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terça-feira, 27 de agosto de 2024

NAVEGANDO COM CAMÕES E JÚLIO MEDAGLIA

O livro que acabo de pôr nas ruas, nas prateleiras, A Fabulosa Viagem de Vasco da Gama, continua chamando a atenção por aí afora.
Ontem 26 abri a boca pra dizer um monte de coisas maravilhosas a respeito da língua portuguesa e de um de seus artífices: Luís Vaz de Camões.
Pra escrever A Fabulosa Viagem de Vasco eu me inspirei no clássico Os Lusíadas, originalmente publicado no ano de 1572.
Usei os principais personagens criados e usados por Camões na sua fabulosa obra.
Eu disse isso e disse mais à jornalista Tania Morales, titular do programa Noite Total, transmito ao vivo pela Rádio CBN.
Esse meu novo livro tem versão em braile e fonte ampliada para quem tem baixa visão. Foi apresentado pelo maestro Júlio Medaglia e pelo poeta repentista Oliveira de Panelas.
A respeito desse livro, escreveu Medaglia: 

CAMÕES NA PONTA DOS DEDOS
Júlio Medaglia

No período imediatamente posterior à Idade Média, às vezes chamado de “Noite de dez séculos”, ocorreu uma grande revolução na cultura ocidental com o nascimento dos três maiores gênios da literatura latina de todos os tempos: Dante, Cervantes e Camões. 
Curiosamente, nesse mesmo período, chamado de “Renascentista” e já entrando no estilo “Barroco”, ocorreu também a maior revolução histórica na área música. Se até então fazia-se primordialmente música vocal, a partir desse momento o ser humano resolveu fazer música fora do corpo. Começou a inventar instrumentos de cordas, sopros e teclados que inauguraram gigantescos recursos sonoros, presentes na música universal até os dias de hoje. Mas como era possível fazer essas novas “máquinas” artificiais produzirem a beleza artística? Tangendo-se as cordas do violino com a ponta dos dedos, as teclas dos cravos e logo em seguida do piano, com a ponta dos dedos e abrindo e fechando os furinhos dos tubos dos instrumentos de sopro, com a ponta dos dedos. 
Levaria, porém, 500 anos para que os seres humanos desprovidos da faculdade da visão, pudessem ler a mais importante obra de Camões, Os Lusíadas. E foi neste século XXI que um dos maiores jornalistas, pesquisadores, escritores e compositores deste país, o paraibano Assis Ângelo, encontrou a solução para esse drama. Depois de desenvolver uma das mais brilhantes e multifacetadas carreiras de intelectual, por um grave problema de saúde, ele ficou cego. Como profundo conhecedor da obra de Camões, e mais inquieto que nunca, Assis Ângelo resolveu permitir que outros seres humanos que sofreram do mesmo infortúnio, o da perda da visão, pudessem ler a obra do grande escritor português. E como? Com a ponta dos dedos. 
Foi assim que, para celebrar neste ano de 2024 os 500 anos do nascimento do grande escritor português, Assis Ângelo “traduziu” para o idioma Braile sua obra imortal numa criativa adaptação livre para canto e cordel. Se os olhos dos cegos se situam na ponta dos dedos, Os Lusíadas, em sua nova transcodificação realizada pelo brilhante paraibano, ganha novo impulso de vida – a obra em si e o prazer do cultivo da literatura daqueles que perderam a visão.



JÚLIO MEDAGLIA

O maestro Júlio Medaglia não é brinquedo não, é nome importante para a vida cultural do nosso país.
Não é de hoje que Júlio faz história e nos encanta com sua batuta e com seu falar bem claro.
O mais novo livro do ex-todo poderoso da TV Globo, José Bonifácio Oliveira Sobrinho, O Lado B de Boni, lê-se:


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