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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

CARLOS ARANHA NÃO MORREU

 Puta que pariu...!

Meu amigo querido José Nêumanne, paraibano lá de Uirauna, acaba de dizer no meu ouvido que o nosso Carlos Aranha morreu. 

Doeu-me à alma a notícia. 

Aranha, paraibano de João Pessoa que nem eu, foi um cara absolutamente fantástico. 

Carlos Aranha e eu fizemos e participamos de muitas histórias. 

Lembro que o colega jornalista João Bosco, que deve estar nas redondezas do Céu e do Inferno, era editor chefe do Jornal Correio da Paraíba. Eu era subchefe. E o Aranha era um dos meus repórteres, quer dizer,  estava sob as minhas ordens. 

Um dia, e outros dias mais, Aranha me pedia aumento de grana no holerite que, na sua opinião, estava completamente defasado. Concordei. 

Levei a questão ao chefão Bosco. Riu da minha cara. E rolou o seguinte: Aranha pediu demissão do jornal e com ele eu também fui. 

Doidura?

Bom, Carlos Antonio Aranha foi um cara do caralho!

Aranha, além de jornalista, foi poeta e produtor musical. 

A história de vida de Carlos Aranha foi uma história fantástica. 

Tem até um momento na vida de Aranha que entra o conterrâneo Zé Ramalho. 

Aranha escreveu no jornal coisa de que Zé não gostou. No começo da carreira. Zé partiu pra cima de Aranha e no Aranha jogou um monte de bofete. 

Aranha chegou a ser presidente da Associação Paraibana de Imprensa, API.

Eu fui um dos primeiros integrantes dessa associação. Cheguei até a proferir palestra lá, junto com o compadre José Nêumanne.

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