Restif de La Bretonne, la Petite Laitière;
de Lubin de Beauvais
Todo mundo sabe que Henry Miller foi extremamente erótico nas suas narrativas. Era casado e tinha como amante a polêmica escritora Anaïs Nin (1903-1977), autora de Delta de Vênus (1977) e Incesto: Diários Não Expurgados (1992).
Nin tinha dois irmãos quando o pai se separou da mãe para se casar com uma mulher bem mais nova do que ele.
A vida pessoal de Anaïs Nin não foi nada fácil. Para passar o tempo escrevia cartas ao pai, que nunca as recebia. A mãe as bloqueava. Foi a partir daí que ela virou escritora. Seus originais se acham na Biblioteca de Los Angeles.
E o Marquês de Sade?
E Restif de La Bretonne?
Esses eram contemporâneos, nascidos em terras francesas, como os incomparáveis Rabelais e Voltaire.
Sade deixou um monte de livros. Uns 50 ou 60.
Bretonne foi também respeitado intelectual do seu tempo, chegando até a inspirar os revolucionários franceses do século 18 a pôr abaixo a Bastilha.
Numa lista pessoal, Bretonne, anotou ter possuído mais de 300 mulheres.
Sade foi preso várias vezes, inclusive na Bastilha. Morreu no manicômio, provocando pesar de Napoleão Bonaparte (1769-1821), que o mandou pra lá.
Foi um libertino libertário, como Bretonne.
Era um intelectual, escrevia e falava muito bem. Sabia o que dizer. Seus textos nos mais de 50 livros que publicou são e serão incríveis.
Sade foi muito além do que se possa imaginar: era rico, viveu, sofreu… Bonaparte o fodeu.
Todos dizem, na história, que Sade era sádico…
Bonaparte teve uma vida sexual bastante agitada, até porque não havia harmonia entre ele e a mulher.
A separação de Napoleão e Josefina ocorreu em 1809.
Sobre Napoleão há um extenso e curioso anedotário. Um deles foi dito por Ariano Suassuna. Mais ou menos assim:
Dois doidos se encontram num manicômio. Um deles pergunta:
— Por que você não bate continência pra mim?
— Quem é você?
— Eu sou o imperador Napoleão Bonaparte!
Surpreso o outro doido pergunta: E quem lhe fez imperador?
— Deus!
— Eeeeu!?
Napoleão foi o cara que botou D. João VI pra correr de Portugal e com ele o filhote Pedro.
Quando D. João VI veio ao Brasil, corrido, trouxe um montão de gente.
A vinda do rei português para o Brasil foi escoltada por uma esquadra inglesa.
E não custa lembrar que ele casou-se com uma certa Joaquina e com ela teve nove filhos. Teve também uma amante, pelo menos: Eugênia, que engravidou e acabou pagando pecado num convento espanhol.
O diretor Doug Wright fez um filme baseado nos últimos dias de Sade: Contos Proibidos do Marquês de Sade.
Foto e ilustrações por Flor Maria e Anna da Hora.
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