Ontem à tarde, uma colega da TV Cultura bateu à minha porta para saber o que acho do cidadão alagoano Audálio Dantas.
Nota 10, eu disse.
E como jornalista?
Nota 10, também.
Eu conheci Audálio Ferreira Dantas à frente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo no começo da segunda metade dos anos de 1970, durante o “lento, seguro e gradual” processo de transição política, chamado de Abertura, posto à prática pelo general Geisel, em 1974, e encerrado em 1985, com a eleição do mineiro Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral.
Paraibano de João Pessoa, eu chegara à capital paulista em 1976. Estava adoentado, com bacilos de Kock a me incomodar o peito.
Bati à porta do Sindicato para conhecer colegas e fui recebido por Audálio.
Depois embarquei a Campos do Jordão para uma estadia não propriamente espontânea.
Após oito meses voltei decidido a encarar a vida por aqui, e novamente nos vimos.
E nos tornamos amigos.
Comecei fazendo bicos na redação da TV Cultura, no tempo que Aizita Nascimento apresentava o telejornal.
Depois fui trabalhar na Folha, onde permaneci por uns sete anos.
Depois Estadão, como chefe de reportagem da Editoria de Política.
Depois TVs Manchete, Globo etc.
Audálio fez uma carreira incrível no jornalismo.
A sua contribuição ao jornalismo e à literatura de denúncia é muito grande, coisa que faz desde os tempos da Folha da Manhã, hoje Folha de S.Paulo, nos anos de 1950; passando em seguida por revistas marcantes, como O Cruzeiro, Realidade, Quatro Rodas etc.
Audálio Dantas é pra virar estáuta, certo? E vou abraçá-lo daqui a pouco, às 19 horas, no restaurante Jacaré Grill, à Rua Harmonia, 321, Vila Madalena, quando ele estará autografando mais um livro, Tempos de Reportagem (Editora LeYa).
Vamos lá?
A Vanira Kunk – todo homem importante tem uma mulher, idem – manda dizer que não vão faltar cervejas, quitutes e caldinho de feijão.
Há como resistir?
FEIRA DE CORDEL
Começa hoje às 16 horas, prossegue amanhã e termina depois, dia 19, a I Feira Brasileira do Cordel, em Fortaleza. A iniciativa é da Aestrofe, com apoio do Minsitério da Cultura e do Governo do Ceará. O local é o Centro Dragão do Mar de Arte de Cultura. O baiano Marcus Haurélio, que reside na capital paulista e é um dos mais expressivos cordelsitas brasileiros da atualidade, acaba de embarcar para participar da feira.
PS - A primeira ilustração desta postagem, em p&b, é reprodução de página de parte de reportagem de Audálio Dantas, com chamada de capa, publicada na revista O Cruzeiro velha de guerra, edição de 16 de junho de 1962.
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