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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

ROBERTO PAIVA, 100 ANOS

 Pouca gente sabe, mas o violonista Laurindo de Almeida (1917-95) era sambista e bom letrista.
Em 1938, o cantor Roberto Paiva estreou na Odeon gravando um disco de 78RPM com Último Samba, de autoria de Almeida.
Paiva não alcançou sucesso imediatamente.
O primeiro sucesso dele foi o samba O Trem Atrasou, de Estanislau da Silva, Artur Vilarinho e Paquito, pseudônimo de Francisco da Silva Fárrea Júnior (1915-75).
O Trem Atrasou é um clássico do samba. Conta a história de um operário que perde o trem que o levaria ao trabalho (abaixo). Foi gravado em 1941.
A carreira artística do carioca Roberto Paiva foi coroada de sucessos. A sua discografia é ampla. Ele gravou vários discos de 78RPM, compactos, simples e duplos e LPs.
Eu conheci Paiva, um cara elegantíssimo, numa de suas vindas à Capital paulista. Quem me apresentou a ele foi o sambista paulistano Osvaldinho da Cuíca, que completará depois de amanhã 81 anos de idade.
Simples e desembaraçado, o intérprete de O Trem Atrasou apresentou-se em público até poucos meses antes de morrer no dia 1º de agosto de 2014, aos 93 anos.
Laurindo de Almeida deixou uma enorme discografia construída, basicamente, nos EUA. Curiosidade: num ano qualquer da década de 70, ele gravou Baião, de Luiz Gonzaga, que aparece no disco como parceiro de um cidadão que um dia chamou-se Bud Shank. A isso dá-se o nome de apropriação indébita. É crime previsto em lei.
O nome verdadeiro de Roberto Paiva era Herlim Silveira Neves.

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