Ouço no Rádio notícia dando conta que
Collor está mais enrolado do que arame farpado, com três ou quatro processos
correndo na área da Justiça. Também ouço no Rádio que o Presidente do Senado
Renan está em situação, de novo, idêntica à do seu conterrâneo de Alagoas, onde
o filho Renanzinho impera como Governador eleito nas últimas fraudes.
E como se não bastasse, o Rádio ainda
me diz que o Presidente da Câmara – vocês sabem quem é – que pôs até o nome da
sua santa mãe no enrosco em que se acha. Vejam só! Fora esses, há mais uns
quarenta parlamentares envolvidos nas tramoias que a lava jato está trazendo a
tona.
Coisa de Ali Baba, dos meus tempos de
histórias infantis...
O mar de lama que ora devasta Mariana,
MG, e redondezas até Espírito Santo, ES, parece ser menor do que o mar de lama
que engoliu os homenzinhos que legislam a seu favor e usam a democracia e o
nome do povo, e de Deus, em benefício próprio.
Quando será que o nosso Brasil tão
judiado voltará a deslizar nos trilhos com firmeza em direção ao progresso,
hein?
Bom, mas não é exatamente disso que eu
quero falar.
Vocês já ouviram falar no paraibano Rangel
Júnior?
A Paraíba, como todo mundo sabe, é um
dos nove Estados nordestinos. Lá tem gente muito legal; gente que ganhou e
ganha espaço bem arejado na história do Brasil, por trabalhar de modo sério e
competente.
Em 1950, o pernambucano Luiz Gonzaga
lançou em praça pública, em Campina Grande, o baião que até hoje dá o que
falar: Paraíba, que já foi gravado até em japonês.
Ouça:
Paraíba foi lançado no mesmo
ano em que seus autores (Gonzaga e Humberto Teixeira) lançaram também Juazeiro,
que logo depois a norte-americana Peggy Lee pegou a novidade e gravou na sua
voz, sem, porém, dar os créditos de praxe aos autores.
Detalhe: originalmente, o
baião Paraíba foi composto como jingle; e como tal foi lançado à praça tornando-se
um clássico da música brasileira.
Rangel Junior nasceu numa
cidade do Cariri paraibano, Juazeirinho.
Juazeirinho fica a pouco mais de 200 quilômetros de João Pessoa, a minha terra.
Profissional da Psicologia,
doutor em Educação, reitor da Universidade Estadual da Paraíba. Político como todo ser
antenado, Rangel é violonista, compositor e cantor, dos melhores. Ele tem alma
e estilo próprios. Não dá para compará-lo a outro grande artista daquelas bandas, Biliu de Campina por exemplo.
Na música popular, Rangel navega por vários ritmos: xote, forró, baião, coco e até samba de breque.
Rangel Junior é o único
cantor-reitor que conheço no nosso País, e duvido que haja outro por aí mundo
afora.
Meu querido poeta.
ResponderExcluirVocê enche o mundo com sua gentileza e enche também os corações alheios com sua enorme galhardia ao falar do Brasil e dos brasileiros, dos brasileiros "lá de nós". Não de um "Zé Qualquer", como dizia Jessier Quirino, mas de um "Antõe Qualquer", que nem este que passou feito um cometa e ficou com saudade imensa de não poder ficar mais. Como diz Rolando Boldrin, vamos tirar esse Brasil da gaveta. O Instituto Memória Brasil vai fazer isso. Vamossimbora! Há moinhos a vencer!