Quando chega um amigo cá em casa, eu fico todo pimpão. Foi assim que fiquei ontem 12, quando ali pelo final da tarde bateu à porta o querido Atílio Bari, apresentador do necessário programa de memória teatral Persona.
Bari foi o primeiro amigo que chegou este ano trazendo-me abraços e sorrisos, como presentes. Muitas risadas e tal.
Um "alquinho", um destilado pra molhar o bico e tal.
Foram falas boas recheadas de lembranças, desde que apresentava na TV aberta um programa sobre cultura ou coisa assim. Óbvio. Fui lá umas duas vezes, uma delas com o parceiro baiano Gereba.
A conversa entre mim e Bari foi bonita, toda alegre. Uma rasgação de seda que só! À propósito: "rasgação de seda" é uma expressão dita por um dos muitos personagens criados pelo teatrólogo carioca Luís Carlos Martins Pena, que entrou para a história como simplesmente Martins Pena. Um desses personagens era vendedor de tecidos e ia de porta em porta apresentando seus produtos. Era todo solto, cheio de amor pra dar e foi não foi cortejava suas possíveis clientes. Uma delas, pondo freios nos elogios borbulhantes, disse: "Não rasgue a seda, que se esfiapa".
Martins Pena morreu em Lisboa no dezembro de 1848. Deixou umas 30 peças teatrais, mas foi também atento cronista e crítico literário do seu tempo. Publicou muita coisa em folhetins no velho Jornal do Commercio.
É isso.
Ah! Ia-me esquecendo: Martins Pena chegou a integrar a Academia Brasileira de Letras, ABL, ocupando a cadeira 29 do maranhense Arthur de Azevedo.
Clique abaixo para conferir a rasgação de seda...
Eita, que esse Assis Angelo é um poço transbordante de sabedoria cristalina e de simpatia irradiante! Vou rasgar seda pra ele até o mundo se acabar!
ResponderExcluir