Depois de falar a respeito da seca que novamente castiga sem dó nem piedade o forte e heroico povo nordestino e de citar a região onde viveu até a idade de rapaz o romancista Roniwalter Jatobá, de berço mineiro - Campanário -, eu fiquei sabendo que o ponto onde se acha a montanha azul do seu livro foi outrora um verdadeiro paraíso de verdor e beleza sem par e festa incomum para as meninas dos nossos olhos.
Mas tudo mudou, embora persistam as tradições.
A Procissão dos Homens, por exemplo, é muito antiga, de origem portuguesa, que ainda anda viva nos dias de hoje.
Ocorre em Bananeiras - não confundir com o belo município do brejo paraibano.
Bananeiras, aqui, é um distrito de Pindobaçu, ao norte de Piemonte, na Bahia.
Enfim, como complemento ao que escrevi, Roniwalter (em primeiro plano, de camiseta) acrescenta num texto via email que compartilho com vocês, este:
“Publicado pela primeira vez em 1982, Viagem à Montanha Azul é o meu primeiro livro dirigido às crianças. Além de ser uma história cheia de aventuras, também é uma oportunidade para que os jovens leitores conheçam um fantástico mundo onde convivem o sonho e a realidade, onde bichos e homens coabitam em profundo respeito, e onde a integridade dos seres humanos e da natureza permanece como regra essencial.
No Dicionário crítico da literatura infantil/juvenil brasileira, a professora Nelly Novaes Coelho afirmou que Viagem à Montanha Azul “é uma excelente leitura para jovens leitores, no sentido de lhes sugerir atitudes positivas para a ação ou o sonho e principalmente por lhes dar a certeza de que temos raízes profundas no tempo e no espaço.” Já o crítico Edmir Perrotti, em O Estado de S. Paulo, apontou que Viagem à Montanha Azul é um livro de resgate. “Tenta, narrando as aventuras de três meninos, recuperar a memória de um grupo indígena, os Muribecas, totalmente exterminado pelas armas de fogo do branco invasor”, disse. “É um pequeno livro que merece ser lido com atenção.”
Traduzido em 1983 para o inglês pela professora Janet Romberg, da Universidade do Colorado, recebeu o título de Travels to Blue Mountain.
A montanha azul, referida no livro, existe de verdade. Fica em Bananeiras, sertão da Bahia, um lugarejo perto de Campo Formoso e onde vive parte de minha família. Ali nasce o rio Aipim - o rio da minha infância -, hoje seco devido a seca que, de novo, castiga o Nordeste e seu povo”.
MEGA BRASIL
Começou ontem o Congresso Mega Brasil, no Centro de Convenções Rebouças. Comparecemos à solenidade de entrega do Prêmio Personalidade da Comunicação ao diretor-presidente da Rádio Jovem Pan, A. A. A. de Carvalho, o Tuta. Também como destaque do Congresso, hoje será lançado o Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa 2012. Evento marcado para às 19 horas. Vamos?
No registro acima, os jornalistas Vanira Kunk, Eduardo Ribeiro, Sérgio Gomes, Jorge Miranda e Audálio Dantas; Darlan Ferreira, eu e Andrea Lago.
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