A foto aí foi feita a mais de dez anos, em Brasília. Nela aparecem Arievaldo, o escritor paraibanos, Sinval Sá (1922-2014), e eu. |
Eu bem senti que algo esquisito pairava no ar.
A madrugada foi de um frio de lascar. Cá em Sampa chegou a
cinco graus, segundo a moça do tempo.
O ponteiro marcava, se tanto, nove da manhã. A essa hora o
querido Klévisson fez-se presente ao telefone tristonho, com voz embargada,
contou que o mano Arievaldo se achava num hospital havia três dias. “O Ari é um
teimoso, não ouve conselhos de consultar um médico”, começou Klévisson,
acrescentando: “Ele diz que esse negócio de procurar médico é besteira, pois
médico só arruma doença pra gente”.
No final da tarde, o querido Wilson Seraine, telefona pra
dar “péssima notícia”. Pois é, revelou: “O nosso Ari morreu”.
Arievaldo Viana morreu aos 53 anos, deixou quatro filhos e
viúva. Ele foi um dos talentos mais visíveis que já vi. Grande pesquisador da
cultura popular, especialmente do cordel, Ari entra pra história como um grande
cordelista e contador de histórias.
Que Deus o tenha.
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