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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

DOMINGUINHOS, AINDA INTERNADO

O quadro clínico do artista é estável, mas merece muitos cuidados.
Ainda não há previsão de alta do hospital.
Dominguinhos foi internado às pressas após uma gripe que lhe agravou a sua saúde já debilitada desde 2006, quando médicos diagnosticaram em São Paulo um câncer de pulmão.
Ele também sofre de insuficiência ventricular, arritmia cardíaca e diabetes.
Antes de ser internado às pressas, Dominguinhos – que não viaja de avião – tinha shows marcados em Brasília e Salvador.
No próximo dia 12 de fevereiro ele completará 71 anos de idade.
BRAGUINHA
Hoje faz seis anos que o compositor Braguinha, autor de clássicos da nossa música popular, como
Carinhoso, com Pixinguinha, partiu para a Eternidade. Ele tinha 99 anos de idade quando isso aconteceu.
CARUSO
O que o tenor italiano Enrico Caruso teve em comum com o rei do baião, Luiz Gonzaga?  
Resposta rapidinha: o 2 de agosto.
RÁDIO
A foto que ilustra este texto, na qual se vê Dominguinhos todo feliz, foi feita no dia 2 de julho de 2001num dos estúdios da  rádio Capital, onde eu apresentava o programa São Paulo Capital Nordeste, de grande audiência. 

sábado, 15 de dezembro de 2012

AINDA LUIZ GONZAGA NO SEU CENTENÁRIO

O cantor Chico Salles telefona para dizer que a festa ontem e anteontem no Rio de Janeiro em homenagem a Luiz Gonzaga no seu centenário de nascimento foi bonita.
Chico diz que abriu pagode para cinco mil pessoas dançar xote, xaxado, arrasta-pé e baião na Praça Tiradentes.
“Foi de arrepiar”.
Depois, na Feira de São Cristóvão, o tarrabufado não foi diferente.
Só um porém o espantou: a chegada inesperada do cantor, compositor e instrumentista Rildo Hora dizendo que estava ali emocionado, tanto que à entrada da feira não resistiu e se abraçou ao busto do Rei do Baião.
Mas Rildo não foi chamado à festa no Rio.
Em São Paulo, Oswaldinho do Acordeon também foi esquecido pelos organizadores dos grandes momentos do centenário gonzagueano, como o que ocorreu em Exu e Recife, reunindo cerca de 700 mil pessoas.
Mas um detalhe merece destaque: dois dias antes de cantar e tocar para multidões a se contar a partir de centenas de milhares de pessoas, o sanfoneiro Chambinho (foto acima) esteve conosco prestigiando o lançamento do livro Lua Estrela Baião, a História de um Rei (Cortez Editora), no Restaurante Andrade, na zona oeste da capital paulista.
O nosso evento, simples, reuniu se tanto 200 pessoas; mas entre elas Roniwalter Jatobá, José Nêumanne, Luís Avelima, Luis Ernesto Kawall - criador do Museu da Imagem e do som -, Moreira de Acopiara e mais e mais, incluindo um grupo de canto, dança e teatro do Colégio Rio Branco formado por Augusto Trainotti, Enrico Verta, Vinicius Munhos, Anna Beatriz Gomes, Caio Ferraz e Eduardo de Paiva Gomes interpretando Luiz Gonzaga.
Viva o Rei do Baião!

TV CULTURA
Hoje tem notícia no Jornal da Cultura sobre uma exposição retrospectiva da vida e obra de Luiz Gonzaga apartir de discos de 78 RPM na Livraria Cortez, extraída do acervo do Instituto Memória Brasil (IMB). Notícia também sobre o livro Lua Estrela Gonzaga, a História de um Rei. É só ligar e conferir.

