O Dicionário de Palavrão e Termos Afins, do pernambucano Mário Souto Maior (1920 - 2001), registra cerca de três mil expressões chulas ou mais ou menos chulas.
Entre o amontoado de palavras colhidas por Souto Maior não se acha porém o maior palavrão de nossa língua.
Meu amigo, minha amiga, você sabe qual é o maior palavrão da nossa língua?
Não, não é inconstitucionalissimamente.
O maior palavrão registrado pelo filólogo Antonio Houaiss (1915 - 1999) é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico.
Houaiss e outros dicionaristas também ditam a menor palavra. Começa com C.
As palavras ganham novas formas e significados a cada geração.
Houve um tempo que foder era um palavrão. E vejam vocês, tem só duas sílabas.
É um palavrão quando alguém diz: "fulano se fudeu"? Não, né?
Quando essa frase é dita, significa simplesmente que o sujeito em questão ganhou um belo problema pra resolver na vida.
O Brasil, num passado remotíssimo, teve vulcões. Hoje já não os há mais, porém pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico tem a ver com o cara intoxicado por poeira de vulcão, daí esse palavrãozão.
Ontem o Presidente Cloroquina disse que está sarado da Covid-19, mas seus pulmões estão mofados pelos vinte dias que permaneceu no bem bom do seu Palácio, pago pela grana de impostos do povo brasileiro. Ele disse: "peguei mofo no pulmão". E aí lembrei, de repente, do bom baiano Dorival Caymmi (1914 -2008).
Em 1957, Caymmi lançou a joinha musical intitulada Fiz uma Viagem. Essa música termina com "deu mofo na farinha".
Na versão do violeiro Renato Braz ficou assim, escutem:
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