O jogo político é um jogo engraçado, cruel e mesquinho, e quase sempre seus jogadores são falsos e traiçoeiros.
Alguns candidatos ao descobrirem que não têm jeito pra coisa se dão por vencidos e entregam os pontos antes até de consolidarem suas ambições levadas embutidas nas candidaturas; caso, tempos atrás, do empresário do cimento e aço Antonio Ermírio de Morais e do dono do Baú, Silvio Santos, que a tempo diagnosticaram despreparo no fofo e perigoso campo da delicada arte de engolir sapos.
E há casos graves, de indução, isto é: de pessoas que levadas por outras fazem o diabo para alcançar o alvo.
No caso, a Presidência da República.
No caso, José Serra.
Zé, como o seu comando de bastidor quer que o povo o chame, escorregou ao se deixar levar pelo mavioso canto da sereia azul, que tantos estragos e vítimas tem feito.
Resultado: ele está agora numa enrascada colossal, perigando até de encerrar a carreira que iniciou nos tempos da União Nacional dos Estudantes, UNE, agremiação da qual foi presidente.
E para seu desespero, sem faturar o prêmio maior e que tanto almeja desde criancinha: o de presidente da República.
É fato notório que o Zé ex-tudo sempre ambicionou ocupar o cargo máximo da carreira. Para tanto, cortou caminho e fez o que fez, abandonando antes do fim o mandato de governador do maior Estado da Federação, São Paulo, que o povo, a quem de novo recorre, lhe confiou.
E antes de abandonar a cadeira dos Bandeirantes, abandonou também a cadeira de prefeito da 5ª maior cidade do mundo: São Paulo, isso após garantir em cartório que não concorreria ao governo do Estado.
Dá pra confiar?
Geraldo Alckimin, seu colega de partido, no papel de sereia, afagou seu ego dizendo que é um piloto experiente, de rota segura, etc., etc., por isso, acrescentou, “vamos fazer uma bela jornada”.
O barco do Zé está afundando.
Aliás, o seu barco começou a fazer água logo após o ex-governador de Minas Aécio Neves não topar integrar a sua chapa; o que o levou a aceitar, sem discussão, o nome de um deputado carioca sem muita experiência no ramo e nenhuma expressão nacional: Índio não-sei-o-quê.
A coisa tá feia, como na cantiga de Tião Carreiro e Lourival dos Santos.
Ah! E acaba de sair nova pesquisa Datafolha, aumentando as agruras do Zé: 50% dos votos do eleitorado para Dilma, 27% para Zé e 11 para Marina.
O negócio está feio.
Isto é, dirão os engraçadinhos: parecido com Zé.
Eu, hein!
PS – a foto acima, batida no dia 30 de março de 1988, registra um dos debates que eu mediava no jornal O Estado de S.Paulo, publicados nas edições de domingo. Na ocasião, reuni os deputados Victor Faccioni, Lula, Roberto Cardoso Alves, José Serra e Afif Domingos, que não aparece.
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