Era uma segunda-feira, no Japão.
Às 8 e poucos do dia 6 de agosto de 1945, depois da redição dos nazistas para as forças aliadas, os japoneses de Hiroshima sentiram na pele a força arrasadora dos norte-americanos.
Força terrível, vinda das nuvens e do chão fazendo subir uma espécie de cogumelo gigante, aterrador, mortífrero.
O dia se fez noite.
Nada igual jamais visto.
A tragédia daquela manhã chegou nas asas de um avião B29, embutida num artefato de 65 quilos de urânio e poder explosivo de 15 quilotons.
Entre a liberação do artefato e sua explosão a 600 metros do solo se passou menos de um minuto, resultando daí um saldo terrível, inimaginável: 140 mil pessoas mortas, ou mais, em segundos.
Depois disso, passada uma semana, os norte-americanos ainda insatisfeitos detonaram Nagasaki e mais milhares e milhares de japoneses. Tudo isso sob o comando do presidente Harry Truman, para quem - à guisa de curiosidade - o rei do baião Luiz Gonzaga, a pedido do presidente-marechal Gaspar Dutra, tocaria sanfona numa solenidade realizada no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, dois anos depois dessa dupla tragédia que renderia vários, entre os quais a obra-prima Hiroshima Meu Amor (1959), de Alain Resnais.
A primeira bomba, a de Hiroshima, foi chamada de bebê, menino; na língua de lá, little boy, carregada por um avião batizado de Enola Gay.
A segunda, de Fat Man.
O episódio marcou o fim da Segunda Grande Guerra e o começo do fim do império americano.
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