços abertos, de pé, disse ao me ver: “Parabéns”.
Numa longa e até engraçada entrevista, Jânio relembrou a sua história e o motivo que o levou a disputar a cadeira de prefeito do Município de São Paulo, o mais rico e populoso do Brasil. E falou e falou. Disse ser a favor do presidencialismo como sistema ideal de governo do País e que o parlamentarismo é uma josta. Disse também que a esquerda, como a direita, poderia decretar golpe político a qualquer momento. Mas ressaltou: “Ao Supremo Tribunal Federal cabe exercer ação fiscalizadora sobre os outros poderes, mantendo ou cassando leis, mas sempre respeitando a Constituição”. LEIA: ESQUERDA DOMINA O CONGRESSO
Jânio Quadros disputou e assumiu todos os mandatos políticos, antes de chegar à presidência da República.
Antes de Jânio, nenhum presidente recebeu tantos votos nas urnas. Mas a isso ele não deu muita bola e tentou o inimaginável: um golpe, depois de ganhar a Presidência. Até parece, pela forma dita, o que ora ocorre no Brasil: um presidente eleito pelas urnas, querendo se perpetuar pela violência e bala.
Bolsonaro, o atual presidente do Brasil, detona as instituições democráticas no propósito de perpetuar-se no poder.
Jânio tentou perpetuar-se no poder com uma carta de “renúncia”.
A vontade de Jânio era “voltar” nos braços do povo.
Mas Jânio não pensava em pôr as forças nas ruas, incluindo o Exército.
Sobre sua renúncia, no dia 25 de agosto de 1961, leia: A RENÚNCIA DE JÂNIO
O detalhe é o seguinte: Jânio foi um grande marqueteiro e duas músicas o marcaram profundamente: Varre, Varre Vassourinha e O Jeito É Jânio. Ele sabia se “vender”. Leia: A POLÍTICA EM JINGLES
Jânio seguiu passo a passo todos os passos até chegar à presidência da República.
Jânio entendeu tudo, na vida política. Chegou ao ponto de homenagear, com medalha valoroza, o guerrilheiro Che Guevara (1928-1967).
Bolsonaro jamais faria isso, jamais reconheceria o valor da oposição.
Chamar Bolsonaro de idiota é burrice, pois os idiotas são puros. Que o diga Dostoiévski (1821-1881).
De direita, Jânio foi um patriota. Conhecia leis e gostava do povo.
terça-feira, 24 de agosto de 2021
EU E MEUS BOTÕES (8)
O que é que vocês estão fazendo aqui reunidos?, pergunto aos meus botões. "É que hoje é um dia especial e a gente resolveu lhe fazer algumas perguntas", começou Lampa, lambendo o punhal. Antes de mais nada, quero saber o seguinte: por que o Lampa não para de lamber o diabo desse punhal?
Após estridente gargalhada, Lampa respondeu: "É que tô doidin pra pegar o cabra que matou Getúlio".
Aaaah! Então é isso, vocês querem que eu fale sobre Getúlio Vargas? "Sim! Sim!", disse rápido o paraibano Mané. E começou: "É verdade que João Pessoa foi candidato a vice presidente na chapa de Getúlio?". Sim, sim. Pessoa foi candidato à vice presidente na chapa de Getúlio.
O assunto vai despertando curiosidade, mais e mais.
O alagoano Zé quer saber por que João Pessoa não virou vice presidente, já que Getúlio virou presidente. E respondo: João Pessoa foi assassinado e Getúlio, embora perdendo nas urnas, virou presidente da República depois de botar pra correr o paulista Júlio Prestes. Isso, em 1930.
"E aquela história de que a Revolução de 30 começou na Paraíba, é verdade?", adiantou-se Barrica. Sim, sim, a Revolução de 30 começou na cidade paraibana de Princesa. Foi lá onde primeiro o pau cantou. O chefe da revolta foi o rico fazendeiro Pereira Lima. "Esse Lima é o mesmo Lima de quem fala Luiz Gonzaga no baião Paraíba?", quis saber Biu. Sim, respondi. E em uníssono, todos fizeram "Óóóóóóh!".
Até então calado, só escutando, o misto de poeta e filósofo popular Zilidoro perguntou: "Getúlio Vargas matou-se ou foi matado?". A história é longa e conhecida. Getúlio matou-se e o seu corpo foi localizado na manhã do dia 24 de agosto de 1954, uma terça-feira. Mais de um milhão de brasileiros foram às ruas chorar por ele. "Como ele morreu?", quis saber Zoião. Com um tiro no peito. E Jão: "O cara era corajoso". Que corajoso nada, Jão! Foi o momento que o fez suicida.
