De
sexta até ontem fiquei em Tietê, uma cidadezinha muito bonita administrada pelo
prefeito Manoel David e localizada a cerca de 120 quilômetros da Capital.
Eu
já a conheço há bons anos.
Pertencente
à mesorregião de Piracicaba e à microrregião de Sorocaba, Tietê surgiu à beira
do rio que leva o seu nome, por iniciativa dos desbravadores bandeirantes do
século 18.
Tietê
é berço de boa gente e do mais puro folclore paulista.
Foi
lá que em julho de 1884 nasceu quem hoje podemos chamar de pai da cultura
caipira, Cornélio Pires.
Também
em Tietê nasceram Ariowaldo Pires, o Capital Furtado; Fernando Lobo, que
assinava suas obras musicais como Marcello Tupinambá e XYZ, entre outros
pseudônimos.
O
maestro Camargo Guarnieri, o cantor e compositor Itamar Assumpção e o
versionista Fred Jorge também nasceram lá.
Cornélio
foi o primeiro produtor de discos independentes do Brasil.
Ele
nos legou meia centena de discos de 78 RPM, com gravações de cateretês,
cururus, danças folclóricas da região onde nasceu etc.
Foi de sua iniciativa a primeira gravação em disco de uma moda de viola: Jorginho do Sertão, em 1929.
Cornélio foi cantor bissexto; e também compositor, escritor e humorista dos melhores.
Foi de sua iniciativa a primeira gravação em disco de uma moda de viola: Jorginho do Sertão, em 1929.
Cornélio foi cantor bissexto; e também compositor, escritor e humorista dos melhores.
Partiu
para a eternidade em fevereiro de 1958.
Há
mais de 50 anos é comemorada a Semana Cornélio Pires, e há pouco também a
Semana Capitão Furtado.
Uma
fundação em memória de Camargo Guarnieri está sendo construída em Tietê.
Fui
àquela cidade a convite da Prefeitura para participar, como palestrante, das comemorações em torno de
Cornélio e do Capitão.
O domingo findou com rodas de prosas e de violas.
À frente da sede do Museu Cornélio Pires (acima), no Parque Ecológico da cidade, houve apresentação de duplas de violeiros cantando e tocando modas de viola; e, depois, de cururu com o mais expressivo nome desse gênero, o legendário Luizinho Rosa (abaixo, ao meu lado), de 85 anos, lúcido, bem-humorado e inspirado como poucos, entre tantos que, já vi.
À frente da sede do Museu Cornélio Pires (acima), no Parque Ecológico da cidade, houve apresentação de duplas de violeiros cantando e tocando modas de viola; e, depois, de cururu com o mais expressivo nome desse gênero, o legendário Luizinho Rosa (abaixo, ao meu lado), de 85 anos, lúcido, bem-humorado e inspirado como poucos, entre tantos que, já vi.
Viva
Tietê, o seu povo, seus artistas!
Aí
na foto o secretário da Cultura Edilberto Paludeto e um dos seus assistentes Ronaldinho (de boné),
no Parque Ecológico de Tietê.
no Parque Ecológico de Tietê.
Aí
na foto, na comissão de frente, a professora de dança Anabete, a produtora
cultural Andrea Lago, o prefeito Manoel David e o ex-prefeito, Clóvis Pasquali E, de cima pra baixo, a secretária de Turismo,
Lyria Pontes (Lirita); o secretário de Cultura, Edilberto; este escrevinhador,
o Sr. Waldomiro e a ex-vereadora Wanda.
Lyria Pontes (Lirita); o secretário de Cultura, Edilberto; este escrevinhador,
o Sr. Waldomiro e a ex-vereadora Wanda.
Tietê minha terra querida..
ResponderExcluirPara quem pode participar dos eventos deste final de semana na querida Curuça de outrora na 53ª Semana Cornélio Pires/ Capitão Furtado (23 a 29/08) presenciou e sentiu a emoção pura e fina da cultura popular de todo um povo simples e humilde do interior paulista. Foi muito comovente.
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