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sexta-feira, 3 de novembro de 2023

LEMBRANDO CARMÉLIA ALVES

O que passa rápido, nós ou o tempo?
Não sou filósofo, não sou nada, mas acho que o tempo não passa; nós é que passamos. 
Passei quase todo o meu tempo ouvindo dizer que o tempo não espera, que o tempo passa rápido e tal. E a máxima: o tempo é o Senhor de tudo.
Pois bem, num pano rápido, posso dizer que parece que foi ontem que morreu Carmélia Alves. 
Hoje 3 completam-se 11 anos do encantamento definitivo da cantora que entrou para a história da nossa música popular como a Rainha do Baião. 
Eu gostava muito de Carmélia. Era carioca filha de nordestinos. Sua voz era muito bonita, muito afinada. Interpretava tudo que quisesse: samba, marchinha de carnaval, frevo, toada, forró e baião. E até bossa-nova. Nesse rítmo e gênero chegou a gravar, em 1964, um LP inteirinho. No repertório do disco incluiu até uma música de Geraldo Vandré: Quem quiser encontrar o amor.
A Rainha do Baião morreu esquecida, viúva e sem ninguém, no Retiro dos Artistas, RJ.
No último 14 de fevereiro ela teria completado 100 anos de idade.

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