Zilidoro cosca o pescoço e diz: "Nos meus tempos de estudante, descobri que grandes personagens da história mundial se suicidaram, inclusive Cleópatra". É verdade, eu digo.
Curioso, Lampa confessa: "Eu pensei que esse tal de Getúlio havia sido assassinado". Houve instantes em que muita gente pensou isso. E a respeito saiu notícias nos jornais, na imprensa, dando conta de que ele fora morto por um pistoleiro. Mas isso não é verdade. Definitivamente, não é verdade. Ele matou-se por não resistir às denúncias do seu arqui-inimigo Carlos Lacerda. Querem saber mais? Leiam:
O Brasil caiu em prantos e se vestiu de luto na manhã do dia 24 de
agosto de 1954, ao tomar conhecimento do suicídio do gaúcho Getúlio
Dorneles Vargas, baixinho que formara chapa à Presidência no ano de 30
com o paraibano João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, morto a tiros
numa confeitaria da capital pernambucana, Recife.
Na hora como a de
agora, naquele agosto de 54, muita gente desmaiava no Rio de Janeiro,
sofrendo tipos diversos de dores e sentimentos no velório do político
que ficou conhecido de norte a sul do País como o “pai dos pobres”.
O Catete, em Copacabana, virou muro de lamentações.
Primeiro, foi a Rádio Nacional que divulgou a tragédia na voz do ministro Oswaldo Aranha, da Fazenda.
Depois,
todas as emissoras de rádios do País emitiam seguidamente a íntegra e
partes mais fortes da carta-testamento do presidente morto.
Essa
carta logo teria interpretação registrada num disco (selo Monumento) de
dez polegadas na voz do paulista Silvino Netto, cantor, compositor,
radialista:
“Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me
derrotaram, respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me
liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais
será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e
meu sangue será o preço do seu resgate”.
A carta dramática, com imagens shakespearianas, findava assim:
“Eu
vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio.
Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida
para entrar na história”.
Getúlio começou a morrer na Rua Tonelero
pelos tiros de uma Smith & Wesson 45 disparados pelo pistoleiro de
aluguel Alcino João que atingiram o major Vaz, e no Catete quando
acionou o gatilho de um Colt 38 com cabo de madrepérola no próprio
peito. Mas seu fim fora anunciado bem antes, pela boca de seu arqui-inimigo Carlos Lacerda que o chamava nas páginas do seu jornal,
Tribuna da Imprensa, de “protetor de ladrões”.
A história polêmica é conhecida por muita gente.
Um dia antes do suicídio, o jornal Última Hora estampou em manchete uma frase histórica: “Só morto sairei do Catete”.
Nunca, nenhum presidente do Brasil foi tão espontaneamente cantado em verso e prosa como Getúlio Vargas.
Dezenas
e dezenas de músicas foram compostas e gravadas em sua memória. E até
clássicos perduram no nosso cancioneiro, como o rojão Ele Disse, de
Edgar Ferreira, gravado, entre outros, por Jackson do Pandeiro e Zé
Ramalho. Diz o refrão:
“Ele disse muito bem
O povo de quem fui escravo
Não será escravo de ninguém...”
Nunca também nenhum presidente do Brasil fez o que Getúlio fez. E não por falta de bala ou revólver...
segunda-feira, 23 de agosto de 2021
EU E MEUS BOTÕES (7)
"Confesso que estou ficando bastante preocupado com o que tenho ouvido por aí", diz com o semblante franzido o nosso papa-jerimum Biu, que lá na terrinha é chamado de Severino. "Esse cabra aí é frouxo, patrão!", interrompe o desabrido Lampa, acrescentando: "Se fosse lá no Pernambuco, no mínimo esse cabra levaria uma pisa até virar homem!". "O Lampa tem razão, o Biu é um frouxo!", provocou Zé. "Sou macho, sou das terras das Alagoas. Lá na minha terra, macaco avoa e minhoca fácil, fácil vira cobra". Vamos parar com isso, pessoal.
"O Biu tem razão, patrão. O clima tá ficando esquisito. Sinto cheiro de pólvora no ar", disse enigmaticamente o cearense Jão. "Na terra onde eu nasci, a gente já nasce preparado pra tudo", emendou Zé, recebendo palmas do discreto Mané. "Que ninguém se esqueça, foi lá em Princesa que começou a guerra de 30", lembra o paraibano. Vocês hoje estão demais, observo.
