Um amigo telefona pra perguntar o que acho da sociedade que Lula está compondo com o ex-tucano Geraldo Alckmin. Antes de ouvir minha resposta, o amigo foi taxativo: "Se isso acontecer eu vou, pela primeira vez, anular o meu voto".
Pedi calma ao amigo, cheio de raiva por tudo quanto acontece na política brasileira. E ele: "Lula passou o tempo todo esculhambando com o Alckmin e como é que Alckmin vai se atirar que nem uma donzela nos braços de Lula?".
Lula não só esculhambou o Alckmin, mas também Fernando Henrique, Delfim Neto e mais um montão de gente que vive da política.
Ontem 20, num restaurante em São Paulo, Lula andou aos beijos e abraços com o futuro nome que formará a sua chapa à presidência da República. E tranquilamente disse alto e bom som que meteu a ripa, mesmo, nos seus muitos opositores. Pois é, política é assim: muda a toda hora. O inimigo vira amigo e o amigo, inimigo.
Vivemos, é fato, numa catástrofe política.
Nunca o Brasil teve um governo tão terrível e negacionista como agora.
O Brasil está gemendo, pois atirado que foi, com pandemia e tudo, num buraco profundo.
Eu, da minha parte, votarei até numa lagartixa pra tirar o cabra merecedor de pau que hora ocupa o mais importante posto da política nacional.
Andei escrevendo alguns folhetos de cordel em que digo tudo que acho disso tudo.
O Brasil tem cura, sim!
A cura do Brasil é respeito ao próximo e à Constituição que nos rege.
O direitista chileno que acaba de perder a eleição para a esquerda, deu uma bela lição ao telefonar ao candidato que o derrotou.
Bonito, né?
Quero ver, cego que sou, Bolsonaro fazer o mesmo quando perder a eleição pra Lula, em 22.
Nenhum comentário:
Postar um comentário