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quarta-feira, 30 de março de 2011

O BRASIL TÁ NA MODA: TÁ CHEGANDO O DIA!

Inezita está ótima.
Um pouco ansiosa pelo dia 2 que se aproxima, sábado; dia que abre o seu mês no Parque da Água Branca, perto da casa onde nasceu de parto normal, feito por parteira, na Rua Marta e da outra onde vive, na verdade um apartamento na Gabriel dos Santos, entre os bairros da Barra Funda e Campos Elíseos.
A ansiedade nos levou a molhar o bico com uísque sem gelo na tarde calorenta e de chuva hoje, fim de tarde início da noite, nesta multifacetada Sampa de amor, mistério e pecado.
Ingerimos uns golinhos bons de fino malte enquanto falávamos de cultura popular, especialmente a musical.
Entre um gole e outro, vieram à tona boas lembranças de grandes nomes, desde o nortista Waldemar Henrique ao nordestino Capiba, passando por Hervê Cordovil, Raul Torres, Rielinho e Luiz Gonzaga, o rei do baião.
Muita coisa foi dita.
E até de cinema.
Falamos até do vira-lata Virgulino, um cachorrinho pra lá de simpático que anda e late no tom de dieta recomendada por veterinário escolado.
O causo é o seguinte:
Virgulino estava engordando desbragadamente e se coçando muito.
Inezita ficou preocupada e lá foi acionar especialista, que depois de exames e tal recomendou que o cachorrinho, dengoso e saltitante, fosse alimentado à base de cenorinha, carne de cordeiro ou de coelho; arroz integral e água mineral sem gás, inclusive no preparo do arroz e da carne.
É mole?
Inezita informou que Virgulino perdeu gramas incríveis, em menos de uma semana.
E aí brinquei:
- Prepare-se, pois daqui a pouco ele vai exigir canudinho para tomar uísque ou cerveja.
Nenão?
A ansiedade de Inezita também tem um pouco, acho, a ver com a sua participação na estréia do programa O Brasil tá na Moda, depois de amanhã 1º de abril, que apresentarei diariamente pela Rádio Trianon, AM 740.
Ao lado dela, no estúdio, estarão os amigos Ciro Fernandes, Papete, José Cortez, Cris Aflalo, Anastácia, Valdeck de Garanhuns, Sebastião Marinho, Osvaldinho do Acordeon e Roberto Marino, autor da letra da valsa Rapaziada do Brás, o primeiro clássico musical da história dedicado a um bairro da capital de São Paulo.
Também participarão do programa Oliveira de Panelas, Fagner, Dominguinhos e Paulo Vanzolini.
Vai ser bom, não vai?
Pelo menos spromete.
E tudo ao vivo, durante uma hora e meia – das 14:30 às 16 hs.
O Brasil tá na Moda também poderá ser acessado online, pela Internet.

O BRASIL TÁ NA MODA COM INEZITA, OSVALDINHO...


"Não tenho medo da morte, tenho medo da desonra",
José de Alencar, ex-vice-presidente da República (1931-2011).

Dizer o quê?
Conheço o Faustão de um ou dois encontros com o compadre Nêumanne, seu amigo, ainda nos gloriosos tempos que eu chefiava a editoria Política do jornal O Estado de S.Paulo.
Farsano, o restaurante chique dos Jardins.
Foi lá, todo mundo comendo cosiquinha.
Hebe Carmargo ao lado, lembro de uma das vezes.
Bom, acho que continuo trilhando bem o caminho que mestre Câmara Cascudo, como Cortez do Rio Grande do Norte, me ensinou; e que o amigo Tinhorão, paulista da cepa, de Santos, e o mais importante historiador do Brasil, procura, como pode, me mostrar.
Sou menino novo...
Podemos sempre ser novos, quando a cabeça por novos caminhos nos leva.
Entre as várias pessoas que me disseram que Faustão a nosso respeito falou domingo desses destaco Natálício, do bar da esquina que freqüento, perto de casa, e o querido Osvaldinho do Acordeon.
Osvaldinho, disse me fazendo estufar o peito:
- O Faustão falou de você, do seu novo livro e da Inezita Barroso. Fiquei feliz.
Minutos antes dessa fala, Dominguinhos havia me dito, por telefone, sobre problemas de saúde que ora vive.
Eu quis que ele, Dominguinhos, fosse à estréia do meu novo programa na Rádio Trianon, ali na Paulista, 900.
Dominguinhos retrucou, com calma e simplicidade:
- Não posso, mas posso falar por telefone.
Em suma:
Vai ser bonita a inauguração do programa O Brasil tá na Moda, às 14:30h de sexta que vem, 1º de abril.
É isso:
O BRASIL TÁ NA MODA.

PS - Na foto que ilustra estas linhas, o acordeonista Osvaldinho se apresentando ao vivo no extinto programa Tão Brasil, levado ao ar por este cabra durante um ano e pouco via allTV, pioneira tevê pela Internet no Brasil.

