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domingo, 12 de março de 2023

LEANDRO GOMES DE BARROS CONTINUA VIVO (2, FINAL)

Leandro Gomes de Barros tem inspirado muitos cordelistas. Seu nome ainda circula no meio popular e até entre candidatos a doutor por universidades Brasil afora. Sobre sua obra, há várias teses universitárias rolando por aí. Às Universidades Federais da Paraíba e do Mato Grosso do Sul foram apresentadas as dissertações Direito & Literatura: Aspectos Jurídicos e Sociais na obra de Leandro Gomes de Barros, de Elon da Silva Barbosa Damaceno e "Que povo é esse?", de Erasmo Peixoto de Lacerda. À Fundação Getúlio Vargas, FGV, RJ, Ivone da Silva Ramos Maya apresentou O Poeta de Cordel e a Primeira República: a Voz Visível do Popular.
Folhetos de Leandro continuam a ser publicados. Também tem inspirado ou inspirou poetas de tudo quanto é quilate, como Carlos Drummond de Andrade e Klévisson Viana.
No dia 9 de setembro de 1976, Drummond publicou em bela crônica no Jornal do Brasil um pouco da história do grande paraibano. Chamou-o de príncipe. Um trecho:
Não foi príncipe dos poetas do asfalto, mas foi, no julgamento do povo, rei da poesia do sertão, e do Brasil em estado puro. [...] Leandro foi o grande consolador e animador de seus compatrícios, aos quais servia sonho e sátira, passando em revista acontecimentos fabulosos e cenas do dia-a-dia, falando-lhes tanto do boi misterioso, filho da vaca feiticeira, que não era outro senão o demo, como do real e presente Antônio Silvino, êmulo de Lampião.
Klévisson, além de escrever sobre Leandro, conseguiu recuperar uma de suas fotos (ao lado).
Em disco LP trecho de um cordel de Leandro foi adaptado pelos jornalistas Mirabô Dantas e José Nêumanne e gravado pelas cantoras Telma e Terezinha de Jesus. Título: A quem interessar possa.
E por não ter mais o que fazer, fiz um poeminha em homenagem a Leandro.
Leandro Gomes de Barros nasceu no dia 19 de novembro de 1865 e morreu no dia 04 de março de 1918.

PAULO CARUSO

O jornalista, cartunista, humorista, compositor e cantor paulistano da Vila Madalena Paulo Caruso morreu vítima de câncer no último dia 4 de março deste ano de 2023. Tinha 73 anos de idade. Começou a carreira no extinto jornal paulistano Diário Popular. Seu traço espalhou-se por publicações Brasil afora. Deixou meia dúzia de livros publicados, todos de alto nível. Eu o conheci de perto. Foi sepultado segunda 6, no cemitério São Paulo. Para lembrá-lo, o cartunista Fausto foi buscar inspiração em Da Vinci. LEIA: ADEUS PAULO CARUSO

Foto e Reproduções por Flor Maria e Anna da Hora.

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