A multitudo Bibi Ferreira não morreu. Bibi nasceu e
encantou-se, foi pra longe, foi pro céu, sem sair do nosso coração e mente.
Legal ouvir, ver e ler tanta coisa sobre Bibi, pequena,
baixinha, invocada e um vozeirão daqueles de assustar o coração do tenor mais
forte e sensível.
Bibi, todo mundo disse, virou artistas antes de virar gente:
tinha uns 20 dias quando o pai e a mãe a puseram num palco, substituindo uma
boneca.
Todo mundo falou isso e aquilo da Bibi Ferreira, atriz,
diretora, cantora, etc. e tal.
Atenção, anotem: como cantora, Bibi começou a gravar discos
no começo da segunda parte te 1941, pela extinta Columbia. Coincidentemente, foi nesse ano que o pernambucano Luiz Gonzaga
e o Gaúcho Nelson Gonçalves iniciavam suas carreiras na extinta Victor.
As primeiras composições gravadas por Bibi, de duas autoria,
foram as toadas Fitinha Encarnada e Lá longe, na minha terra.
Mas ela só voltaria a gravar discos em 1953, com
acompanhamento da orquestra de Osvaldo Borba.
Pois é, no rigor dos termos Bibi fez-se grande também como
compositora e cantora.
No acervo no Instituto Memória Brasil, IMB, há, se não tudo, quase tudo, a obra musical da filha de Procópio Ferreira (1898-1979). Curiosidade: Bibi lancou-se em disco (78 RPM) dez anos antes de Inezita Barroso. As duas primeiras gravações de Inezita, pela extinta Sinter, foram Funeral d"um Rei Nagô e Curupira. Nessa gravação ela acompanha-se ao violão. No caso da Bibi quem a acompanha é o mestre do violão Dilermando Reis ( 1916-1977). Dilermado foi professor de violão do ex-presidente da República , Juscelino Kubitschek (1902-1976).
Essa Bibi Ferreira é demais. E os arquivos implacáveis de Assis Ângelo não perdoam.
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