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quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

HOJE É O DIA DA ÓPERA

Auto, Opereta e Ópera são gêneros que se cruzam na literatura e na música. O Auto tem mais a ver com o popular, como a Opereta.
A Ópera, grosso modo, é a arte de contar uma história cantada com vários personagens, da mesma maneira que é também desenvolvida a Ópera Popular.
Ópera Popular não é Auto.
O português Gil Vicente foi o maior representante dos textos identificados como Autos.
Foi na Alemanha do século 17 que o gênero operístico surgiu e de lá foi parar na Inglaterra. Para espalhar-se Europa afora foi, como diz o popular: dois palitos!
O gênero está vivo até hoje.
O italiano Verdi, figura exemplar do mundo da música erudita, deixou uma obra imortal. Como imortal é, também, a obra do brasileiro Carlos Gomes.
Carlos Gomes estreou no campo operístico em 1861, mais precisamente no dia 4 de setembro de 1861, no Teatro Lyrico Fluminense, Rio de Janeiro. Título da ópera: A Noite do Castelo.
Descoberto pelo imperador Pedro II, Carlos Gomes foi estudar música na Itália. Tudo pago. Quer dizer, mais ou menos. Ele comeu o pão que o Diabo amassou na Itália. Casou-se, teve filhos e passou grandes necessidades. Mas essa é outra história.
Antes de Carlos Gomes, a ópera deu seus primeiros passos no século 18.
O padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), que tocava tudo quanto era instrumento, fez algumas coisas parecidas com ópera. Depois dele e antes de Carlos Gomes, o paulista Elias Lobo (1834-1901) compôs, em 1860, A Noite de São João.
Em 1958, no Teatro Municipal de São Paulo, o maestro Armando Berlardi regeu orquestra e gravou, integralmente pela primeira vez, O Guarani.
Em 1986, foi a vez do maestro Benito Juarez reger a orquestra Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e gravar, também integralmente, a obra-prima de Carlos Gomes.
Em 1976, por não ter o que fazer, escrevi e a Editora Nacional publicou o livrinho O Brasileiro Carlos Gomes.
 

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