No começo era o som, eram os ruídos provocados por humanos ou pela natureza, como o vento, as stempestades etc.
Depois, isso foi mudando.
Criaram-se as notas musicais para identificar e desenvolver melodias e passamos a ter música instrumental, sem poesia ou letra.
As primeiras gravações musicais em quaisquer formatos foram instrumentais.
No Brasil, o registro pioneiro de música instrumental em disco, aliado à poesia ou letra, é o lundu ou lundum Isto é Bom, do baiano Xisto de Paula Bahia (1841-94), feito por outro baiano: Manuel Pedro dos Santos (1887-1944), chamado de "Bahiano", que foi o primeiro cantor profissional do País.
Essa gravação foi à praça pelo selo Zon-o-phone, em 1902.
A palavra (poesia ou letra) quase sempre enriquece a melodia, a música.
E surgiram grandes cantores, como Chico Alves, Sílvio Caldas, Orlando Silva, Nélson Gonçalves, de voz abaritonada, vozeirões como se diz.
E vozes menores, como as de Mário Reis e João Gilberto.
Não vejo a importância da palavra, da poesia etc., na canção para o intérprete.
Vejo para a estrutura musical em si, e a partir daí para os ouvintes.
Os festivais da canção foram marcantes no Brasil, mais do que em qualquer outro país.
Motivo: o Brasil vivia momentos nervosos, politicamente falando, nos anos 60, que foram os anos dos grandes festivais.
Naqueles tempos, a palavra contida nas canções foi de grande importância para muitos, por se transformar numa espécie de arma contra a ditadura.
Desses festivais se destacaram nomes importantíssimos para o enriquecimento do que se convencionou chamar de MPB, como Geraldo Vandré, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, entre outros.
O uruguaio naturalizado brasileiro Taiguara foi um dos maiores intérpretes de canções daqueles festivais.
Mas a poesia, letra etc., na canção, na música brasileira, é, como se vê, muito anterior aos festivais dos anos de 1960.
RODA DE CHORO
Amanhã, sexta 27, teremos mais uma roda de choro no programa O BRASIL TÁ NA MODA, que apresento todos os dias na rádio Trianon AM 740, também online pela Internet, a partir das 14h30 e repetido no dia seguinte, às 4h30. Meus convidados são Felipe Soares, sanfona; Marcel Martins, cavaco; Ivan Banho, percussão; e Marquinho Mendonça, violão 7 cordas, que integram o grupo Felipe Soares e Conjunto e amanhã às 21 horas se apresentam no Teatro da Vila (Rua Jericó, 256, na Vila Madalena). Eles integram também o Movimento Sincopado, um coletivo de choro que reúne vários grupos e compositores que ocupam espaço no Parque da Água Branca, na região oeste da capital paulista.
PS - Na foto da roda de choro de sexta passada, aparecem: Marcel Martins, cavaco;
Allan Abbadia, trombone; Tiganá, percussão; e Samuel, 7 cordas.
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