Enquanto meus botões mostram preocupação com o que pode acontecer já, já no
Brasil, o telefone toca. Era o juiz Onaldo Queiroga dizendo que tem uma pessoa
querendo falar comigo. E passa o telefone. Ouço: "Boa tarde Assis. Estudamos
artes plásticas com o João Câmara, Celene Sitônio e Raul Córdola, Lembra?".
Zoião quis saber com quem eu estava falando. Respondi que estava a papear com
um conterrâneo dos fins dos anos de 1960, o João Batista. "E ele era pintor,
era?". Respondi que sim, e dos bons. E tipógrafo, responsável pela primeira
revista editada a cores na Paraíba. "E como se chamava essa revista?", quis
saber o curioso. Esqueci, respondi.
O tempo segue, infalível.
Mas eu quis saber qual o motivo que estava deixando Biu preocupado. E ele: "A direitona, essa que vive pra judiar os pobres, está se armando. É só ver e ouvir a convocação do Bolsonaro para o 7 de setembro". O Zé concordou, rapidamente: "A fala do cantor Sérgio Reis é também muito expressiva". Cutucando as unhas com um punhal e depois dando uma cuspida de lado, Lampa disse: "Pela Democracia, lutarei até o fim". E aí as palmas foram gerais.
Lá do seu canto, Zilidoro deu o ar da graça: "A política tá pegando fogo e as florestas também. Agora mesmo, o parque do Juquery, com seus 2 mil hectares, está sendo engolido por labaredas insaciáveis". Gostei desse "labaredas insaciáveis". É bom falar com um poeta, não é mesmo Barrica? E Zilidoro: "O patrão nunca falou, mas eu conheço uma música dele e do Téo Azevedo que fala sobre incêndios provocados por balões". Incrédulo, Biu disse: "Bom, vamos deixar a política de lado e ouvir a música do patrão?".
domingo, 22 de agosto de 2021
SÉRGIO REIS, UM CANTOR SEM NOÇÃO?
EU E MEUS BOTÕES (6)
Vocês estão abafando. Todo mundo está falando de vocês. Até o Richard Muniz, um cartunista paraibano. Trabalhei com nos anos de 1970, no extinto jornal O Norte."Poxa, você é vivido hein patrão", disse com toda simplicidade Mané. "O patrão não é brinquedo, não", emendou Zé. "Vocês são uns bobos, o seu Assis já conheço de longa data", amostrou-se Jão. Vamos parar com isso, propus.
O cantor e compositor Cacá Lopes tem dito que gosta de todos os meus botões, especialmente Lampa. "O que?", espantou-se o desabrido Lampa. E no seu estágio normal, passou a cutucar as unhas com o punhal.
Zoião disse que tem ouvido e lido alguns comentários sobre si próprio e companheiros. "Que eu sou dos bons sou", afirmou sem nenhuma modéstia.
Lado a lado os irmãos Biu e Barrica apenas comentaram, em uníssono: "É isso aí, gente!".
Atento, mas até aqui em silêncio, Zilidoro comentou ironicamente: "esse Biu e esses Barrica são uns convencidos, patrão"! E emendou: "eu não quero dizer mais nada. Quero apenas que o patrão, que sabe tudo, conte-nos a história do folclore. Até porque hoje 22 de agosto é o dia dos folclore".
Confesso que fui pego de surpreso, de calças curtas. Mas, enfim, lá vai:
sábado, 21 de agosto de 2021
EU E MEUS BOTÕES (5)
Olá pessoal, comecei cumprimentando meus botões. A resposta foi unânime. E eu: o dia está bonito!
É o seguinte, tem muita gente por aí querendo saber a respeito de vocês. Zoião sobressaiu-se, dizendo que nasceu em Aracajú. "A minha terra é pequena mas é descente", disse.
Zé, falador que só, foi dizendo que conhecia Zoião há muitos anos. "Por ele, não dou um tostão", cutucou.
Zoião não gostou do que ouviu e se não fosse eu, o pau tinha cantado.
Mané, conhecido na Paraíba como Mané Bilau, contou que também conhecia Zoião, cujo nome esconde, há muito tempo. "Esse aí, patrão, é mais sonso do que tudo. Mas é meu amigo, eu gosto dele", acrescentou.