terça-feira, 29 de março de 2011

O BRASIL TÁ NA MODA, NA RÁDIO TRIANON AM 740

Está chegando o dia.
Estão chegando os dias.
Pra começar, sexta 1º de abril - e não é mentira! – inaugurarei a pedido de meio mundo um novo programa, dessa vez na Rádio Trianon AM 740.
Chamar-se-á O Brasil tá na Moda.
Vou falar e tocar um pouco de tudo de bom que o nosso País tem; desde Cornélio Pires a Zé Ramalho, passando por Carlos Gomes, Capiba, Luiz Gonzaga, Paixão Cortes, Pixinguinha, Waldemar Henrique e tantos e tantos, incluindo criadores de arte da nossa pouco lembrada região Centro-Oeste, como Helena Meirelles, Almir Sater, Ney Matogrosso e Tetê Espíndola.
Também falarei sobre literatos & literatura, cineastas & cinema, artistas plásticas etc., e também de nomes influentes dos minados campos da economia e da política brasileiros.
Na pauta estarão também cordelistas e poetas improvisadores ao som de violas, os chamados repentistas. E sambas, modas de viola, choros, forrós, baiões, toadas, maracatus, frevos etc.
O programa será diário, a partir das 14:30h.
Já na primeira edição estarei no estúdio ao vivo com Inezita Barroso, sobre quem acabo de lançar o livro A Menina Inezita Barroso, classificado como infanto-juvenil -mas totalmente recomendável a leitores de todas as idades -, com especial aval da Cortez Editora.
O livro é belamente ilustrado pelo xilogravador Ciro Fernandes.
Além de Inezita, estarão conosco no estúdio José Cortez, da editora que leva seu nome; o percussionista Papete e surpresas.
As chamadas de O Brasil tá na Moda estão no ar há dias, na interpretação do citado Papete e Cris Aflalo, cuja voz, afinadíssima, o Brasil todo conhece e aplaude.
De lambuja, pode ser ainda ouvida a fala bonita e linearíssima de Andrea Lago, produtora cultural das melhores que o Brasil tem.
Sobre Inezita, e para Inezita, eu e Papete compusemos a música que se ler na pauta acima e na letra abaixo:

O Brasil tem muita gente
A começar pelo Sudeste
Desde Inezita Barroso
E até cabra da peste
Tem causos de Trancoso
Revividos no Nordeste

Cantar o que se canta
É uma coisa bem bonita
Que nos faz acreditar
Na riqueza infinita
Desde Brasil brasileiro
Da talentosa Inezita

Viva Inezita Barroso
Essa grande brasileira
Que por se própria se fez
Uma rainha violeira
A cantar as coisas nossas
Tal e qual uma guerreira

Dia 1º de abril, como eu disse lá em cima, é a estreia do programa O Brasil tã Moda, com o papai aqui.
Dia 2, é o Dia Internacional do Livro Infantil.
Nesse dia, será inaugurado no Parque Água Branca o Mês Inezita Barroso.
A programação do Mês Inezita, elaborado pela idealizadora da Ação Espaço Pra Ler do Parque, Tatiana Fraga, e sua equipe, contará com muitas atrações dirigidas especialamente às crianças e adolescentes da cidde.
A própria Inezita, que frequentou o Parque da Água Branca quando criança, participará de uma rodada de contação de história no correr da programação, totalmente gratuíta.

Atenção: agendamento de visitas educacionais para escolas e instituições ao Parque pode ser feito pelo e-mail giselda.espacopraler@gmail ou pelo telefone 11.2588.5777, com Giselda Pereira.

ANDRÉS SANCHES: SHOW DE BOLA NO RODA VIVA

Brilhante, de fato brilhante a entrevista do presidente do Corinthians, Andrés Sanches, no final da noite de ontem ao time de perguntadores do programa Roda Viva, da TV Cultura, liderado pela experiente jornalista Marília Gabriela.
Estava com a bola toda, todo prosa.
Ele não deixou nenhuma pergunta sem resposta, exceção à que se referia a quanto o time do Parque São Jorge irá faturar com o contrato firmado esta semana com a Plim-plim.
Mas até isso explicou.
Andrés falou da chegada ao time do polêmico Adriano.
Falou também da sua participação na última Copa e da construção do estádio Fielzão, em Itaquera, sem comprometimento de dinheiro público.
Disse das dificuldades que tem encontrado na vida como presidente do Coringão e que não será candidato à reeleição: após o fim do mandato, se dedicará à família.
Lembrou que o ex-presidente Lula é conselheiro do Timão, mas como mandatário da Nação nada ou pouco fez para resolver a questão que envolve a construção do estádio para a Copa de 2014.
Seu prazer: ganhar do Palmeiras.
E aproveitou para meter o pau no São Paulo.
Grande Sanches!
....................
INEZITA BARROSO
- Dia 2 de abril começa o Mês Inezita Barroso, no Parque da Água Branca.

segunda-feira, 28 de março de 2011

LULA CÔRTES PARTIU

Tá danado!
A vida é mesmo de morte.
Tá todo mundo morrendo.
Agora mesmo fiquei sabendo que Lula Côrtes deixou este mundinho besta sábado passado.
Cantor, compositor e instrumentista, nos últimos anos ele virara artista plástico. Ficou famoso como parceiro do visionário Zé Ramalho, o cara de voz de trovão.
Lula participou do antológico LP duplo Paêbirú, gravado entre outubro e dezembro de 1974, nos estúdios da finada Rozemblit.
Paêbirú não foi levado ao mercado.
Motivo?
Um dilúvio que arrasou Recife impediu que isso ocorresse, em 1975.
Sobraram pouquíssimos exemplares desse álbum, salvos, diz a lenda, pela mulher de Lula que os retirou da fábrica antes de o temporal desabar e destruir tudo, inclusive a fábrica.
Hoje, esses exemplares são disputados a pau.
Nos sebos da vida, é vendido pelos olhos da cara.

