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terça-feira, 29 de julho de 2014

BOM DE COPO E GRAÇA

O Brasil está perdendo a graça, com o sumiço dos humoristas.
Já não temos um Oscarito, nem Mussuns, Zacarias ou Chicos Anísios com suas dezenas de personagens a nos fazer cócegas com qualidade no cérebro.
Hoje, aliás, está fazendo 20 anos que o carioca Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, da trupe televisiva Os Trapalhões, morreu em decorrência de complicações surgidas durante uma malfadada cirurgia de transplante de coração em São Paulo.
Ele tinha 53 anos de idade quando isso ocorreu.
Antes de encarar o humor como sua profissão na TV Globo, Mussum – apelido dado pelo ator Grande Otelo, em 1965 – foi ritmista do conjunto musical Os Originais do Samba, que ele próprio criou e pelo qual era chamado de Carlinhos do Reco-Reco.
Mussum era um cara muito bem resolvido e humorado.
Pra ele não havia tempo ruim e a vida era uma festa, e para melhorar bastava ter um “mé” ao seu alcance.
“Mé” era como ele chamava cachaça.
Eu o conheci em São Paulo, na ocasião em que estava lançando pela extinta RCA Victor o seu primeiro LP individual, Água Benta, em 1978 (acima, detalhe da capa).
Por mais de uma vez tomei uns “mé” com ele em botecos da rua Dona Veridiana, onde se localizavam o escritório e estúdios da RCA na capital paulista.
Sim, Mussum era um bom companheiro de copo.

Um comentário:

  1. VCocê tem razão caro Assis . Já faz um bom tempo que não temos mais grandes humoristas . O que se vê hoje por aí não passa de uma Zorrra sem graça !!!

    José Carlos Cortinovis

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