O que dizer de
quem diz
De modo tão
prepotente
Eu sou a
Constituição!
Eu sou o
Presidente!
Ora, só falta
dizer
Eu sou Deus Onipotente!
O Brasil estarrecido acompanha passo a
passo as peripécias malucas do endiabrado Presidente da República.
As diabruras do presidente não são de
hoje.
Inspirado no seu ídolo, Trump, a quem parece
ter dedicado amor eterno, o sempre enamorado presidente brasileiro bate em todos
que lhe contrariam. Jornalistas, principalmente.
Nem antes nem depois da ditadura
militar de 1964, que durou até 1985, nenhum presidente da República foi tão agressivo, grosso e mau humorado como o paulista Bolsonaro.
Até aqui, é a autoridade constituída que
mais agrediu jornalistas.
A ignorância de Bolsonaro fez a Globo,
a Bandeirantes, a Folha e outros órgãos da imprensa, abandonar a cobertura comumente feita nas manhãs de todos os dias à saída do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro sente exagerado prazer em agredir os profissionais da imprensa.
Meu amigo, minha amiga, você deve
conhecer o famoso poema do niteroiense Eduardo Alves (No caminho com Maiakóvski), que diz: “Na primeira noite
eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim./ E não dizemos nada./ Na
Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada./ Até que um dia,
o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta./ E já não podemos dizer nada...”
pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada./ Até que um dia,
o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta./ E já não podemos dizer nada...”
Esse poema foi publicado originalmente em 1968 (capa do livro, ao lado).
Muita gente acreditou que a obra era de autoria do poeta
russo Maiakóvski (1893-1930).
As ameaças de Bolsonaro, dos seus filhos e seguidores são
preocupantes, por isso precisamos estar atentos.
Está claro, claríssimo que Bolsonaro quer subir nas botinas e
virar presidente supremo, oxalá eterno.
Os versos abaixo, de minha autoria, integram o cordel
Serpente Quer Pôr Ovo/ no Coração do Brasil:
Pena tudo, penam todos
Penam jovens
jornalistas
Que quando podem
perguntam
Sobre
nazi-fascistas
Irritado
Presidente
Diz ser todos
comunistas
Da imprensa ele
não gosta
Da justiça também
não
O bicho é
invocado
Só gosta de
confusão
Anda com fogo no
bolso
E gasolina na mão
O que vai fazer
com isso
Tacar fogo na
Nação
Dizer que é bicho
macho
Como macho
Lampião
Que na hora
derradeira
Levou chumbo no
Sertão?
O Capitão é muito
louco
Esse bicho é
anormal
Se pudesse
fecharia
O Supremo
Tribunal
Mas isso ele não
pode
Nem se fosse
General
Jornalistas levam
pau
De graça do
presidente
Que adora bater
forte
No lombo de sua
gente
Que a Deus pede
rezando
Um futuro
diferente...
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