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domingo, 8 de agosto de 2021

LUÍS GAMA VIRA TEMA DE FILME

No nosso acervo, a 3ª edição de
Trovas Burlescas, de 1904

Luís Gonzaga Pinto da Gama tinha dez anos de idade quando o pai, um português branco, vendeu-o para saldar dívidas de jogo de azar. 
Oito anos depois de ser vendido como escravo, o menino Luís Gama fugiu e muito tempo depois foi reencontrado servindo o Exército. 
Estou falando de um tempo já distante, muito distante. Luís Gama nasceu em 21 de junho de 1830 e morreu em 24 de agosto de 1882. 
Não foi fácil a vida desse menino. A mãe de dele, Luísa, era uma africana livre. 
Ela e o filho moravam em Salvador. 
Foi em Salvador que Luís Gama nasceu. Logo após deixar o Exército, ele tentou estudar formalmente na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. 
Mas não conseguiu. O máximo que lhe permitiram foi assistir a aulas de modo informal. 
E assim virou rábula. E, como rábula, conseguiu a libertação de centenas de escravos. No momento, está em cartaz nos cinemas do País o filme Doutor Gama, dirigido por Jeferson De. Gama é interpretado, em três fases da sua vida, por Pedro Guilherme (criança), Ângelo Fernandes (jovem) e César Mello (adulto).
 Além de abolicionista de primeira hora, Luís Gama deixou uma obra poética de grande expressão. Pequena, mas densa. 
Em 1859, seus principais poemas foram reunidos no livro Primeiras Trovas Burlescas (Bentley Junior & Comp − foto). Raríssimo. 
Está mais do que na hora de as editoras relançarem a obra desse grande brasileiro. 
Ia me esquecendo: a mãe de Luís Gonzaga Pinto da Gama foi uma pessoa muito importante na Revolta dos Malês (1835). 
 

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