Uma jovem cearense de 17 anos, de nome Ana Cristina, voltava da escola quando uma bala a achou e a matou na noite da última segunda 31 na favela Heliópolis, zona sul de São Paulo, onde vivia desde os quatro anos de idade, sonhando ser pedagoga e cuidar de crianças abandonadas, carentes.
Já tinha uma filha a quem dera à luz aos 15 anos, e cujo companheiro construíra uma casa para os três morarem.
Triste, mas até aí os mais frios podem dizer que isso corre todo dia em algum lugar do País; aliás, quase rotina no Rio de Janeiro.
Pois bem, tudo indica que a bala assassina saiu do revólver de um policial idiota, irresponsável, cretino, que anos atrás foi expulso da corporação por usar as dependências do quartel para manter relações sexuais com mulher estranha à corporação.
É agravante.
O palco do crime virou campo de guerra com a polícia partindo pra cima dos moradores em protesto contra a violência, contra a impunidade secular neste Patropi.
Pelo menos 13 automóveis foram incendiados pela turba em polvorosa.
Duas dezenas de trabalhadores foram detidos para averiguação...
Logo depois, na telinha da Plim, plim ouvi o correto ministro Marco Aurélio Mendes de Farias Mello, do Tribunal Superior Federal, STF, dizer do seu aperreio perante a realidade que nos cerca:
– A falta de segurança no Brasil nos alarma.
Esse ministro é o mesmo que não faz muito disse que “a inviolabilidade é a regra” e pronto!
É defensor dos direitos humanos, seja que tipo for o humano.
Foi o mesmo Marco Aurélio Mello quem disse que “não há o que retrucar quando o algoz é o próprio Estado”.
Essa fala, meus amigos e amigas, ele a expôs ao decidir pela condenação da Rede Globo de Televisão a indenizar os proprietários da Escola Base – lembram? – por “danos morais”.
Sem dúvida, ouvir isso hoje em dia da parte de alguém tão importante na cena brasileira chega a ser, sem dúvida, um grande alento. Isso quer dizer também o seguinte: que o nosso País ainda tem jeito.
O governador de São Paulo poderia se espelhar no ministro e também se indignar e tomar providências de fato contra a incompetência policial, pois a onda de crime é realmente uma onda assustadora.
Da parte federal, diria que o presidente da República, que é de Pernambuco, nordestino como Ana Cristina, também poderia arregaçar as mangas e partir para a solução que o caso da violência, seriíssimo, exige no País.
Ele nos faria bem a todos se fizesse isso.
Ontem, da noite para a madrugada, na Plim, plim, assisti reportagem especial de Caco Barcelos sobre a violência contra brasileiros jovens.
Um documento e tanto!
O Brasil precisa parar de morrer, minha gente.
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Quer dizer que o "ge-ce-eme" foi expulso da PM "por usar as dependências do quartel para manter relações sexuais com mulher estranha à corporação"? Se a mulher não fosse "estranha à corporação", podia?
ResponderExcluirO grande problema, caro Ângelo, é que guarda municipal não é polícia, embora pense o contrário. Não é função deles perseguir bandidos, não é permitido a eles ultrapassar os limites de seu município. Num caso como o que vitimou a pobre Ana Cristina, eles deveriam ter acionado a PM, e não entrarem em perseguição, distribuindo tiros, numa zona altamente populosa. Não é de sua competência. E, como acontece sempre, o brasileiro nunca ultrapassa os limites de sua competência para o bem: só para fazer merda!
Cada vez mais cedo eles morrem, como disse o meritissimo M.Mello "O algoz é o Estado" literalmente.
ResponderExcluirO Brasil precisa parar de matar, isso sim.
ResponderExcluirE o governo de São Paulo precisa parar de bater e atirar em nordestino favelado.
ACS
é o seguinte, é tudo falta de brasilidade, de patriotismo e de amor ao próximo, infelizmente no geral o cidadão somente sente as coisas ruins quando acontece com ele, vivemos um momente em que o que interessa é o lado individual incentivado pela mídia deixando sempre o coletivo de lado, porque o coletivo é perigoso para o sistema Assis, você sabe.Norales Reis
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