O
dia 17 de julho de 1973 foi uma terça-feira comum para muita gente, em João
Pessoa.
Eu
sou de lá e estava lá, acho que como editor de Cidades e colunista do jornal Correio
da Paraíba.
Mas
para os jornalistas e editores de Política do diário paraibano A União, como
Luís Augusto Crispim e Marcone Cabral, aquela terça foi uma terça infernal que
se estendeu na vida deles por muito tempo.
A
União é um jornal centenário até hoje mantido pelo governo do Estado, que
outrora teve entre seus colaboradores ninguém menos do que Augusto dos Anjos
publicando seus primeiros poemas.
Naquela
terça os leitores de jornal foram surpreendidos com a notícia estampada em
manchete de primeira página (acima) dando conta de que o substituto do
general-presidente Emílio Garrastazu Médici seria o ministro do Exército
Orlando Geisel, quando o correto seria o seu irmão, Ernesto.
Foi
um furo, um furo n´água, como a entrevista do tarimbado Mario Sérgio Conti com
o ator Wladimir Polomo, que se vira como pode fazendo bicos em eventos sociais
por se parecer com o treinador da Seleção brasileira, Felipe Scolari.
A
notícia infundada do diário paraibano correu o Brasil rapidamente, deixando o
governador Ernani Sátyro tiririca.
A
entrevista de Conti com o ator também, mas sem maiores consequências.
Conti
é um nome respeitado no jornalismo tupiniquim chegou a ocupar cargos de
destaque em empresas importantes, como a que edita a revista Veja; e Fundação Padre
Anchieta, que gere a TV Cultura, canal 2.
A
entrevista de Conti foi publicada na última quarta, nos jornais Folha de S.Paulo
(ao lado) e O Globo.
Apesar
disso, Conti se deu bem.
Ah,
sim: os jornalistas paraibanos foram sumariamente demitidos e o jornal sem muita
credibilidade desde então virou semanal se acha hoje apenas em versão digital, na
Internet. Confira:
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