O jornalista Sinval de Itacarambi Leão é um pouco o que o seu sobrenome sugere, pois não é fácil manter viva e dinâmica uma publicação de circulação nacional atual e bem feita, respeitadíssima, tocada por poucos, mas competentes profissionais, como é o caso de IMPRENSA, que ele próprio, Sinval, e amigos criaram em setembro de 1987.
O propósito óbvio do surgimento da revista foi o de preencher lacuna no campo jornalístico, tarefa que vem sendo cumprida no correr desses anos todos à risca e com rigor, categoria e bom gosto, desde, mesmo, a sua leve e bem arejada diagramação.
Se não é a bíblia da categoria que de certa maneira e espontaneamente representa, é, com certeza, uma espécie de manual necessário para consultas por profissionais e, como se diz, pelo público em geral.
IMPRENSA traz mensalmente notas e informações; entrevistas, análises e pontos-de-vista diversos que os jornais – e outras revistas – comumente não trazem.
Sem dúvida, IMPRENSA é a revista dos jornalistas.
A revista tocada por Sinval e seus fiéis escudeiros, entre os quais Rodrigo Manzano e Igor Ribeiro, movimenta periodicamente a categoria com concursos e prêmios, como o Líbero Badaró, o Caixa Jornalismo Social, o CPFL de Jornalismo, Troféu Imprensa e Troféu Mulher Imprensa.
Integrei o corpo de jurados desses prêmios, uma ou duas vezes.
O Mulher Imprensa, já na sua 6ª edição, culminou ontem à noite com coquetel no Club A São Paulo (WTC World Trade Center) reunindo novas e veteranas profissionais de jornalismo, entre as quais Ticiana Villas Boas (Bandeirantes), Monalisa Perrone (Globo), Eliane Brum (Época), Renata Cafardo (Estadão), Mônica Bérgamo (Folha) e Taís Lobo (A4 Comunicação), para entrega de troféus.
Marília Gabriela (GNT) foi a grande homenageada da noite, sendo devidamente premiada por sua “contribuição ao jornalismo”.
No seu discurso de saudação ao público presente, o criador de IMPRENSA destacou a importância feminina nos diversos meios de comunicação, lembrando a instituição do 8 de março como Dia Internacional da Mulher, feita pela Organização das Nações Unidas, ONU, há 35 anos. Disse Sinval que “as mulheres conquistaram muitos de seus direitos, mas lamentavelmente não todos”, e que o prêmio dado ontem “reconhece e comemora a doce presença e a forte atuação das mulheres no jornalismo brasileiro”.
Corretíssimo.
Bom, se fosse fácil manter uma revista do nível e porte de IMPRENSA, outras estariam lhe fazendo concorrência, o que seria salutar.
Um ponto dissonante da festa de ontem: a trilha sonora, toda do Tio Sam.
PAULO VANZOLINI
- Agende-se: amanhã 10, às 21:30, o cientista compositor autor de Rondas e outras pérolas Paulo Vanzolini se apresenta no Café Piu Piu, ali na 13 de Maio, 134, no Bixiga, acompanhado de Ana Bernardo (voz), Pratinha (flauta), Adriano Brusko (percussão) e Ítalo Peron (violão e arranjos).
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