Na ocasião será lançado também um livro contando a
trajetória do artista.
Eu conheci Taiguara há muitos anos.
Lembro dele chegando lá em casa, rindo e brincando com
meus filhos.
Era uma figura e tanto!
Andei muito com ele pelas ruas da cidade. Aqui e ali, no
bar, eu tomava uma cervejinha enquanto ele, sempre munido de bom chimarrão.
Conversávamos muito.
Ele falava muito da sua passagem por Londres, mas
principalmente pela África.
Numa ocasião, na sua casa, ele me mostrou ao piano
algumas canções ainda inéditas e muito bonitas, como Sol de Tanganica e O
Cavaleiro da Esperança, essa última em homenagem ao líder guerrilheiro Luis
Carlos Prestes.
Taiguara era uma pessoa afável, doce, amiga.
Lembro também dele falando a respeito da sua presença na
televisão brasileira.
Ele xingava muito a TV Globo e dizia se arrepender de ter participado várias vezes do programa Silvio Santos.
Ele xingava muito a TV Globo e dizia se arrepender de ter participado várias vezes do programa Silvio Santos.
Numa determinada ocasião, ele me telefonou me convidando
a assistir um espetáculo que estrearia no Anhembi.
Eu trabalhava na TV Globo e lhe disse: vou mandar cobrir
a passagem de som.
Ele deu uma gargalhada, duvidando.
Resultado: a passagem de som foi coberta e levada ao ar
no Bom Dia São Paulo, jornalístico da Globo.
Sim, Taiguara era uma pessoa incrível, apaixonadíssima
pelo Brasil.
Lembro de muitas passagens com ele, com seu amigo Líbero
e o maestro Lindolfo Gaya (1921 – 1987), arranjador das músicas do seu último
LP, Canções de Amor e Liberdade (Continental, 1983).
Lembro da gente andando pela rua das Palmeiras, ele
entrando numa barbearia para fazer o cabelo...
Frequentei a sua casa no Tatuapé; Tatuapé tema aliás, de
uma de suas últimas canções mais bonitas.
O disco que será lançado hoje na cultura tem por título
Ele Vive, que é outra homenagem a Prestes.
Eu diria: eles
vivem.
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