domingo, 27 de março de 2011

DOMINGO DE SOL EM SAMPA E BRASIL EM LONDRES

Hoje domingo foi um dia de calor e sol por cá, por Sampa.
Andrea e as crianças foram ao Parque Villa-Lobos e eu fiquei lendo um pouco, enquanto esperava pela Plim-plim a partida entre Brasil x Escócia, em Londres.
Os escoceses até que se esforçaram, mas ainda prefiro o uísque que fabricam.
Ganhamos, é claro.
Neymar foi o destaque.
Na Arena Barueri, SP, o São Paulo levou de 2 x 1 do Corinthians, em jogo válido pelo Campeonato Paulista.
Houve três expulsões, uma do tricolor.
Foi uma partida tensa, marcada pelo 100º gol do goleiro Ceni.
Depois, ao zapear canais vi o Faustão todo magro dentro de um terninho esquisito premiando nomes escolhidos pela empresa para a qual trabalha.
Bobagens tantas.
Os sertanjos são os mesmos de ontem: só mudam de nomes e duplas...
Ouvi dizer que o apresentador do Domingão andou falando semanas atrás do livro A Menina Inezita Barroso.
Menos mal.
Antes, haviam também me dito que ele falara de outro livro meu: Pascalingundum, os Eternos Demônios da Garoa.
Bom.
Sugiro: levar Inezita Barroso para uma grande homenagem no seu palco...
Ainda zapeando, vi Gugu dizendo besteira para uma garotinha deslumbrada cantando uma canção italiana ao lado do veterano Agnaldo Rayol.
Lembrei: freqüentei o extinto Viva Maria, casa de espetáculos que funcionava na Vila Buarque, nos idos dos 80.
Lá, ouvi mais de uma vez Rayol cantar.
N´algumas, estive lá jantando com o Julinho Mesquita e Zé-nêumanne.
Bons tempos!
Depois que fechávamos a edição do Estadão do dia seguinte, íamos relaxar no Maria.

quarta-feira, 23 de março de 2011

RACHEL SHEHEZARADE, JORNALISMO E CARNAVAL

Nestes tempos bicudos de tanta encrenca, dor e morte nas terras áridas do misterioso mundo árabe, uma lembrança de meus tempos de menino na capital da Parahyba do Norte, onde nasci, vem à tona: as belíssimas e quase sempre trágicas histórias das mil e uma noites adaptadas em línguas várias por quase todo mundo, incluindo o carioca Júlio César de Melo e Sousa, o imortal Malba Tahan, autor de clássicos como O Homem Que Calculava.
São inesquecíveis as histórias inventadas e recontadas por Tahan.
Scheherazade, Cherazade, Sheherazade ou Scheherazada me marcou profundamente.
E não poderia ser diferente.
Os textos são ótimos.
Xerazade, como escrevíamos e pronunciávamos, era uma jovem corajosa, alegre, inteligente e tudo o mais.
Era não é, pois personagens como ela jamais serão esquecidos, jamais morrerão ou cairão no limbo, no ostracismo, sem me entendem.
Na milenar história sem dono que milhões de pessoas já leram em tantas línguas e que ainda lerão, Schehezarade seria a próxima vítima de um sultão sem alma nem coração que vivia de mal com a vida pelo fato de ter sido traído pela primeira mulher com quem contraíra núpcias.
Tresloucado, o nobre sultão Sharhyar ou Chariar, seu nome na história de muitas noites, passou a se satisfazer decretando a morte por decapitação das virgens que por uma noite desposava.
Um horror!
Era a sua vingança.
Um dia, lhe chega às mãos a filha de um vizir.
Chamava-se Scheherazade, Cherazade, Sheherazade ou Scheherazada.
Xerazade era uma grande contadora de histórias.
As histórias que ela contava eram tristes e cheias de suspenses, mas belíssimas.
Apaixonou-se o nobre por ela.
Mas não é sobre essa encantadora Xerazade de quem quero falar agora.
Quero falar é de outra Shehezarade, uma conterrânea de João Pessoa que conheci através do amigo Onaldo Rocha de Queiroga, sensível e conciliador juiz de Direito da Comarca da terra onde nasci.
Onaldo me levou aos estúdios da TV Cabo Branco para ser entrevistado por ela, Sheherazade, num jornal local de meio-dia, ao vivo.
Gostei.
E vi nela o óbvio ululante, como diria o velho Nélson Rodrigues: uma grande jornalista.
Inteligente, simpática e observadora; rápida nas perguntas e conclusões.
Essa Sheherazade não me contou histórias.
Ao contrário, ela me provocou a fazer isso sobre música e futebol, já que eu estava, na ocasião, lançando o livro A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira.
Gostei tanto de ser entrevistado por ela, que pedi a Onaldo, em vão, uma cópia do que fora ao ar.
Bem, o mesmo Onaldo me conta agora que a referida conterrânea, de prenome Rachel, há pouco encantou meio mundo ao expressar a sua opinião a respeito do carnaval brasileiro, que não é brasileiro coisa nenhuma. E nem do povo, que paga o que não pode para assistir humilhantemente na linha de cordão de isolamento aos desfiles de escola de samba e outros ritmos nos dias de Momo.
Resultado: a Sheherazade paraibana acaba de ser contratada pelo empresário Sílvio Santos para ser âncora do seu SBT, cá em Sampa.
Sílvio não é besta não, meu senhor!
Parabéns Rachel Sheherazade, o seu talento é o seu passaporte.
Sucesso!

PS - Na foto que ilustra este texto, feita por Andrea Lago na sede da Fundação José Américo, em João Pessoa, aparecem o poeta improvisador Oliveira de Panelas e a sua companheira. o artista plástico Miguel dos Santos e a sua companheira, Onaldo Rocha e eu.

terça-feira, 22 de março de 2011

MÊS DA BRASILEIRA INEZITA BARROSO: ABRIL

Amigos e amigas, espalhem: dia 2 de abril, Internacional do Livro Infantil, em homenagem ao dinamarquês Hans Christian Anderson, será inaugurado o Mês da Brasileira Inezita Barroso, no Parque da Água Branca. Uma extensa programação foi elaborada por Tatiana Fraga e equipe que cuidam do Espaço de Leitura PraLer, do parque.
Vão se apresentar para oficinas o percussionista Papete, o xilogravador Ciro Fernandes, contadores de histórias, grupos musicais, orquestras e tal.
Coisa de primeira elaborada pra gente dos oito aos oitent´anos.
Lá, vamos fazer uma belíssima tarde de autógrafos do livro A Menina Inezita Barroso, que está indo à praça através da Cortez Editora.
Vai ter, além de tudo, uma exposição (pequena amostra acima, com a sensibilidade de Tati, equipe e Débora Murakami) de parte das ilustrações contidas no livro, feitas em xilo por Ciro.
Voltarei ao assunto.

