Não é de hoje que ouço brasileiros dizendo querer mudar-se do
Brasil, ora alegando decepção política, ora alegando insegurança pública,
violência etc.
Pesquisas indicam que há pelo
menos três milhões de brasileiros morando fora do País.
Pela ordem os Estados Unidos,
Japão, Portugal, Itália e Espanha são os países com o maior número de
brasileiros, vivendo bem ou comendo o pão que o Diabo amassou.
Nas últimas eleições havia
cerca de quinhentos mil brasileiros aptos a votar no Exterior, mas menos da
metade compareceu aos locais de votação.
Há muitos brasileiros morando
de maneira ilegal mundo afora, principalmente nos EUA.
Ao retornar a Portugal Dom João
deixou no seu lugar, como príncipe regente, o filho D. Pedro I.
Pouco depois de chegar à terra
de origem, D. João deu ordens para que o seu menino deixasse o Brasil.
No dia 9 de janeiro de 1822, D.
Pedro decidiu desobedecer às ordens do pai e disse alto e bom som a quem
quisesse ouvir: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação,
estou pronto. Digam ao povo que fico!".
O Brasil passou a mudar de modo
positivo após a chegada da família Real em 1808, quando deixou de ser
colônia.
A decisão de Pedro I foi de
grande importância, inclusive porque naquele mesmo ano ele entrou novamente
para a história ao desligar-se de Portugal, num brado duvidoso feito às margens
do riacho Ipiranga, localizado na zona sul da Capital paulista:
"Independência ou morte!".
Sem o Dia do Fico não teria
havido a separação do Brasil, de Portugal, pelo menos naquele ano.
O Dia do Fico foi, portanto, de
extrema importância histórica.
Eu, ao contrário de tantos brasileiros, digo a quem interessar
possa: o Brasil é o meu lugar e é aqui que deverei findar meus dias, até lá,
fico!
Todos os principais acontecimentos históricos ou não se acham na
discografia brasileira.
Em 1962, a Beija Flor de Nilópolis faturou 2º lugar com o enredo
que levou à avenida: Dia do Fico, de autoria de Cabana. Cabana era como
assinava Silvestre Davi da Silva (1924-1986). Esse Samba foi gravado por Martinho
da Vila em 1980 (acima) e também por Neguinho da Beija Flor. Ouça:
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