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terça-feira, 20 de abril de 2021

O BOLSONARISTA ROBERTO

"Acho que o Bolsonaro é muito bem-intencionado. Ele tem tido muita dificuldade com o pessoal em volta dele. Mas acho ele bom e já tem conseguido algumas coisas. Vamos torcer pelo país, que está na mão dele".
A declaração aí é do cantor e compositor capixaba Roberto Carlos, feita no dia 5 de fevereiro de 2020.
O Bolsonaro a quem refere é, naturalmente, o atual presidente da República do Brasil.
Bolsonaro é tudo de ruim que o Brasil já teve como presidente.
Todos os dias o titular da "empresa" Brasil abre a boca só pra dizer besteira. Muita besteira. Diz e faz só besteira. Das grandes.
Pra ele, o novo Coronavírus provoca apenas uma "gripezinha". O resultado dessa gripezinha é, até aqui, a morte de quase 400 mil brasileiros e brasileiras.
Mas voltemos a Roberto, o cantor das emoções.
Pra chegar onde chegou, ao topo das paradas, fez tudo o inimaginável. Quer dizer, já vendeu até a alma ao Cramunhão. 
Admirado por generais e militares de outras patentes, Roberto Carlos tem no currículo um passado de omissão que pesará para sempre na história que construiu até aqui.
Médici, lembra-se de Médici?
O general Emílio Garrastazu Médici (1905-85) foi dentre todos os presidentes do ciclo militar, o pior. O mais violento.
Esse general, sempre de óculos escuros, frequentava os estágios de futebol enquanto brasileiros comuns eram torturados e mortos nos subterrâneos da ditadura militar.
Enquanto Roberto Carlos cantava pra grandes plateias, emocionado, nos calabouços sofriam os brasileiros e brasileiras presos por discordarem da ditadura. 
Já muito famoso, o cantor despede um dos seus empregados: Nichollas Mariano, mordomo.
Mariano foi o primeiro DJ a apostar no sucesso do cantor. Por ele fazia tudo.
Era Mariano quem liberava o acesso de quem procurava o cantor, incluindo mulheres.
No livro que Mariano lançou em 1979, há detalhes horrorosos que aqui não ouso recontar. O livro tem por título O Rei e Eu.
Pessoas são pessoas, com seus os erros e acertos. 
E não custa lembrar: ninguém é igual a ninguém, mas todos precisamos ser respeitados nos pontos de vista.
Há exatamente 50 anos, em 1971, o "rei" lançava à praça uma das músicas que se tornariam clássicas no seu repertório: Detalhes.

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