Os irmãos Barrica e Biu caíram na risada, lembrando que Zoião tem um passado condenável. "Não sei se ele já matou alguém, mas que é chegado a pegar coisa alheia isso é", acusou.
Eu: vamos parar com isso, pessoal. Vamos responder aos leitores, que é bem melhor.
Do seu canto, Jão observou: "bom, eu nasci no Ceará. Sou da terra de Iracema, sou da terra do meu Padin. Meus pecados já paguei no Canindé. Estudar, estudei pouco. Mas o pouco que estudei nenhuma aqui estudou. Talvez só o Zilidoro".
Cutucando as unhas com um punhal, seu inseparável punhal, Lampa disse: "pegaram o Zoião hoje pra Cristo", falou. A minha vida, acrescentou Lampa "é uma vida cumprida. Nasci em Pernambuco e andei por aí a fora. Cair nos Anjicos e dizem hoje que morri. Quanta mentira!", disse se pabulando o pernambucano arredio como tal Lampa é chamado.
"Eu nasci em algum lugar do Brasil, mas não vou dizer qual", começou Zilidoro. "Gosto de poesia, de filosofia =, de viver. A minha idade? Não digo. Aliás, que interesse isso pode ter para os leitores?", completou o poeta.
Dizem, não sei, que dentro meus botões o mais preguiçoso é o Biu. "Meia verdade, meia mentira. Trabalho pra comer. Pra que mais?". Zilidoro emendou: "Isso me faz lembrar um colega chamado Ascenço Ferreira".
Ascenço Ferreira...
Esses meus botões são incríveis. Biu: "Patrão, que tal a gente encerar esse lenga lenga ouvindo o poeta Ascenço.
Concordei. Vocês concordam?
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sexta-feira, 20 de agosto de 2021
EU E MEUS BOTÕES (4)
"Chefe!", começou Lampa, "É sem querer, mas estou preocupado com Jão".
Perguntei, ora por que essa preocupação com o Jão? E Lampa: "O Jão na sua tristeza sem fim, acha que o Brasil vai se acabar em setembro". O quê, perguntei também preocupado.
A essa altura o poeta Zilidoro pôs o bedelho no meio do papo: "Andei pensando, pensando muito, e sem querer começo a pensar que o Jão tem razão".
Zoião, no seu canto, opinou: "É, de fato, preocupante a situação que ora todos vivemos".
Lampa, com aquele seu jeitão "deixa que eu resolvo", disse, alisando punhal: "Num tempo lá atrás, eu resolvia isso num segundo". Como, perguntei. E ele: "Eu ia lá e ZAP! E o cara já era!".
Jão, num fio de voz, apenas diz: "É demais, é demais! Como é que uma besta quadrada vira presidente da República e de uma hora pra outra resolve cuspir na boca da urna e na cara povo?".
Mané, de pouca fala, fez uma observação incrível: "Se o cabra de quem vocês estão falando é o mesmo que eu imagino, vai se lascar se anunciar um golpe no País".
De fato, é impressionante o pensar do Mané. "Eu concordo com ele", disse Barrica. Biu disse o mesmo: "O Barrica tem toda razão ao dizer isso".
Os meus botões, meus queridos botões, estão muito entrosados entre si. E para meu espanto, estão pensando e se expressando de maneira surpreendente.
"Seu Assis, é verdade que o sr. é amigo do cantor Sérgio Reis?". Não, nos conhecemos há muito tempo. "Está negando a sua amizade com o artista?", ironizou Zé. E lá fui eu explicando: Conheço muitos artistas da nossa música popular. Alguns politizados, outros nem tanto. O Sérgio era, até aqui, um cantor que não tinha maiores envolvimentos com política partidária. "Aí está! O cara estava com as unhinhas escondidas e num movimento foi e ZAP!", concluiu Zé, recebendo a concordância de Zilidoro.
Com ar de aparente desinteresse e limpando as unhas com a ponta do punhal, observou Lampa: "O cara sobre quem vocês falam, ameaçou senadores e tacar fogo no País, caso o Congresso não impechásse o pessoá do STF. E foi preso". E Zé: "Bem feito!".
Ai, ai, ai... Esses meus botões!
