A terça-feira, 4 de outubro de 1960, chegou com os brasileiros de norte a sul felizes e esperançosos, por terem o matogrossense de Campo Grande, Jânio da Silva Quadros, como Presidente da República. Foi, até então, a maior votação para um presidente da República brasileira, na história. 5,6 milhões de votantes. E sete meses depois, ele renunciou. Foi golpe, ou não foi?
“A
minha mãe é golpista, o meu pai é petista e eu sou anarquista”.
A
definição é do impagável roqueiro paulistano Supla, referindo-se à posição
política da sua mãe, Marta, e do seu pai, Eduardo.
Pois
é, vivemos tempos mirabolantes, tempos de efervescência, politicamente falando.
Marta
foi prefeita da cidade de São Paulo e Eduardo, o mais votado candidato a
vereador desta cidade, nas eleições do último dia 2. Ele recebeu mais de 300
mil votos, ou seja: levou pra si a simpatia de quase todos os petistas da
capital paulistana.
Luiza
Erundina, paraibana conterrânea minha, prefeiturou São Paulo antes da Marta.
Erundina,
Marta e Haddad disputaram entre si, o cargo para retornarem como prefeitos de
São Paulo. Perderam e o tempo depressa nos dirá, se os eleitores ganharam ou
perderam ao escolherem o empresário João Dória...
Cerca
de 25 milhões de brasileiros negaram seu voto às urnas nas últimas eleições.
Por que isso?
Na minha
modesta compreensão de paraibano nato, de brasileiro inteiro, esses 25 milhões
deixaram de ir às urnas porque estão, simplesmente, decepcionados com os
políticos; profissionais, claro.
Ouso
eu pensar assim: um país é uma empresa e como tal deve ser administrado, sem
regalias, para funcionários. Portanto, com
profissionalismo.
Uma empresa em má gestão, vai pras cucuias e seus acionistas, também. No caso,
os acionistas que escolheram o gestor, são os munícipes.
PARAFUSO
O
Brasil e são Paulo, especialmente, andam em parafuso há muito tempo. Mas não é
desse parafuso, da complicação em que vivemos, que eu quero falar agora.
Com
base em informações do correspondente informal Rômulo Nóbrega, no texto
anterior, eu disse que o zabumbeiro Parafuso acabara de morrer tocando zabumba
num palco da cidade de Colonia, Alemanha. Ele estava acompanhado dos colegas do
grupo 3 do Nordeste. Parafuso, de batismo Carlos de Albuquerque Melo, era
paraibano de João Pessoa, nascido no dia 16 de janeiro de 1940. E nada mais eu
digo a respeito porque não sei. Não sei se o corpo ficará lá ou ficará cá. De
qualquer forma, Parafuso ficara na memória de todos aqueles que gostam da boa
música popular.
Nas
fotos que ilustram este texto, Parafuso aparece ao lado do grande forrozeiro
Biliu de Campina e do biógrafo do mestre pernambucano Rosil Cavalcanti, Rômulo
Nóbrega.
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