https://www.youtube.com/watch?v=8zkn-8ZxHzI
Quem casa quer casa, diz sábio ditado popular.
Quem casa quer casa, diz sábio ditado popular.
A origem da
expressão casamento vem daí, de casa. E o hábito de juntar-se um ao outro, ou a
outra, data de tempos d'antanho. Coisa do começo dos tempos; dos tempos em que
o homem desceu da árvore e passou a se meter a besta só pelo fato de equilibrar
o corpo sobre as pernas. Claro, uma façanha e tanto! Depois disso, o homem passou a
criar muitos maus hábitos. Entre esses maus hábitos, incluiu o de arrastar
mulheres pelos cabelos. O machismo, certamente, vem daí.
Pois bem, aos
maus hábitos, inseriram-se, no correr do tempo, bons hábitos. Entre os bons
hábitos, destaque para a união formal entre o homem e a mulher. Depois, bem
depois, entre homem e homem e mulher e mulher. E há bem pouco tempo, está-se
inserindo o hábito formal e triangular do casamento, ou seja, casamento a três.
Eu, Tu, Ele...ou Eu, Tu, Ela...
Foi na Bahia,
bem recentemente, que um juiz de Direito validou o casamento a três. Mas não há
motivo para espanto, meu amigo, minha amiga que me lê. Lei árabe chancela há
não sei quanto tempo a convivência matrimonial de um homem e seis mulheres.
Desde, claro, que tenha ouro para bancá-las. É né? Não, não se espante: Há
muito e muito tempo, já era permitida a prática de sultões e marajás proverem
haréns. Não sei não, mas passagens do Velho Testamento indicam que o rei Davi
pôs no mundo um milhar de descendentes diretos.
Mas por que
diacho estou falando essas coisas?
Outro dia ouvi
no rádio a notícia de que dedicados cientistas haviam descoberto mais um entre
milhares de planetas: Próxima B, que fica, acho, já do lado de fora da Via
Láctea. E não é tão próximo da gente a Próxima B, calculadamente a 4,2 bilhões
de anos/luz do nosso judiado planetinha Terra.
Pará você não
pirar de vez, meu amigo, minha amiga, 4,2 bilhões de anos/luz significam algo em torno de 74 mil
anos. O cálculo é baseado no calendário gregoriano do velho e bom Papa
Gregório, certo?
Mas eu dizia que
quem casa quer casa.
O hábito de
casar, comumente chamado de "juntar os trapos", continua em prática, como em prática continua também o hábito de
descasar.
O nosso
planetinha acolhe, desorganizadamente, cerca de 7,5 bilhões de pessoas. Não
seria uma boa, parte desse volume de pecadores ir de uma vez para o espaço?
Mas, como vimos, Próxima B está completamente fora do alcance dessa pretensão, pelo menos por enquanto.
O que é que tem
a ver amor com união contratual?
Há mil e poucos
anos a igreja católica teve a brilhante ideia de faturar em cima do homem e da
mulher, de capitalizar o matrimônio. Detalhe: entre os mil e um pecados
cometidos pela madre Igreja está o de não reconhecer a pureza entre sexos. Ou
seja: a igreja não admite abertamente o casamento entre homem e
homem e mulher e mulher etc.
Em junho passado
o Papa Francisco disse que era preciso pedir perdão
aos homossexuais pela forma como a Igreja tem tratado a questão.
Prá mim e muita
gente, todo tipo de discriminação faz mal à saúde.
Quem casa quer
casa...
Eu tenho um
amigo, que tem casa e acaba de casar. Esse amigo passou boa parte da vida namorando uma só mulher. Esse amigo,
chama-se Joel. E a mulher, Gracilda. Ele é paulistano, ela é mineira. No último dia 25 os dois
resolveram unir-se em matrimônio, exatos quarenta anos depois de haverem juntado os trapos. Os dois são jóias raríssimas nesse mundo tão perdido de gentes e
coisas.
TV OSASCO
A TV Osasco levou ao ar ontem, 28, entrevista que
concedi (clicar link acima) ao programa Salada Brasil By Night. Falei sobre a importância musical
do multimídia Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. O competente entrevistador Cícero Walter
tratou o tema com muito carinho e reconhecimento da obra do autor de Asa Branca
e tantos outros clássicos imortalizados na alma do brasileiro. Aliás, por falar na toada Asa Branca, expressei a minha insatisfação pelo espetáculo de abertura da 31ª Olimpíada,
no início deste mês. Falei que faltou ênfase à cultura do Nordeste brasileiro,
faltou Baião, por exemplo. No show de encerramento, foram apresentadas diversas
manifestações culturais, incluindo ritmos como frevo, forró e baião. Um espetáculo e tanto! E lá, muito merecidamente, estavam sendo lembrados Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.
O coração do povo identifica e canta facilmente a sua cultura.
O coração do povo identifica e canta facilmente a sua cultura.
BIENAL
Amanhã,
às 18:00hs estarei falando sobre cultura popular na Bienal Internacional do
Livro. Vamos lá?
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