segunda-feira, 21 de março de 2011

NADA A VER: ESTADOS UNIDOS E DEMOCRACIA

Que importância teve a presença do baracobama ao Brasil?
Nenhuma, porém perigosa.
O cabra chegou aqui todo pimposo, seguindo as suas normas, como sempre, e ouvindo, aparentemente atento, o Hino Nacional Brasileiro. Em seguida, o diacho olhou pra Dilma e com um gesto largo, de dono da casa, a fez adentrar no palácio planaltiano...
Meu Deus!
Antes se esperava que fizesse um “pronunciamento ao povo brasileiro”...
Mas alguém da sua equipe lembrou a tempo que lá, na Cinelândia, ele correria o risco de ter apenas alguns gatos pingados a lhe bater palmas.
E isso não pegaria bem.
O governador Sérgio Cabral até disse e os jornais publicaram:
- Rei aqui é o Roberto Carlos. Barak Obama é bem-vindo, mas 500 mil (de público) só o Roberto Carlos.
Truco!
E qual a saída?
O Teatro Municipal ora, com seus dois mil lugares e atenção garantida.
Quando um artista é pouco conhecido, diz a sabedoria midiática: é recomendável que faça show em teatro pequeno.
Quando o escritor é pouco conhecido, é recomendável que lance livro em teatro pequeno.
Quando o artista é grande é recomendável que se avalie o local onde pretende se apresentar...
E lá foi o baraco ao Teatro Municipal.
Nos bastidores: o ministro Guido Mantega, da Fazenda, pulou fora evitando ouvi-lo.
Edison Lobão, de Minas e Energia, também.
O mesmo o fez Aloizio Mercadante e Fernando Pimentel, de Ciências e Tecnologia e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, respectivamente, ressentidos pelo tratamento dispensado pelo visitante.
Motivo da dor?
Foram barrados no baile.
Noutras palavras: foram constrangedoramente revistados por espécimes de pouca sensibilidade do norte da América que quebraram simplesmente um acordo de não-revista a ministros com a Casa Branca.
Mais uma vez fomos ridiculamente humilhados pelo Tio Sam. E aqui mesmo em casa, o que é mais grave.
E para provocar, o baracobama ainda citou como glória brasileira Paulo Coelho.
Temos Augusto dos Anjos, Guimarães Rosa...
Mais um detalhe que a história mostrará constrangedor: enquanto conversava com a presidenta Dilma no Palácio do Planalto, baracobama recebia um bilhetinho de um de seus homens que resultaria na decretação de guerra à Líbia. E ele rindo...
O Brasil se absteve quinta na ONU de votar a favor da invasão ao território de Kadaffi, ao lado da China, Índia, Rússia e Alemanha.
Pelo menos isso.
Cachorros grandes se entendem, mas morte a civis nunca.
Viva Cornélio Pires!

ALLTV
Foi legal o papo na allTV, sexta, com o colega jornalista Patrício Bentes (foto). Falamos um monte de coisas legais sobre o Brasil popular.

sexta-feira, 18 de março de 2011

AGORA NA ALLTV, FALAS SOBRE CULTURA POPULAR

Após longa estiagem volto daqui a minutos, às 14 horas precisamente, à allTV. Agora não como apresentador do programa Tão Brasil, mas como autor do livro que está sendo lançado à praça pela Cortez Editora, A Menina Inezita Barroso.
Vou falar sobre esse livro e sua personagem, a cantora, atriz e folclorista Inezita Barroso, que tantas alegrias tem dado ao Brasil. Claro, também vou falar sobre a nossa cultura popular, tão rica e historicamente de pouca importância para os poderosos de plantão.
Por que os meios de comunicação não falam dos nossos grandes artistas, tantos tão esquecidos hoje em dia?
Por que não falam do xilogravador Ciro Fernandes e do percussionista Papete?
Pena, cruel e lamentável esse esquecimento.
Arrepiei-me há pouco ao ler no Portal UOL o ranking de arrecadação do ECAD. Estão lá, os dez primeiros:
1. Victor Chaves
2. Sorocaba
3. Nando Reis
4. Roberto Carlos
5. Dorgival Dantas
6. Euler Coelho
7. Paul McCartney
8. Lulu Santos
9. Erasmo Carlos
10. Djavan
Sem comentários, por enquanto.
Acompanhem a nossa prosa na allTV e comentem, inclusive ao vivo.
Estou indo.