"Patrão, Patrão!", lá vem o Biu esbaforido perguntando se eu tinha ouvido falar de uns tais de Ricardo Santana e um Roberto Dias. "Esses caras", segundo ele, "Foram tomar um chope pra comemorar um contrato milionário de corrupção do Ministério da Saúde!" O quê, perguntei meio besta. E ele: "Deixa pra lá... Hoje é sexta-feira dia de chope".
quinta-feira, 19 de agosto de 2021
AUDÁLIO DANTAS, O DESCOBRIDOR DE CAROLINA MARIA DE JESUS
A Folha de S.Paulo é o resultado da fusão dos jornais Folha da Manhã, Folha da Tarde e Folha da Noite.
Em abril de 1958 o repórter alagoano Audálio Ferreira Dantas foi escalado para fazer reportagem na favela do Canindé, localizada à margem esquerda do rio Tietê, na capital paulista. Canindé é um tipo de ave que habita região de brejo.
Seria uma reportagem como tantas. O detalhe é que o discreto e antenado repórter teve a atenção voltada para uma mulher negra de 44 anos. Ela, segundo ele, ameaçava aos gritos inserir nomes de seus desafetos no livro que estava escrevendo. Curioso, o repórter aproximou- -se da mulher e logo depois teve acesso aos escritos dela. “Eram muitos cadernos cheios de histórias interessantes”, disse-me Audálio um dia. Mas para ganhar forma de livro era preciso uma boa revisão e edição das histórias. E isso ele fez, não do dia pra noite. Mas fez. Antes, porém, publicou uma reportagem de página inteira na Folha da Noite. De cara, dizia a chamada: “O drama da favela escrito por uma favelada”.
A reportagem, ilustrada por fotos de Gil Passarelli (1917-1999), foi publicada no dia 9 de maio de 1958.
A referida favelada ganhou fama imediatamente no Brasil e no exterior, aparecendo noutras publicações, entre as quais O Cruzeiro. Mergulhado na leitura dos cadernos de Carolina Maria de Jesus, Audálio deles extraiu o livro Quarto de Despejo, que a livraria Francisco Alves publicaria em 1960. “Fácil, fácil, o livro alcançou a fabulosa tiragem de 100 mil exemplares”, contou-me Audálio.
O livro recebeu dezena e meia de traduções nos Estados Unidos, Alemanha, Japão, França e Holanda.
“Eu não entendo por que estão acusando o Audálio do que não fez”, comentou o cartunista Fausto Bergocce, depois de ler pra mim o texto publicado na Folha. “Até onde eu sei, Audálio foi um anjo que caiu do céu na vida de Carolina”, acrescentou.
Fausto está totalmente correto.
Sem Audálio, Carolina Maria de Jesus teria passado em brancas nuvens por estas plagas. É o que também pensa e assina o cordelista cearense Klévisson Vianna. Acrescentando: “Era natural do Audálio ajudar a muita gente. Eu mesmo fui muito ajudado por ele, que falou muito bem de mim ao Jô Soares, de cujo programa participei”.
Audálio Dantas tem sido acusado de ser o autor de Quarto de Despejo. “Essa é uma inverdade que salta aos olhos”, disse-me uma vez. A seu favor, lembrou: “Até o poeta pernambucano Manuel Bandeira (1886- 1968) comentou o assunto”.
Na matéria da Folha, a impressão que fica é que há alguém interessado em manchar a imagem do repórter que descobriu Carolina. O que ele fez, e fez como cidadão, foi ajudar como pôde aquela mulher portadora de grande talento literário. Talento espontâneo.
“O que há nessa história é um grande jogo de interesses mercadológicos”, entende
o jornalista Tiné.
Ao contrário do que algumas pessoas dizem, Audálio Dantas sempre levou uma vida
modesta. Gastava o que ganhava como qualquer cidadão casado e com filhos. E como
cidadão e trabalhador ganhava e perdia emprego.
Depois que perdeu o emprego na Eletropaulo, antiga Cesp, ficou sem eira nem
beira. E um dia me telefonou pedindo para o avisar se soubesse de alguma
colocação. Perguntei-lhe se queria trabalhar comigo, ser meu chefe. Embora
zonzo, topou. E foi assim que trabalhamos juntos no Departamento de Imprensa do
Metrô de São Paulo por uns quatro anos.
No ano seguinte à publicação de Quarto de Despejo, a favela do Canindé deixou de
existir. Detalhe: depois de ler a reportagem de Audálio, o radialista paulistano
Raul Duarte (1912-2002) compôs o samba
No Meu Canindé. Esse samba foi gravado (Odeon) pela cantora Alda Perdigão no dia 24 de
setembro de 1958 e lançado à praça três meses depois.
