Os
últimos dias do inverno estão se indo. A temperatura aqui, na capital paulista,
está pra lá de baixa. Ali pelos 14, 15 graus.
O
Coringão acaba de abater o Joinville, por 3 a 0. E aí, naturalmente, a
temperatura aumentou... E como se não bastasse, amigos e amigas chegam trazendo
luzes à minha mente: Daniel, Celia e Celma...
A
Celia chega toda feliz de Minas Gerais. Passou por Ubá, São João del Rei,
Tiradentes, Bichinho... Em Bichinho, elas apresentaram a seus amigos Marisa e
Osvaldinho Viana –excelente dupla de artistas-, que as acompanhavam, as doceiras
da região, Maria e Osni.
A
apresentação de Celia e Celma a Osvaldo e Marisa, foi só o começo de uma festa
consagrada pela mágica das doceiras e da cantoria, que contou no repertório
belíssimos clássicos da música brasileira, como Tristezas do Jeca, Luar do
Sertão e Chalana. Fiquei encantado.
Puxa,
como é a vida!
Hoje
eu ia só falar de um cara que nasceu em 1265. Esse cara partiu com 56 anos de
idade. Eu quero falar de Dante, o autor de A Divina Comédia.
No
século XIV, a obra prima do poeta italiano já era conhecida do público na sua
primeira e segunda partes.
A
Divina Comédia, originalmente escrita como A Comédia, é dividida em três
partes: o Inferno, que trata de ciclos terríveis relacionados ao humano; o
Purgatório, que trata dos pecados capitais e ameniza o humano; e, por fim, o
Paraíso, que é a parte em que o autor, na sua grandeza genialíssima, carrega
para a felicidade, em pensamento, o amor da sua vida: Beatriz.
Beatriz
já faz parte da música brasileira, por intermédio de Edu Lobo.
A
Beatriz de Edu é, naturalmente, inspirada no poema do Dante.
Esse
poema gerou muitas inspirações, como a Canção do Exílio, de Gonçalves Dias. O
nosso Belchior espraiou-se por inteiro nesse famoso poema de Dante. Salvador Dali, também. Em tempo mais distante,
Franz Liszt, também espraiou-se numa composição totalmente baseada nas três
partes de A Divina Comédia.
Dante
Alighieri é incrível! E é tanto, que não me espantei quando o Papa Francisco
disse que ele, Dante, foi o Poeta da Esperança.
E
a esperança, cá pra nós, está na mágica das doceiras Maria e Osni, e, é claro,
em Dante.
A
vida é popular.
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