quinta-feira, 17 de março de 2011

HOJE É DIA DE IVAN FERRAZ, O GRANDE FORROZEIRO

“Envelhecer é conviver com a morte dos amigos”,
José Nêumanne Pinto

O domingo fim de tarde de 1946 trouxe ao mundo, de parto normal feito por uma velha parteira, o menino Ivan Ferraz que o destino se incumbiria de moldá-lo à arte da composição e do canto popular nordestino.
E também de levá-lo à televisão e ao rádio para apresentar programas que todo mundo gosta, com muito xote, forró, arrasta-pé e frevo e, no meio, entre uma cantiga e outra, boas prosas recheadas de versos matutos à moda de Zé Marcolino e Patativa do Assaré, de Catulo e Zé da Luz.
Pois bem, foi no sertão pernambucano de Floresta que ele nasceu.
Chorou um pouco e depois caiu na risada, segundo a lenda.
Riu pelas besteiras dos outros que o tempo mostraria.
Dois meses depois desse tão fabuloso e necessário acontecimento, na quarta 22 de maio daquele ano os meninos cearenses que integravam o conjunto musical Quatro Azes e 1 Curinga lançavam com pompa e graça no Rio de Janeiro, à época a capital da República e de todas as novidades, um novo ritmo musical assinado por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira: baião, que em pouco tempo viraria coqueluche em todo o País e nos países em redor e noutros além mais, como Portugal, Itália, França e Estados Unidos da América.
Até numa das ilhas da Polinésia oriental, a de Páscoa, no Pacífico, o homem foi cantado; e cantado na língua local: rapa nui.
Na Itália, uma das cantrizes preferidas de dez entre dez diretores do naipe de Fellini, Pasolini, Zeffirelli e Visconti, por exemplo, a romana Silvana Mangano, linda que só e com apenas 19 anos de idade, apareceu no filme Arroz Amargo (Riso Amaro), de Giuseppe de Santis, pondo banca e cantando feito gente grande o baião Baião de Ana (El Negro Zumbon, de Giordano-Roman) à moda de Gonzaga-Teixera.
Um sucesso danado.
Em Hollywood, a portuguesinha Carmen Miranda preferiu o baião Baião, na versão de Ray Gilbert, para cantar e dançar no filme Nancy Goes to Rio, de 1950, por estas plagas reintitulado de Romance Carioca.
Ainda por esse tempo, a voz feminina mais aplaudida dos americanos do Norte, Peggy Lee, gravaria Juazeiro com outro título, Wandering Swallow, sem, porém, creditar a devida autoria: Gonzaga-Teixeira.
O disco, de 78 rpm, sairia pela poderosa Capitol.
O egípcio de Alexandria Demis Roussos faria isso, isto é, gravaria também uma música da dupla Gonzaga-Teixeira (Asa Branca, White Wings, versão de R. Costandinos) nos começos dos anos de 1970. Esse feito ele o repetiria no DVD que gravou no dia 11 de outubro de 2005, no Brasil.
Etc., etc.
O que tem uma coisa a ver com outra?
Ora, ora, tudo!
Ivan é nordestino, Luiz (na foto ao lado de Ivan) era nordestino, Humberto nordestino, os meninos do Quatro Azes nordestinos...
Por um tempo, o Brasil todo virou um imenso Nordeste.
Durante dez anos seguidos Luiz Gonzaga permaneceu altivo nas paradas até a chegada do nordestino João, que depois de mexer aqui e ali inventou um modo diferente de fazer caretas e uma batidinha quase inaudível chamada Bossa Nova, que os ouvidos da gente bem nascida da zona sul do Rio adorou.
Os gringos de todos os cantos, também.
Tudo Liga Tudo, como dizem Tuzé e Gereba num frevinho bonito gravado pelo também nordestino, baiano como João, Morais Moreira.
Ivan Ferraz tem um monte de discos gravados.
O primeiro foi um compacto duplo lançado à praça pela extinta Rozemblit, intitulado Riqueza do Sertão, um xote de sua autoria, em 1977. No total, ele tem uma dezena de LPs e meia dúzia de CDs, além de um DVD que acaba de chegar ao mercado, Baião dos Dois.
É de boa prosa e verso, o Ivan.
Pergunto: aniversariar é bom?
Ele rir e declama uma sextilha de autor desconhecido para responder:

Acho graça a mocidade
Não querer envelhecer
Velho ninguém quer ficar
Moço ninguém quer morrer
Sem ser velho ninguém vive
Bom é ser velho e viver.

Há dez anos, Ivan apresenta o programa líder de audiência Forró, Verso e Viola, diariamente das 16:05 às 18h, ao vivo, pela Rádio Universitária de Recife (FM 99,9) e pela internet. E hoje, dia do seu aniversário, inaugurou o site www.ivanferraz.com.br
Parabéns, Ivan!
À vida!

quarta-feira, 16 de março de 2011

CHORÃO ANDRÉ PARISI LANÇA NOVO CD, NO PIU-PIU

O teatro de mamulengos tem raízes fincadas no catolicismo alegórico da Idade Média e chegou a Pernambuco por volta do século XVI e de lá, de Pernambuco, se estendeu por mais alguns Estados brasileiros, entre os quais Rio Grande do Norte, Sergipe e Ceará.
Esses bonecos também são chamados de marionetes e de polichinelos, na França.
No nosso nordeste são conhecidos por Babau, João Redondo e Casimiro Coco.
Eles fazem a alegria das crianças, e também dos adultos.
Artista multifacetado que se sobressai com destreza no campo da arte como poeta de improviso e de bancada; ator, pintor, desenhista, compositor, violeiro e contador de histórias, Valdeck de Garanhuns já teve a oportunidade de levar a sua arte às gentes da Europa e dos Estados Unidos. Algumas de suas obras integram o acervo do Museun für Völkerkunder de Frankfurt, Alemanha.
A arte de bonecos animados, essa mesma abraçada por Valdeck, já se acha praticamente extinta entre nós.
Não será hora de promover um festival de mamulengos, para descobrir e incentivar talentos?

PROSA NO AR, COM IVAN FERRAZ
Às 16:30h, e por uns quinze minutos, fiquei proseando hoje com o meu amigo Ivan Ferraz, titular do programa Forró, Verso e Viola, no ar todos os dias pela Rádio Universitária de Recife FM 99,9. A nossa prosa foi direto, e ao vivo, aos ouvidos de meio mundo.
Na hora, o Antônio Sapiranga, lá da Bahia, mandou dizer via e-mail e facebook o seguinte:
- Mestre Assis Ângelo! Escutei agora há pouco sua entrevista na Universitária de Pernambuco!
Maravilha! Sobre o livro que você cuida da memória artística da nossa rainha Inezita Barroso, parabéns! Sou aqui da Bahia e estou lançando agora em abril o meu segundo disco. Esse disco se chama Segredos do Tempo e tem apresentação dos meus amigos e seus amigos também, Xangai e Juraildes da Cruz!
O programa Forró, Verso e Viola, o mais ouvido no horário (das 14:05 às 18 h), está no ar há dez anos; e pode ser ouvido em qualquer parte do mundo, online, pela Internet.

