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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

VIDA DE CÃO

Um Brasil que pensa está fulo com o presidente que ora dirige o País.
Bolsonaro é um negacionista à toda prova. E o problema não é ele morrer, como tem dito. O problema é que ele, no alto da sua ignorância, induz o povo a matar-se.
No dia em que o Brasil alcançou 7 milhões de pessoas contaminadas e 182 mil mortas, Bolsonaro juntou-se ao ministro general da Saúde, sem máscara, pra dizer que todos os brasileiros iam se vacinar. Falou com a naturalidade de quem mente. E alto e bom som garantiu que não vai se vacinar.
Quinta 17 os ministros do STF decidiram a obrigatoriedade da vacinação. Bolsonaro mais uma vez estrilou.
Estrilar é próprio e natural de Bolsonaro.
Este ano ele partiu pra cima de jornalistas, acusando-os de horrores. De mentirem e tal.
Foram mais de 300 agressões verbais proferidas pelo presidente da República contra jornalistas.
Apesar de tudo, jornalistas têm se esmerado na cobertura da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
O principal alvo de Bolsonaro é a Rede Globo, que tem feito uma cobertura excepcional, incluindo seus jornais e emissoras de rádio.
Os opinativos da Pan são bolsonaristas até a raiz. Linha parecida segue a CNN.
A Band marca presença com um noticiário de ótima qualidade, como a CBN.
A grande maioria das emissoras de rádio procuram, porém, dar pontualmente notícias a respeito do cotidiano. Como as musicais Cultura, Alfa e USP.
Jornalista sofre.
Agressões contra jornalistas existem são feitas desde o começo da segunda parte do século 19.
O jornalismo como tal conhecemos, de notícia e opinião, ganhou forma no Brasil a partir de João do Rio (1881-1921). Na virada do século 19.
Muitos jornalistas foram presos, torturados e mortos. O caso Herzog (1937-1975), ainda na Ditadura Militar (1964-85), ganhou destaque internacional.
Neste ano de 2020, foram assassinados 32 jornalistas por aí afora, segundo a Repórteres sem Fronteiras (RSF).

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