No dia 22 de agosto de 1846 o cidadão John Thoms (1805-1846) teve
publicada uma carta no jornal ou revista, não sei bem, de nome Athenaeum. Nessa
publicação, Thoms criou a palavra folk lore.
Folk, povo.
Lore, ciência.
Aí estava criada a palavra folclore.
Folclore é cultura popular, grosso modo traduzindo do original.
Câmara Cascudo detestava essa palavra. “Não me acho folclorista, não sei
bem o que é isso; eu sou historiador”.
Cascudo deixou publicados cerca de 150 livros, 39 dos quais tratando
exclusivamente de folclore.
O dia 22 de agosto é considerado o Dia Internacional do Folclore.
Cascudo nasceu num município de natal, RN.
Natal tem, hoje, pouco mais de 800mil habitantes.
Mestre cascudo é o brasileiro mais querido do Rio Grande do Norte.
O rio grande do norte tem uma população de pouco mais de 13 milhões de
habitantes.
Juntando tudo isso, Luís da Câmara Cascudo (1897-1986), é a somatória do
Brasil.
Folclore é cultura popular.
Cultura popular é cidadania.
Os mais observadores poderão perguntar: o que é que isso tem a ver com a
gripe espanhola?
A primeira e única vez que o nome de mestre cascudo aparece como
portador da espanhola foi numa notinha perdida no jornal Diário de Pernambuco,
o mais antigo em circulação na América do Sul.
Desde 1918 até os dias atuais, o País passou por 3 ou 4 pandemias.
A Covid-19 tem atrapalhado o Brasil e, naturalmente, natal e o estado do
rio grande do norte.
Luís da Câmara Cascudo dedicou a vida estudando o comportamento do povo.
Ouça o que ele diz aí quando lhe peço uma definição sobre cultura popular.
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