CHIQUINHA GONZAGA PARTIU
Foi ontem, no final da madrugada, que partiu a mais nova dos irmãos e irmãs do rei do baião Luiz Gonzaga. Tinha 85 anos. Chiquinha foi a primeira tocadora de oito baixos mais conhecida do Brasil e a discriminação de muitos impedia que ela se apresentasse com freqüência nos palcos. Em 1952, ela integrou o grupo Os 7 Gonzagas. Esse grupo era formado pelo velho Januário, Severino Januário, Zé Gonzaga, Chiquinho, Socorro e Aluísio, mais o próprio Gonzagação. Restaram pouquíssimos registros musicais desse grupo. Com Chiquinha, foi a única herdeira direta do reino gonzaguiano.

ANDRÉ PARISI LANÇA NOVO CD
O músico André Parisi e o grupo musical Língua Brasileira lançam daqui a pouco, às 21horas, um novo CD no Café Piu-Piu, ali na rua 13 de Maio, 134, Bixiga. Vai ter roda de choro das boas e só não vai quem for besta ou ruim dos ouvidos.

terça-feira, 15 de março de 2011

PARANAPIACABA E VALDECK DE GARANHUNS

Foi num dia 15 como o de hoje, só que de julho de 1945, pouco antes do fim da 2ª Grande Guerra, que Paranapiacaba passou a existir como estação ferroviária da velha São Paulo Railway, substituindo a Estação do Alto da Serra; e daí vila, povoação constituída basicamente por engenheiros ingleses contratados para manter a ferrovia criada pelo barão de Mauá.
A história é comprida.
No decorrer do tempo Paranapiacaba se transformou num distrito do município de Santo André, da região do Grande ABC, a mais ou menos 22 quilômetros da capital paulista.
Um paraíso, se melhor cuidado; mas já esteve em pior estado.
Horas antes de ser seqüestrado e morto por bandidos em janeiro de 2002, o prefeito Celso Daniel, de Santo André, assinou documentos de compra de Paranapiacaba, à época condenada completamente ao abandono.
O número de moradores fixos de Paranapiacaba, hoje, não passa de 1,1 mil pessoas.
Entre essas pessoas, se acha o mestre do teatro de mamulengos Valdeck de Garanhuns.
Estive em Paranapiacaba domingo passado.
Foi legal o passeio.
Andrea e os meninos Pedro e Marina adoraram, inclusive a neblina.
Na verdade, eu fui cumprir promessa de visita à casa de Valdeck Costa de Oliveira, de Garanhuns.
Promessa é compromisso.
Pois bem, a nova casa de Valdeck é bonita e enorme, de vários cômodos, que no século XIX foi habitada por engenheiros da rainha. Valdeck a reformou com cuidado, sem ferir um milímetro da planta original.
A casa ficou um brinco.
Mês que vem, ou no próximo, ela, a casa, abrigará um espaço cultural que, sugiro, leve o nome do próprio Valdeck, que ainda briga com a própria modéstia.
Nesse espaço serão ministradas oficinas de mamulengo, cordel, xilogravura etc.
Todos nós ganharemos com isso, inclusive a região do ABC (e D).
Sim, confesso: eu sou um entusiasta incorrigível da obra de Valdeck e da sua companheira xilógrafa e entalhadora de bonecos Regina Drozina.
A propósito, vocês já leram o livro Mitos e Lendas Brasileiros?
Viva Valdeck!

segunda-feira, 14 de março de 2011

VERSOS AGALOPADOS PARA INEZITA BARROSO

Hoje 14, dia do nascimento de Antônio Frederico de Castro Alves, baiano de Curralinho, é comemorado o Dia Nacional da Poesia. Não por acaso, hoje também o mestre do teatro de mamulengos de Pernambuco Valdeck Garanhuns pôs ponto final nos versos que fez para homenagear a paulistana Inezita Barroso, que no último dia 4 completou 86 anos de vida, quase todos, aliás, dedicados ao estudo do folclore brasileiro. Detalhe: foi na capital recifense que ela começou a carreira de artista que a consagrou em todo o País.
Os versos de Valdeck, que têm por título Um Galope Beira-mar* à Inezita Barroso, são estes, exclusivos para o blog:

Andei procurando no meu pensamento
Nas cordas sonoras do meu coração
No belo vernáculo da nossa nação
As frases mais belas pra esse momento
Palavras sublimes de bom sentimento
Que possam dizer como somos felizes
Em tê-la conosco com tantos matizes
Exemplo de vida pra bela natura
Fiel defensora da nossa cultura
Cantando as belezas das nossas raízes.

Madrinha serena da musa viola
De nós cantadores, bardos menestréis
Imortalizada em nossos cordéis
Cantando e falando aos néscios amola
Sem substituta pra passar a bola
Mantém com firmeza a sua carreira
Foi lá em Recife que a moça brejeira
Fez o seu início profissional
No Santa Isabel se mostrou genial
E na Rádio Clube bem alvissareira.

Eu falo de alguém que o sabido conhece
E quem não conhece não é vencedor
Porque não contempla o perfume da flor
E se não contempla é porque não merece
Quem lhe ouve cantar jamais se esquece
Da voz, da postura, do jeito fagueiro,
Do jeito paulista, do jeito mineiro,
Do mato-grossense, do pernambucano
Cearense, gaúcho, carioca, baiano,
Do jeito da gente, do ser brasileiro.

Já desde pequena talento mostrou
Cantava, tocava, piano, violão.
A música incrustada no seu coração
À nossa raiz ela se fixou
Cresceu floresceu o fruto brotou
Saudável já teve reconhecimento
Vingou madurou é puro alimento
Pro corpo pra alma nutrindo as pessoas
Que se forem más transformam-se em boas
Com o canto sonoro do seu argumento.