Ainda em 1961, Audálio Dantas abriu caminho para Carolina Maria de Jesus gravar
um LP pela extinta RCA Victor. As letras são todas dela, por ela mesma
interpretadas. Tratam do cotidiano do lugar onde morava. São sambas, marchas,
batuques e até um baião. Título: Quarto de Despejo. Destaque para Vedete da
Favela, um autorretrato… A contracapa desse LP é assinada por Audálio.
Audálio Ferreira Dantas foi um dos mais importantes jornalistas e escritores do nosso País.
Em 1956 Audálio foi pautado pra cumprir o lançamento do livro Grande Sertão: Veredas, do mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967). João recusou-se a dar entrevista, mas mesmo assim o repórter fez uma belíssima cobertura do lançamento.
Depois de muitas entrevistas e reportagens, Audálio seguiu carreira na revista Realidade.
São muitos os livros de Audálio. O último foi as As Duas Guerras de Vlado Herzog. Curiosidade: pra fechar o livro, o autor precisava entrevistar o cantor e compositor Geraldo Vandré, mas não conseguia localizá-lo. Eu disse: vai algum dia lá em casa que você conseguirá. E assim foi feito.
Atenção: está mais do que na hora de Audálio ter a sua história contada em livro. Enquanto isso não é feito, dedico-lhe o poema abaixo:
O Brasí é um barquim
Levano, trazeno gente
Daqui pralí, dali pracá
Nesse eterno vai-vem
Muita gente cai no má
Muita gente vai pro céu
Sem saber que trem tem lá
Desse jeito o Brasí vai
Se balançano no má
Pareceno u’a donzela
Convidano pra dançá
Esse barco já levô
Muita gente além do má
Já levô Audáio Dantá
Valdi Tele e Jão Bá
Barquero desse barco
Castro Alve foi pro má
Levano o bão Bandeira
Pra um dedo prosiá
Charge de Fausto Bergocce por ocasião da morte de Audálio (maio de 2018) |
Nesse barco foi pro má
Quereno sabe untudo
Querendo sábi ficá
Há muito ele nasceu
Num belo berço do má
Andô, correu pirigo
Mas sempre sôbe lutá
Lá vai ele
Leve e livre no má
Garboso, sinhô de si
Com o céu a li guardá
Viva o Brasí barquinho
Na sua missão no má
Levano, trazeno gente
Daqui pralí, dali pracá
CONFIRA TAMBÉM:
ADEUS, AUDÁLIO • PRIMEIRO DOMINGO SEM AUDÁLIO DANTAS • A CANONIZAÇÃO DE AUDÁLIO DANTAS • AUDÁLIO DANTAS É MADEIRA QUE CUPIM NÃO RÓI • HOJE É DIA DE AUDÁLIO DANTAS RECEBER AMIGOS • AUDÁLIO DANTAS E CAROLINA MARIA DE JESUS • HISTÓRIA PELOS OLHOS DO FOTÓGRAFO • AUDÁLIO DANTAS RECEBE PRÊMIO AVERROES • DOCUMENTÁRIO AUDÁLIO DANTAS - PRÊMIO AVERROES
quarta-feira, 18 de agosto de 2021
ELBA RAMALHO CHEGA AOS 70
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VANIRA KUNC
PRETO DE ALMA BRANCA
“A Fundação Palmares era uma fundação criada para tratar dos assuntos da cultura negra. Mas botaram aquele cara lá, o Camargo, um bolsonarista radical. Ele é um preto de alma branca, como se diz. No duro, ele gostaria de ser branco e se sente branco. Para ele, tem que acabar com todas as coisas de negro".
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terça-feira, 17 de agosto de 2021
KLÉVISSON VIANA, UM MESTRE DOS NOSSOS TEMPOS
O cearense Klévisson Viana é ilustrador, quadrinista, cartunista, cordelista e mais um monte de coisas ligadas à cultura popular. É palestrante, oficineiro, roteirista, declamador e tudo mais. Fala pelos cotovelos. Tem uns 40 livros publicados até agora e pelo menos 200 títulos de folhetos de cordel de sua autoria rolando na mão do povo. É também editor e criador da Tupynanquim. Por essa editora já publicou mais de mil folhetos de autores iniciantes e famosos como José Costa Leite, Antônio Américo de Medeiros, Vicente Viturino, Marco Haurélio, João Firmino Cabral, Rouxinol do Rinaré e Mestre Azulão.
