A marchinha à qual me refiro é Ó Abre Alas, criada pela carioca Francisca Edwiges Neves Gonzaga a pedido dos foliões do histórico cordão Rosa de Ouro. Essa marchinha porém só foi gravada integralmente em disco no começo da década de 70, pelas irmãs Batista - Linda e Dircinha -, filhas do cantor e compositor cômico Bastista Jr.
Chiquinha, portanto, foi a mãe da marchinha.
O frevo, que nasceu também por aquela época teve como pai Matias da Rocha.
Os continuadores direto da marchinha e do frevo, foram respectivamente, Braguinha e Capiba.
O nome de batismo de Braguinha era Carlos Alberto Ferreira Braga e do Capiba era Lourenço da Fonseca Barbosa.
Naquele tempo o carnaval estava ainda tomando forma, pois o que existia era o Entrudo, que era uma brincadeirinha de péssimo gosto em que uns agrediam outros das formas as mais lamentáveis.
O frevo só passou a ser conhecido nacionalmente por volta dos anos 30 e 40 do século passado. Hoje o frevo ocupa espaço apenas em Pernambuco, especialmente na capital recifense.
O auge das marchinhas carnavalescas ocorreu entre os fins de 1930 e começos dos 60, mas vez por outra põe as unhas de fora como agora, em São Luís de Paraitinga e nas capitais do Rio e São Paulo.
Curiosamente, as marchinhas estão embalando os blocos que ora se multiplicam Brasil afora.
A primeira vez que a palavra Carnaval aparece impressa é no Aulete, primeiro dicionário da língua portuguesa.
A palavra frevo aparece impressa pela primeira vez em 1908, num jornal pernambucano de pequena tiragem.
Mas tudo tem seu tempo.
As marchinhas já não são as mesmas, embora o frevo ainda resista com sua bela coreografia e passos que desfiam passistas e encantam as pessoas que os acompanham.
Mas, como eu disse, o frevo ocupa apenas uma parte do território pernambucano.
Os pernambucanos são uns privilegiados!
E o Galo da Madrugada hein?
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