Faz tempo que não
falo com Belchior. Uma das últimas vezes foi no programa São Paulo Capital Nordeste (ao lado), que apresentei durante mais de seis anos na Rádio Capital AM 1400 kHz.
Antônio Carlos Gomes
Belchior Fontenelle Fernades é um um cearense cantor, compositor,
instrumentista e, no meu ponto de vista o principal intelectual da Música
Popular Brasileira.
Por que digo isso?
Belchior foi seminarista - fala com domínio até o latim - e por pouco não virou padre, quando padre era referência do que melhor existia como ser pensante. Claro, na nossa música popular - e também na música erudita - tivemos e temos grandes criadores, grandes compositores como Orestes Barbosa e Paulo Vanzolini entre outros.
Por que digo isso?
Belchior foi seminarista - fala com domínio até o latim - e por pouco não virou padre, quando padre era referência do que melhor existia como ser pensante. Claro, na nossa música popular - e também na música erudita - tivemos e temos grandes criadores, grandes compositores como Orestes Barbosa e Paulo Vanzolini entre outros.
Conheço Belchior faz
tempo e goto da música dele e do seu jeito muito peculiar de cantar. Sempre foi
profundo no que vez.
Ele frequentou a
minha casa e meus filhos achavam graça do seu jeito de falar e tiravam onda do
seu bigode.
Mas Belchior sumiu.
Está em local incerto e não sabido e seus amigos feito doidos querendo dele
pelo menos notícias.
Onde andará o Bel?
Bel é como os amigos
o chamam, na intimidade.
Pois bem, o Bel sumiu
do convívio natural dos amigos no mesço de 2006. Nesse ano, eu participava uma
ou duas vezes de um programa, ao vivo,
na rádio record chamado "Balanço Geral". Lembro que numa das
edições desse programa convidei o cantor, compositor, showman piauiênse Jorge
Mello, parceiro do Bel em 29 canções. Jorge me disse que meses antes recebera
um telefonema do amigo. Foi um telefonema muito estranho, no qual Belchior
perguntava dos amigos do passado como Mesquetinha. "Não entendi nada, foi
uma conversa estranha e confusa", lembrou Jorge acrescentando que naquela
ocasião o Bel já estava "sumido".
Três anos depois, na
última semana que antecedeu o fim de agosto de 2009, o programa Fantástico, da
TV Globo, trouxe notícia e uma
curiosa e confusa entrevista que
beirou o surreal com o coautor de Mucuripe, um dos clássicos da MPB; e, diga-se
de passagem, reconhecida como uma das pérolas musicais até pelo autor de
Disparada e Caminhando, Geraldo Vandré. Aliás, os dois são amigos de longa
data.
Por onde andará
Belchior?
Dizem que endoidou, mas não acredito nisso.
Dizem que endoidou, mas não acredito nisso.
RIO, 450 ANOS
A cidade de São
Sebastião do Rio de Janeiro completou ontem 450 anos de fundação. São Paulo,
completou essa idade 11 anos antes.
Foi uma festa e tanto
a do Rio de Janeiro, com espetáculo inesquecível que contou com a presença de
artístas de primeira grandeza do panorama musical brasileiro, como Paulinho da
Viola.
Em 1954, quando São
Paulo completou 400 anos, o Brasil inteiro ganhou festa e teve a sua história
passada a limpo. Dessa festa participaram nomes como Pixinguinha e Paulo
Vanzolini. Foi uma confraternização geral.
Por que digo isso?
Simples: O Brasil se
uniu nesse aniversário, sem notas dissonantes de personagens discutíveis da
vida brasileira, como o apresentador de uma bobagem lamentável chamada BBB.
Quem é esse personagem que disse bobagens sobre São Paulo, agora no aniversário
do estado vizinho? Não lembro, mas ouvi isso num programa da Globo apresentado
por Fátima Bernardes, marcante como reporter e ex-apresentadora do Jornal
Nacional.
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