O ano de 2021 terminou com a poesia de improviso ao som de viola e a literatura de cordel definidos e chancelados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônios da cultura imaterial do Brasil. Os repentistas, como são chamados os improvisadores de poesia à viola, e cordelistas consideram isso uma grande vitória. Fazia tempo que esses profissionais aguardavam com ansiedade tal decisão do Iphan. O repentismo, como o cordelismo, são heranças distantes, trazidas pelos portugueses para o Brasil. Em Cinco livros do povo, o autor, Luís da Câmara Cascudo (1898-1982), encontra- -se a informação de que a poesia de improviso feita ao som de viola data de tempos de antanho, surgida num ponto qualquer do Oriente Médio. Antes de enraizar-se em Portugal, esse tipo de arte popular ganhou firmeza em Provença (França). A literatura de cordel pode ter surgido na Espanha. O romance Donzela Teodora ganhou forma impressa no começo de 1700. A donzela, na origem, era uma personagem negra vendida como escrava em Tunis. Sua história chegou ao Brasil por volta de 1815. A propósito, a primeira versão dessa história foi feita pelo paraibano Leandro Gomes de Barros (1865-1918). A poesia ao som de viola ganhou raízes brasileiras em Teixeira, interior da Paraíba. A história é longa e muito bonita.
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