Deve-se o 22 de agosto como o Dia Internacional do Folclore a um cidadão de nome Ambrose Merton (1803-85) e pseudônimo William John Thoms, que, diz a lenda, encaminhou uma carta à revista londrina The Atheneum sugerindo que se desse alguma atenção à cultura popular.
Na carta, ele resumia tudo na expressão de origem anglo-saxão folk lore, povo e saber, respectivamente, ou folclore no entendimento comum.
A carta de Thoms foi publicada no dia 22 de agosto de 1846.
No Brasil, o maranhense Celso Magalhães (1849-79) e o sergipano Sílvio Romero (1851-1914) foram os primeiros seguidores de Thoms.
Os dois brasileiros do Nordeste passaram boa parte da vida estudando o comportamento, dança, canto, ditos, benditos e tudo o mais vindo da fonte folclore, expressão que, diga-se de passagem, o rio-grandense do norte Luis da Câmara Cascudo (1898-1986) detestava.
Ao lado de Magalhães e Romero, Cascudo foi um dos mais importantes intelectuais do País a estudar as coisas do povo.
Coisas, diga-se, que sempre estiveram bem à frente do nariz de todos e, como se invisíveis, ninguém as via.
PROGRAMAÇÃO
Cadê a programação educativa em torno do folclore em São Paulo, hein?
CONFERÊNCIA
O maestro e instrumentista paulistano Mário Albanese, um dos criadores do ritmo Jequibau, gosta do termo conferência. Mas, enfim, o fato é que daqui a pouco, às 15 horas, estarei discorrendo sobre o tema no salão nobre do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, à rua Benjamin Constant, 158, Centro da cidade. A entrada é franca, você vai?
DISCO
Enquanto batuco estas linhas, escuto no aparelho de som o cantor e compositor pernambucano de Petrolina Alcy Carvalho. Ele é excelente. Entre canções e xotes, bumbas e outros ritmos brasileiros, Aldy surpreende e encanta com sua voz bem aprumada e diferenciada de tantas quantas se ouve por aí. Aldy é um artista feito, pronto para cair na boca do povo. Não à toa, o seu novo CD, acho que o segundo de sua carreira, se chama Alforje. São nos alforjes da vida que se guardam sons e memórias. Guardam-se sons e memórias, que voltam depois ao mundo. Parabéns, Aldy!
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