Todas essas músicas eu entendo serem de pouco ou nenhum valor artístico, mas de algum modo elas estão aí na boca de muita gente, incomodando os bons ouvidos.
São canções mornas, rocks e raps, na maioria, e amadorísticas.
Algumas: O Gigante Acordou, denominada pelos autores de “original” (há mais uma com o mesmo título e gênero, rap); 20 Centavos, que bate mais na questão Copa; Gigante Pátria, do tipo “sertanojo” gravada em estúdio por uma autodenominada dupla Alex e Gustavo, em busca de fama; Vem Pra Rua, talvez a melhorzinha, com o Rappa; Vamos à Luta, rock do grupo Legião Urbana; Com Flores e Sem Armas, Como se Orgulhar etc. etc. etc.
O Youtube está cheio delas.
E certamente até o final do mês que entra teremos também livros com esse tema.
Aliás, já há um e-book na praça custando R$ 4,99: Choque de Democracia (Companhia das Letras), escrito em dez dias por um gênio da Unicamp chamado Marcos Nobre, que interpreta com a profundidade que julgou possível serem as manifestações populares Brasil a fora de “revoltas de junho”.
Incrível, não é?
De qualquer modo, de R$ 4,99 em R$ 4,99 a galinha enche o papo, diria a minha santa avó Alcina que hoje mora no céu.
E aviso logo: esse livro eu não li, não pretendo ler e não pretendo gostar; aliás, não gostei.
Como entender ser possível ter algum valor literário ou histórico uma obra publicada ainda no correr dos acontecimentos, hein?
Também vão sair folhetos de cordel, mas isso não é de surpreender. Pois, enfim, é da tradição os cordelistas contarem histórias em versos, inclusive no calor dos acontecimentos.
E eis mais uma estrofe de versos decassílabos que o poeta repentista Oliveira de Panelas fez, a meu pedido, para este espaço. Curtam, pois:
No Brasil a saúde está doente,
Toda educação analfabeta,
A cruel violência se projeta
E poderá ser pior daqui pra frente
Não há povo sofrido que aguente
Uma vida de imposto e opressão
Foi aí que cheguei à conclusão
Que as leis são na prática desiguais
E um ladrão de gravata rouba mais
Do que mil marginais de pés no chão.
Você quer saber quem é o pernambucano Oliveira de Panelas, um poeta movido pelo talento da improvisação que já se mostrou para os ex-presidentes Fidel Castro, de Cuba; Mário Soares, de Portugal: para...? Então, clique:
http://www.youtube.com/watch?v=cwYwLHTb76I
Um belo texto de merda que reclama de quem ao menos se levanta para fazer algo contra a palhaçada que é esse país. Do que se trata, é mais um financiado pelo PT?
ResponderExcluirQue bosta véio, sério mesmo que canções de protestos te incomoda? Então continua com seu Lepo lepo, ignorante.
ResponderExcluirCara, tu se propõe a julgar os artistas, sem conhecer o real motivo de cada um, a generalização é um erro. Usa de argumentos preconceituosos do tipo "sertanojo" para desmerecer quem tu nem conhece a história? É assim que queres ter um blog? Ditando aos outros o que é "cultura" e o que não é? Você pode ter razão em certos pontos, mas apresente argumentos contra cada artista citado, argumentos que corroboram com suas afirmações, no mais, senti vergonha alheia de ti. Conheço várias das músicas citadas, nem todas me agradam no gosto musical, mas coloca-los todos na mesma panela e julga-los é de um senso comum superficial e b39648593216arato, quando não desonestidade intelectual ao seus leitores.
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