Viola, cantiga, poema e programa
Há anos e anos na nossa cultura
Não sai do viés é porta segura
Aberta pra quem a respeita e ama
É um teorema, sutil diagrama
Na Arte Real três pontos compreende
O que estou falando só ela entende
Descende de gente que usa avental
Que cava masmorras ao vício letal
E entre colunas o amor se estende.

Agora esse livro que narra a infância
Que nossa Zitinha alegre e segura
Viveu em contato com nossa cultura
E vive até hoje sem ter jactância.
Escreve Assis Ângelo com muita elegância
Cortez já publica a obra bonita
A gente se encanta com a bela escrita
Que conta a história da Ignez criança
Artista do povo, legado herança
Menina Zitinha, mulher Inezita.

Personificada na literatura
Meu livro também contém sua escrita
Caminhe, continue, assim tão bonita
Que a sua cantiga exala brandura
Meu muito obrigado por nossa cultura
Que vive em você momento garboso
Seu eu porte jovial modesto treloso
Lhe deixa por dentro do verso e da rima
Ignez Magdalena Aranha de Lima
A nossa rainha Inezita Barroso.

* Na origem, o galope beira-mar, ou à beira-mar, obriga o versejador a findar cada estrofe com a expressão “galope na beira do mar” ou "galope à beira-mar". Há três tipos de galope: um em sextilhas decassilábicas, com rimas nas linhas pares; e outros dois em estrofes de dez versos heptassílabos e hendecassílabos. Valdeck preferiu uma variante da forma clássica em décimas, cuja regra rimática é: ABBAACCDDC.

domingo, 6 de março de 2011

FOI BONITA A FESTA, PÁ!

Filmaço, esse Lope que acabei de assistir no Espaço Unibanco, na Augusta!
Poderia ser Lope de Vega.
Mas, paciência, só Lope o intitularam.
Lope de Vega foi um poeta espanhol que fez da sua vida uma grande poesia.
Na verdade, ele marcou a comédia espanhola.
Deixou milhares de textos, incluindo centenas de peça para teatro.
Viveu como pode; brincou, brigou, brilhou e fez felizes muitas mulheres do seu tempo (1562-1635).
Hora ou outra, porém, ele deu uma piradinha; principalmente quando uma de suas preferidas, Marta de Navares, a Amarilis de muitos de seus versos, se despediu da vida sem lhe dizer adeus.
Aí ele entrou em combustão e virou oficial da Inquisição, entre outras loucuras; detalhe que o filme não mostra.
Lope, o filme, tem por diretor o brasileiro Andrucha Waddington e no elenco os também brasileiros Selton Mello e Sônica Braga – maravilhosa!
Mas não é sobre esse belo drama que quero hoje falar.
Eu quero falar é da noite de quinta 3 na Livraria Cortez, na rua Bartira, ao lado da PUC, no bairro de Perdizes.
Noite inesquecível com equipe da TV Cultura dando ar de sua graça e transmitindo ao vivo.
Mais do que nunca, Inezita estava linda, vestida como rainha e com aquele sorriso que todo mundo conhece.
Nessa noite, eu lancei A Menina Inezita Barroso, um livro que classifico de infanto-juvenil.
E ela esteve lá, a Menina.
E também amigos jornalistas como Zé Hamilton Ribeiro, Pedro Vaz, Miriam Ramos, Rivaldo Chinen, Rogério Gama, Mera Teixeira, Marilu, Carina; artistas queridas como As Galvão e Irmãs Volpi; o Regional do Viola Minha Viola, liderado por Joãozinho; Valdeck de Garanhuns, Cacau Brasil, Aguinaldo Timóteo, Cris Aflalo, Socorro Lira, Neimar Reis, Marcos Mendes, Yassir Chediak, Silvio Brito, Moreira de Acopiara, cordelista; Papete, que musicou a Guerreira Inezita, que abre o livro, sobre versos meus; produtores, como o legendário Pelão; e outros amigos meus e da Inezita, entre os quais Osmar Santos, Sidney Oliveira, Darlan Ferreira, Tati Fraga, Júlio e Geraldo Magela, além do próprio Cortez, feliz ao lado das filhas e do seu staff, incluindo o professor Amir.
Muita gente bonita, incluindo Marta, filha de Inezita; e Marcelo, um de seus primos.
A Andrea estava linda, junto com Pedro e Marina.
Até Clarissa e Daniel, marcaram presença.
Nos dedos, se contados, umas 400 pessoas me disseram.
A noite terminou no começo da madrugada, que foi regada a guaraná, suco, água e, claro, muito uísque.
Também teve bolo e “Parabéns pra Você”.
Mas senti falta de amigos queridos, como Peter Alouche, Paulo Benites, Roberto Marino, Oswaldinho do Acordeon, Nestor Tupinambá, Jarbas Mariz, Tom Zé, Paulinho, Dominguinhos, Vandré, Miguel, Marcus, Marco, Marcelo, Nêumanne, Tinhorão, Herência, Alessandro, Izidio, David, Roniwalter, Expedito, Gregório, Miriam, Patrícia, Nei, Aluizio, Atílio, Fabiana, Hilton, Caio, Ferrari, Celia, Celma, Anastácia (tá perdoada, pois disse que estaria cantando forró e frevo em Recife) e uns mais.
Alkimin mandou dizer em papel timbrado do Palácio que tinha outros compromissos...
Mas de tanta gente presente, não sobrou espaço para o Regional do Viola se apresentar.
Foi bonita a festa, pá.

