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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

LUIZ GONZAGA NÃO MORREU

Caso ainda estivesse entre nós de corpo e alma, o que seria muito bom, Luiz Gonzaga rei do baião estaria completando hoje 99 anos de idade.
A sua extensa obra já gerou quase uma trintena de livros e centenas de folhetos de cordel e músicas  umas 500 em sua homenagem, compostas e gravadas pelos mais importantes artistas do País, como Chico Buarque.
A propósito, vocês já ouviram o novo disco do Chico?.
Ouçam também a última edição do programa Vira e Mexe, apresentado por Paulo Rosa na Rádio USP.
Gonzaga não morreu.
Exemplo disso é o belo poema elaborados aos moldes dos cordelistas que está sendo lançado agora pelo pernambucano de Araripina Cacá Lopes, Vida e Obra de Gonzagão - O Mais Completo Cordel Ilustrado Sobre Luiz Gonzaga (capa ao lado), para o qual escrevi o texto de contracapa que segue abaixo:
O mundo do repentismo, isto é, da improvisação poética ao som de violas, é recheado de modalidades, ao contrário, por assim dizer, do mundo do cordelismo, que é basicamente habitado por sextilhas, setilhas e décimas. Desse mundo, porém, grandes nomes se sobressaíram e se eternizaram no Brasil a partir dos últimos anos do século 19, como Silvino Pirauá, Leandro Gomes de Barros, João Martins de Athayde, João Melchíades, Firmino Teixeira do Amaral, Francisco das Chagas Batista, José Camelo Rezende e o mais biografado deles: Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, que alcançou o tempo da televisão e da internet.
Depois desses, muitos outros têm surgido espontaneamente ou através de concursos como os realizados em São Paulo em 2002 e 2003, que trouxeram à tona nomes em gestação, pouco conhecidos, mas de grande talento, como Pedro Costa, Rouxinol do Rinaré e Varneci do Nascimento.
Esses concursos renderam 410 mil folhetos, que foram distribuídos gratuitamente na rede estadual de ensino.
Da nova geração, há muitos outros nomes já firmados no mercado, como os irmãos Klévisson e Arievaldo Viana, Allan Sales, Moreira de Acopiara, Cícero Pedro de Assis e Marco Haurélio, além dos profissionais que fazem cordel e música ao mesmo tempo, como Chico Salles, Costa Senna e Cacá Lopes.
Cacá passou cerca de dez anos gerando as quase 400 estrofes deste livro, que recomendo a todos que gostam de leitura versificada, feita com categoria e sensibilidade.
Vida e Obra de Gonzagão, O Mais Completo Cordel Sobre Luiz Gonzaga é diferente dos outros que contam a história do Rei do Baião por ser todo escrito em estrofes de seis versos.
Até agora, ninguém havia se dedicado a desenvolver tal façanha.
Por isso, mas não só por isso, o autor está de parabéns.
À leitura!

PS- O livro está sendo lançado pela Ensinamento Editora. Contato: poeta@cacalopes.com.br

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