Aos 63 anos de idade completados no último dia 17, a cantora
paraibana Elba Ramalho firma-se definitivamente como uma das vozes mais fortes
e vibrantes do nordeste brasileiro.
O seu primeiro disco, Ave de Prata – de autoria do primo Zé
Ramalho – foi lançado em 1979.
Eu a conheci nessa época.
Na ocasião o poeta e fotógrafo Paulo Klein reuniu alguns dos
principais jornalistas em S. Paulo para apresentar, na sua casa à rua
Avanhandava, a nova cantora que vinha do nordeste decidida a conquistar mentes
e corações do Brasil.
E conquistou.
Elba, como quase todos os nordestinos, carrega consigo a
crença e fé nos mistérios da vida. Para ela, Deus é, simplesmente, “o caminho e
a vida”.
Mística, ela não tem medo de dizer com todas as letras que
acredita em vida pós a morte e em vida além do planeta Terra.
Ela respira fé em Deus.
Sempre alegre, comunicativa e solidária, Elba Ramalho sempre
procurou estar de bem com a vida e com o próximo, transmitindo alegria e
esperança.
Ela sempre diz ter ciência de que “a nossa vida é muito
curta”.
Elba Ramalho – por que não dizer? – é uma espécie de Luiz
Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Gordurinha de saia.
Ela canta o que crê, tanto que não é raro encontrar no
repertório de seus discos, canções que falam de amor e paz.
Em 2000, eu tive a alegria de contar com sua participação na
gravação do CD Assis Angelo Interpreta Poetas Brasileiros (acima, clique sobre
a imagem), há muito esgotado.
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