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quinta-feira, 6 de julho de 2023

LULA APROVA LEI DE IGUALDADE SALARIAL

O negro e a mulher sempre sofreram na sociedade brasileira. Sempre foi assim e assim continua sendo, de certo modo. Na tentativa de corrigir um pouco essa situação, o presidente Lula sancionou na segunda-feira 3 a Lei nº 14.611 que "Dispõe sobre a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens; e altera a Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943".
Quer dizer: há exatos 80 anos nada havia sido feito, nesse sentido em prol da mulher. E é coisa óbvia, pois se a mulher desenvolve funções idênticas a funções que um homem desenvolve, por que ela ganha menos?
Essa história tem a ver com cidadão e cidadã de segunda classe, não é mesmo?
A história registra muitos absurdos no tocante à figura do negro e à figura feminina. Mas isso aos poucos vai mudando, como se vê.
Não custa lembrar, porém, que jornais, revistas, livros e nossa música popular registram as desigualdades da sociedade de todas as épocas.
O poetinha Vinícius escreveu uma letra muito interessante chamada Maria Moita, musicada pelo bossa-novista Carlos Lyra. Lá pras tantas, diz a letra: "Deus fez primeiro o homem/ A mulher nasceu depois/ Por isso é que a mulher/ Trabalha sempre pelos dois".
A Bossa Nova nasceu em 1958.


Ouça a música Maria Moita, clicando: https://youtu.be/FB3ekFa3oqc

TEATRO OFICINA

O Teatro Oficina surgiu na Capital paulista em 1958, com iniciativa de José Celso Martinez Correa. À época Zé era estudante de Direito no Largo São Francisco. Não concluiu o curso, mas arregimentou estudantes para pôr em prática suas ideias para Teatro. É uma história e tanto!
José Celso morreu na manhã de hoje 6, vítima de complicações decorrentes de um incêndio no apartamento onde morava no bairro do Paraíso, SP.
Segunda-feira 3 escrevi texto especial sobre Licenciosidade na Cultura Popular, série que vem sendo publicada há uns meses no Newsletter Jornalistas&Cia e neste Blog. Um trecho do texto ainda inédito: 

Em 2005, o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa esteve em Berlim,  Alemanha, apresentando a peça Guerra no Sertão. Baseada no livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, na história adaptada por Corrêa aparecem personagens vivenciando o dia a dia da região de Canudos. E aí tem putaria, sexo e tal.
Boa parte da imprensa alemã não gostou do que viu. O diário Bild, em matéria de página inteira, pergunta o que os problemas dos brasileiros têm a ver com orgias. O diretor da peça respondeu: 

“O desejo da orgia vive em cada cultura e em cada pessoa. O teatro pode contribuir para libertar esse desejo”.

Disse mais:

“Trata-se do ímpeto de liberdade das sociedades isoladas. Mas eu vejo isso só do ponto de vista político, econômico ou militar. Trata-se da libertação das origens humanas que isolamos em nós”.

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