Caso eu pare hoje de fumar, daqui a um ano terei economizado pelos menos 1,7 mil reais.
Quem diz isso são especialistas em previsão da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
...Se desde já eu parar de bebericar - e eu beberico bem -, também economizarei não sei quanto.
Se eu deixar de viajar num ou noutro fim de semana a uma cidadezinha - que seja a belíssima, pacata e resistente São Luiz do Paraitinga, como fiz no último fim de semana - não sei quanto eu deixaria de tirar do bolso; para o bem do meu futuro, claro.
E tem: se eu parar de andar de táxi, mais um tanto eu deixarei de gastar também não sei quanto.
Se eu comprar um carro, estarei lascado!
Se eu comprar um carro e contratar um motorista pra me levar por aí - eu não sei dirigir, nunca tirei carta -, estarei duplamente lascado.
Agora, vamos dizer que resolverei aprender a dirigir...
Pois, pois.
Feito isso, passarei a praticar mais um ensinamento.
Se eu estacionar o carro à ré (o que é isso?), economizarei 6 reais por semana, ou R$ 310/ano (o estacionamento está pela hora da morte...).
Mas se eu fizer plano de saúde com empresas que meu amigo querido Lourenço Diaféria, já no céu, chamava de “açougueiras”, elas me levarão tudo que eu poderia economizar até agora, e mais um tanto, caso seguisse à risca o que aconselham os especialistas das contas dos outros.
E aí tem o que deixaríamos de gastar, vislumbrando, hipoteticamente, uma vida melhor no futuro.
Exemplo:
- Ir a cinema por que, se temos tevê em casa?
- Ir a restaurante por que, se podemos comer em casa?
- Ir a motel pó que se...
Por aí vai a coisa dos especialistas, para nos fazer bem no futuro.
Ora, se sabemos que o equilíbrio é o ponto-chave do bem-viver, o futuro do presente, porque razão, então, nós teríamos de seguir “deixas” desses especialistas?
Aliás, e se há quem siga essas “dicas” e pague por elas a eles, especialistas, se deixar de pagá-las o que deixariam eles de ganhar, hein?
Uma coisinha só: não dá pra ficar pensando que seremos felizes no futuro gastando a grana que poderíamos economizar se perdermos o presente, o prumo da vida.
Ora, ora.
MALUF
- E pensar que o deputado Maluf, ex-governador de São Paulo, movimentou algo em torno de US$ 1 bilhão no exterior, extraído dos cofres públicos para os próprios cofres e os cofres da família... Esta notícia estará nos jornais de amanhã.
Não me lembro direito o ano.
Talvez fins dos 80, quando chefiei a reportagem da Editoria de Política do jornal O Estado de S.Paulo.
O colega jornalista Saulo Gomes me convidou para participar de uma entrevista coletiva.
À época, ele trabalhava para Maluf.
Ligadas as câmeras, uma delas veio a mim e perguntei:
“Doutor Maluf, é verdade que o sr. é ladrão?”.
Fui convidado a sair.
Saulo é o entrevistador da belíssima reportagem sobre Chico Xavier, no programa Pinga Fogo, da extinta TV Tupi, em 1971.
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É, amigo Assis, eu estava lendo susas cronicas e acabei por considerar tudo tão pertinente..., quando se fala de cultura neste País parece que as pessoas ficam olhando pra ngente com cara de paisagem ou de burro olhando pro palácio - é dificil neste País colocar na cabeça dos ngovernantes a idéia de uma politica cultural séria, não só nos aspectos que voce aí colocou tão bem, mas também com relação aos patrocinios escassos que deveriam apoiar criações e idéias tão relevantes para o aprimoramento da consciencia do povo, mas que no final acabam por escoar dinheiro pelo ralo das vaidades, nos camarotes "vip" de empresas que mais que tudo se propõem a mostrar apenas bundas e seios prta lá de siliconados, playboys decadentes e sem nenhum glamour, os promovidos por não sei quem a "famosos" estrelas, tudo gente falsa e cheia de hipocrisia que ali está para apenas se dar bem e fazer alpinismo socio-economico...
ResponderExcluirpois é, papete. e ontem almocei com o ministro da cultura, o haddad. e direto, pergunte: quando a cultura popular será levada a sério neste país? e aí debulhei uma infinidade de pontos-de-vista. ele ouviu tudo que eu disse, a mim me pareceu. agora é esperar para ver se surtiu ou surtirá a minha fala com ele, que pretende seer prefeito de são paulo. nesse sentido estou otimista, torcendo para que o melhor aconteça.
ResponderExcluirabs deste seu amigo e admirador,
desculpe, papete: foi com o ministro da educação fernando haddad com quem almocei e a quem perguntei, de chofre, quando a cultura popular do brasil - e a educação, enfim - será levada de fato a sério. de resto, acredito nos propósitos da ministra da cultura ana de hollanda, que andou falando de suas dificuldades que enfrenta na pasta e no partido, no nosso programa "o brasil tá na moda". fica o registro.
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