“O paraibano Azulão, foi um dos grandes criadores da literatura de cordel”, diz Klévisson Viana, acrescentando: “A obra desse mestre se acha completa no acervo da nossa Tupynanquim”.
Miolo da Rapadura é um dos seus livros incluídos na rede de bibliotecas e salas de leitura do Estado do Ceará.
Esse é um livro recheado de histórias desenvolvidas em textos corridos e em versos. Belíssimo. Com ilustrações, inclusive.Filho de seu Evaldo e de dona Hathiane e irmão de Arievaldo, Itamar, Marcos Aurélio, Autemar e Evandra, Klévisson Viana é provavelmente o mais importante artista da cultura popular brasileira, na atualidade. É múltiplo, multimídia, multitudo.
Klévisson iniciou a carreira ilustrando textos no jornal A Voz do Povo, de Canindé, CE. Tinha uns 15, 16 anos de idade. Depois, aos 17 anos, ingressou como cartunista do jornal O Povo, de Fortaleza, CE.
Genialidade é uma coisa que não falta a esse cearense.
Marco Haurélio, Assis Ângelo e Klévisson Viana |
É muito difícil falar de pessoas queridas, de pessoas que vivem à nossa volta.
Conheci Klévisson Viana há duas décadas, quando participou da exposição 100 Anos de Cordel. Essa exposição, inaugurada no Sesc Pompéia, SP, em agosto de 2001, foi idealizada pelo jornalista alagoano Audálio Dantas (1929-2018). Fiz parte dessa exposição, como curador da parte referente a poetas repentistas. Dessa parte participaram Ivanildo Vila Nova, Oliveira de Panelas, Valdir Teles, Geraldo Amâncio, Andorinha, Sebastião Marinho, Mocinha de Passira e tantos outros.
Xilogravador, em 2001 Klévisson fez a sua primeira gravura em São Paulo.
Foi nesse mesmo ano que Klévisson escreveu com Téo Azevedo um folheto intitulado “A peleja de São Paulo com o monstro da violência” e um outro com seu irmão Arievaldo Vianna (1967 – 2020) sobre Bin Laden e a destruição das torres gêmeas em Nova Iorque (Trend Center).
Sua primeira xilogravura teve como “modelo” o autor do livro Dicionário Gonzagueano, que não por acaso vem a ser eu.
Klévisson cresceu e ficou do tamanho do mundo, de um mundo sem tamanho.
Correndo rápido que nem uma onça, em disparada que nem um tufão, Klévisson entendeu muito cedo que era preciso voar. E com as asas do pensamento tem realizado tudo que se possa imaginar.
Está se transformando num ser sem fronteiras.
A obra de Klévisson Viana já é conhecida em várias línguas, desde a França: México, Portugal, Turquia, Bélgica...
Há uns 10 anos fiz um roteiro sobre a vida do rei do baião, Luiz Gonzaga, para Klévisson quadrinizar (Leia: LUIZ GONZAGA O REI DO BAIÃO). Ficou muito bonito. Por esse tempo também compus com ele dois textos: um sobre Dom Quixote e outro sobre Patativa do Assaré, ambos musicados e gravados pelo baiano Gereba. Ouça: QUIXOTEANDO
Um dos folhetos de Klévisson, A Quenga e o Delegado, foi adaptado para a série Brava Gente (TV Globo, 2001). A personagem feminina do folheto teve a brilhante interpretação de Ana Paula Arósio. Confira:
Antônio Clévisson Viana Lima nasceu no dia 3 de novembro de 1972, em
Quixeramobim (CE).
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domingo, 15 de agosto de 2021
ICH! É FOGO NA ROUPA!
É como diria minha vó Alcina: "a política tá pegando fogo!"
Pois é, não é de hoje, os políticos estão acesos. E o pavio, curto.
Semana que passou rolou um pandemônio dos infernos, em Brasília e alhures. Começou com Bolsonaro, chamando Barroso de "filho da puta". O agredido ficou na moita, como manda o figurino jurídico. Mas o homem da caneta bic não parou por aí: foi se arrepiando, foi se arrepiando... Até tanque botou na rua. Tanque fajuto, mas tanque. A ideia era nos arrepiar. Com fumaça e tudo.
A semana que passou começou pegando fogo e terminou pegando fogo.
O Ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou pro xinlindró um ex-deputado. Esse falastrão, taliquá seu inspirador palaciano. A cadeia está ficando cheia de deputado e de ex-deputado, também. Até aquela Flor de não sei o que, deixa pra lá!
O grave nisso tudo, o mais grave, é que Bolsonaro não ver a hora de dá um golpe no toitiço do Brasil. É isso que ele quer, tanto que chegou ao ponto de afirmar que as Forças Armadas são o "poder moderador".
O Poder Moderador foi criado em 1824 e como tal constante da nossa primeira Constituição que durou até o Golpe Militar desfechado pelo Marechal alagoano Deodoro da Fonseca, em 1889.
As Forças Armadas, meus amigos e amigas, são instituições legítimas e necessárias criadas para defender o Brasil de ataques externos ou balbúrdia interna.
É de ser estranhar o fato de haver discussão em torno da qualidade da urna eletrônica. Nos últimos 25 anos, todos os políticos foram eleitos através do voto eletrônico. E ninguém chiou.
Bom, estou pronto pra votar. Na paz, com paz.
E viva o Brasil.
Roberto Siviero
A Olimpiada de 2020 terminou com 21 medalhas no peito de brasileiros e brasileiras, no Japão. Isso sem maiores incentivos oficiais do Estado ou da Iniciativa privada.
Há no Brasil pessoas incríveis dedicando-se a história do esporte. Um desses brasileiros é o paulistano Roberto Siviero que estudou e continua estudando mundo a fora é PHD em Admistração pela Universidade do Texas, EUA.
O cabra aí sabe tudo e mais um pouco sobre gestão de esportes.
Logo mais às 20h30, Siviero vai mostrar o que aprendeu ao radialista Carlos Sílvio.
Agende-se: https://www.youtube.com/channel/UCW7gLoeaKwZ9jy6c3KQjWfw
Ps: as Paraolímpiadas 2020 começam no próximo dia 24 e se estenderão até o dia 05 de setembro. O meu treinador, Anderson Gonzaga, disse para minha tristeza que não estou preparado, quer dizer, fora de forma, sequer pra disputar a simples modalidade um "cuspe à distância".
sexta-feira, 13 de agosto de 2021
EU E MEUS BOTÕES (3)
MARGARIDA É LIBERDADE
LINDALVA CAVALCANTE DA HORA
NEGACIONISMO É PRAGA SEM CURA
quinta-feira, 12 de agosto de 2021
COVID-19 MATA TARCÍSIO MEIRA
Tarcísio como Hermógenes, em Grande Sertão: Veredas |
COVID-19/JORNALISTAS
quarta-feira, 11 de agosto de 2021
TINHORÃO OUVE BRAU MENDOÇA NO INSTITUTO MEMÓRIA BRASIL (IMB)
Tinhorão, Brau, Assis e Rosângela no Instituto Memória Brasil, IMB |
Há uma semana o Brasil recebia a triste notícia do passamento do jornalista e historiador José Ramos Tinhorão. Pra muita gente, ele era uma pessoa inacessível, ranheta e personalista. Não era.
O meu convívio com Tinhorão foi longo. Posso dizer que ele foi o segundo jornalista que conheci em São Paulo, num ano qualquer dos 70. A seu respeito escrevi muitas matérias e fiz debates, o último em 2018, na Ação Educativa. O primeiro foi para o extinto Diário Popular, que ocupou duas páginas.
Uma das últimas vezes que Tinhorão esteve comigo, no Instituto Memória Brasil, IMB, foi no começo de 2019. Um pouco antes, o violonista Brau Mendonça e a cantora Rosângela Alves estiveram a me visitar. O resultado, foi um belo papo. Um trecho desse papo pode ser conferido num clique:
ANIVERSÁRIO
Ontem 10 foi um dia pra não esquecer: aniversário da menina Maria Cecília da Hora Sena Durães, que quer ser arqueóloga. A arqueologia é uma profissão que exige muita paciência de quem a abraça. Os profissionais dessa área, incluindo William Thoms são esforçadíssimos e pacientes. Fazem história da história. Foi não foi, correm notícias de que algum deles, ou alguns, descobriram pérolas enterradas há séculos, há milênios, na Paraíba, Piauí, Oriente Médio, na caixa e prego. E desse jeito, a história é reconstruída. Parabéns, Cecí!
domingo, 8 de agosto de 2021
LUÍS GAMA VIRA TEMA DE FILME
No nosso acervo, a 3ª edição de Trovas Burlescas, de 1904 |