quinta-feira, 3 de março de 2011

NA LIVRARIA CORTEZ, A MENINA INEZITA BARROSO

É hoje!
Chegou, enfim, o dia/noite de lançamento do livro A Menina Inezita Barroso, na Livraria Cortez, que fica ali bem ao lado da Pontifícia Universidade Católica, PUC, esquina das ruas Bartira e Monte Alegre, bairro de Perdizes.
A história da menina começa num 4 de março, há 86 anos, hoje, menos um dia.
Antes de contar a bonita história de Inezita, na infância chamada por familiares e amigos de Zitinha, eu traço um panorama da cidade de São Paulo dos anos de 1920 e 1930, que ainda engatinhava.
Lembro da distância de tudo, dos bairros nascendo, dos operários, dos barões do café, da Semana de 22 e seus personagens, como Brecheret, Menotti Del Picchia, que conheci e entrevistei para o suplemento do Diário Oficial do Estado, Leitura; Monteiro Lobato e Di Cavalcanti, entre outros.
Conto da timidez que impediu a menina de conversar com Mário de Andrade.
E por aí segue a leitura, até o dia que Zitinha assiste a um espetáculo da portuguesinha Carmen Miranda e Grande Otelo no extinto Cassino Atlântico, no Rio de Janeiro.
O livro tem belas passagens ilustradas pelo talento do xilogravador Ciro Fernandes.
Numa página e noutra aparecem nomes da música caipira, como Raul Torres.
E Carlos Gardel?
O que tem Carlos Gardel a ver com Inezita Barroso?
Saiba lendo o livro.
Pois então, vamos todos cantar parabéns pra Inezita e comer bolo e beber guaraná das boas?
Joãozinho do Regional do programa Viola Minha Viola, Papete e mais um monte de gente bonita da nossa música vão estar por lá, ali na Livraria Cortez, a partir das 19 horas.
Quem chegar por último é filho do padre.

terça-feira, 1 de março de 2011

POIS É, UM LIVRO SOBRE INEZITA BARROSO

Um colega de jornal me pergunta por que resolvi escrever um livro infanto-juvenil sobre Inezita Barroso.
Simples, respondi: porque até agora ninguém se capacitou a escrever livro nenhum sobre ela; e ela, Inezita, é simplesmente uma grande brasileira, uma grande estudiosa do nosso folclore, uma grande cantora, intérprete; atriz de cinema, apresentadora de rádio e televisão.
Para quem ainda não sabe: o seu Viola Minha Viola está ininterruptamente no ar há três décadas através da TV, canal 2, da Fundação Padre Anchieta.
Nas manhãs de sábados, a Rádio Terra, de São Paulo, apresenta O Programa da Inezita; outra jóia que deve ser apreciada por todos quanto gostam do que é bom.
E como se não bastasse, ela, Inezita, é uma pessoa incrível; um exemplo muito bonito de cidadã, respeitadora das gentes e culturas; uma guerreira, como digo nos versos abaixo que escrevi, em sextilha, e que o amigo José de Ribamar Viana, o Papete, acaba de musicar para um clipe que já, já estará por aí:

O Brasil tem muita gente
A começar pelo Sudeste
Desde Inezita Barroso
E até cabra da peste
Tem causos de Trancoso
Revividos no Nordeste

Cantar o que se canta
É uma coisa bem bonita
Que nos faz acreditar
Na riqueza infinita
Deste Brasil brasileiro
Da talentosa Inezita

Viva Inezita Barroso
Essa grande brasileira
Que por si própria se fez
Uma rainha violeira
A cantar as coisas nossas
Tal e qual uma guerreira

Papete, meus amigos, também um belo exemplo de cidadão brasileiro, artista de invulgar talento, é tido por meio mundo como um dos maiores percussionistas do planeta.
A sua história também é comprida.
Maranhense de Bacabal, safra de novembro de 47, estreou em disco (LP Berimbau e Percussão) em 1975, via Marcus Pereira. De lá para cá, e após andar se apresentando pelo mundo todo, a sua voz e instrumentos se acham em dezenas e dezenas de discos.
O LP que ele, Papete, gravou com Toquinho, em 1982, é primoroso.
E o que dizer, então, do DVD (capa acima) que os mesmos Papete e Toquinho gravaram na Suíça, em 1983?
Viva o Brasil!
Diante disso, já não era tempo sobrando de alguém publicar um livro sobre essa extraordinária mulher/artista?
Pois, pois, quinta 3 estarei na Livraria Cortez, ali na Rua Bartira, autografando A Menina Inezita Barroso.
Claro, ela, a menina, estará lá conosco comendo bolo e bebendo guaraná das boas; e todos nós a aplaudindo por tudo quem tem feito, e pelos 86 aninhos que completará no dia seguinte.
Vamos lá engrossar o coro, junto com o Regional do programa Viola Minha Viola liderado pelo violeiro Joãozinho?
Ah! Diz o Papete:
- Se Inezita tivesse nascido nos Estados Unidos, o mundo todo já teria tomado conhecimento da sua bonita história.
Ao dizer isso, perdoem a minha gabolice, lembro o trompetista Winton Marsallis dizendo na minha cara redonda da Paraíba:
- Se você tivesse nascido na minha terra, você teria todas as condições de escrever o que escreve a respeito do seu País.
Fiquei mudo, sem saber como rebater essa fala.
Marsallis é de Nova Orleans e considerado um dos maiores do mundo no seu instrumento.
Viva Inezita Barroso!

O DISCURSO DO REI. ASSISTAM-NO.

Maravilhoso!
Gostei muito do filme O Discurso do Rei, um belo drama dirigido por Tom Hooper – de quem nunca ouvi falar.
Cabra bom!
Melhor ou tanto quanto o ator que interpreta Gerge VI, na intimidade de Lionel, Berty; um gago príncipe que vira rei e entusiasma no fim os seus súditos, na convicção de um discurso em prol da liberdade e da esperança.
A história toda transcorre nos princípios da década do século passado.
É bonito o filme.
Boas imagens e tudo o mais.
Mereceu a glória conquistada ontem na noite do Oscar.
Lembrei de Nélson Gonçalves e do conterrâneo Assis Chateaubriand.
No cinema, o Reserva Cultural, que já foi Cine Gazeta, meia dúzias de assistentes. Talves, uma dúzia.
Assistam-no.

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