Era uma vez um mundo muito doido, onde os pais não davam bola nem à História nem a histórias de ninar, aquelas de fazer bem a crianças do mundo todo.
E nem aos filhos os pais davam bola.
E não era bola de jogar pelada, era bola de desatenção.
E assim cresciam os filhos ao Deus dará, diante dos aparelhos de televisão.
Cresciam jogando game, matando gente e bicho por brincadeira.
Cresciam à toa, sem passado nem futuro.
...E os filhos iam à escola por obrigação.
Na escola, os professores não sabiam ensinar.
Na escola, os professores até errado falavam.
Mas os filhos dos pais que os mandavam à escola não ligavam pra isso e fingiam aprender a língua-mãe, Geografia. Matemática, Ciências e outras matérias.
Os professores fingiam que ensinavam e os alunos fingiam que aprendiam.
Era aquele um mundo muito doido.
Espécie de reino do faz-de-conta, às avessas.
Espécie péssima dos reinos encantados de verdade, aqueles habitados por príncipes e fadas e guerreiros valentes que não titubeavam um milésimo de segundo sequer para salvar princesas em apuros, fosse combatendo com espadas mágicas dragões ferozes, fosse pondo pra correr bruxas malvadas.
Até que um dia...
Bem, até que um dia alguém disse que um país se faz com homens e livros.
E aí tudo mudou.
Os pais começaram a se interessar por História e leitura.
Os pais começaram a dar importância aos filhos, que deixaram de lado o vício de ver TV e jogar games e assim nunca mais mataram gente nem bicho.
Na escola, os professores passaram a ensinar de verdade e de verdade os alunos passaram a aprender e descobriram durante pesquisas em livros didáticos o autor da frase que tratava de homens e livros: o paulista de Taubaté Monteiro Lobato.
E descobriram mais: que em homenagem a Lobato, autor de uma infinidade de obras para crianças e adolescentes, foi criado o Dia Nacional do Livro Infantil: 18 de abril.
Mas hoje é 2 de abril...
Descobriram que foi num 2 de abril que nasceu outro ilustre escritor: o dinamarquês Hans Christian Andersen.
Como Lobato, Andersen dedicou a vida a escrever histórias para o público infantojuvenil.
Como Lobato, Anderson nos legou à História obras-primas do gênero, como O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Sereia e O Patinho Feio.
E como Lobato, Andersen ganhou o Dia Internacional do Livro Infantil.
É bom contar e ouvir histórias.
Você já leu A Menina Inezita Barroso?
Que viva a criança em todos nós!
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Como sou filho da ditadura, lembro-me com tristeza do slogan: o exército se faz com homens e livros, e, confesso que não sabia que era plágio do Monteiro Lobato. Fico agora duplamente bravo, mas agradecido pela informação.
ResponderExcluirnão júbilo, não é plágio do lobato. é anterior a 64. lobato morreu em 1948. esse caso lembra outro, de câmara cascudo que disse que o melhor do brasil é o brasileiro, que o governo pegou e dele fez marca, sem sequer citar o autor. pena, né?
ResponderExcluirAssis, me expressei errado, aliás como é de meu costume quando escrevo ... Queria eu dizer que o plágio era do exército e não do Monteiro Lobato. Enfim, vou usar também um plágio, é melhor eu ler o ESTADÃO (he, he). Abraços e obrigado.
ResponderExcluirtambém se passou comigo. ocorreu no discurso oficial de posse da presidente dilma rouseff. numa entrevista que dei a um jornal do piauí, eu disse: "a cultura popular é a digital de um povo". no discurso de dilma, apareceu: "A cultura é a alma de um povo...", visse? abraços.
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