SBT
Ontem teve notícia sobre o Rei do Baião no Jornal do SBT. Confira, clicando:

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

NO CÉU, LUIZ GONZAGA E SIVUCA

Guardei na memória:
“Estamos lutando muito, mas o quadro se agrava um pouco a cada dia”.
A frase da querida Glorinha Gadelha bateu forte, sobre o estado de saúde de mestre Sivuca, seu companheiro de vida e arte por muitos anos.
O paraibano de Itabaiana Sivuca, de batismo Severino Dias de Oliveira, nos deixou aos 76 anos de idade no dia 14 de dezembro de 2006.
Eu o conheci ali pelos fins dos anos de 1970, em João Pessoa, num período de férias.
Repórter do jornal Folha de S.Paulo, lembro que publiquei no extinto suplemento Folhetim uma das melhores entrevistas que fiz com artistas da música brasileira, ocupando acho que duas páginas.
Ele adorou e passou a acompanhar o que eu escrevia.
Uma noite durante plantão na TV Globo onde também trabalhei já nos fins dos 80, eu recebi um telefonema dele reclamando da programação que estava no ar.
Disse que era uma vergonha o que estava acontecendo com a televisão brasileira.
E meteu bronca.
Antes, na entrevista que eu fizera com ele para a Folha, dissera o mesmo.
E mais: que as emissoras de rádio estavam uma droga, que a música idem etc. e tal.
Eram os tempos da discotéque, do bate-estaca.
Ele falou do mal que aquilo fazia aos ouvidos humanos e na formação das pessoas.
Sivuca era uma pessoa muito sensível, um artista incomparável, crítico, atual, participante. Lutava por um mundo melhor.
Ele amava o Brasil como poucos brasileiros, mesmo tendo permanecido ausente do País por 13 longos anos. Poderia ter ficado por lá mais tempo, mas não aguentou.
“O meu lugar é aqui”, disse quando voltou.
Pouco antes de partir, ele telefonou dizendo que queria me ver.
E aí estivemos juntos num hotel da Alameda Santos, cá em Sampa; eu ele e Glorinha.
Almoçamos, trocamos ideias e dele ganhei seu último CD Sivuca Sinfônico, com a Orquestra Sinfônica do Recife, regida pelo maestro Osaman Giuseppe Gioia.
Ele viera para se apresentar no Programa da Hebe, ao lado de Dominguinhos e Oswaldinho. E me adiantou:
“Vou prestar uma homenagem a Mário Zan, você tem visto o Mário Zan?”
Como previsto, os três se apresentaram no programa da loura, mas a direção, insensível, permitiu que tocassem apenas uma música: Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, seu parceiro no clássico Adeus Maria Fulô, gravado no começo dos anos 70 nos Estados Unidos (ouvir LP Sivuca Live at the Village Gate, nunca relançado no formato CD).
Sivuca foi um artista muito importante para a música brasileira.
A sua ausência nos faz falta.
No livro Dicionário Gonzagueano, de A a Z” há um depoimento dele, que fala da sua amizade e relação com Luiz Gonzaga.
Gonzaga, aliás, junto com Humberto Teixeira, compôs Sivuca no Baião que ele próprio, Sivuca, gravou e lançou em disco de 78 RPM (abaixo) pela extinta Continental, em dezembro de 1951.
No seu último CD Sivuca deixou também registrada a sua homenagem a Gonzaga e Teixeira na Rapsódia Gonzaguiana, que começa com Juazeiro e segue com Pé de Serra, Baião, Assum Preto, Asa Branca e Boiadeiro.
A última faixa do CD é a pérola Concerto Sinfônico Para Asa Branca.
Emocionante, do começo ao fim.
Bom, em termos musicais, essa foi a única homenagem prestada a Sivuca.
As estrelas do céu hoje têm nomes: Antenógenes Silva, Gérson Filho, Pedro Sertanejo, Mário Zan, Luiz Gonzaga, Januário, Abdias...

TORÓ E LIVRO
O temporal que desabou ontem no começo da noite na capital paulista provocou caos mas não impediu de amigos irem brindar e degustar conosco tapioca e escondinhos de carne na Livraria Cortez, como pretexto para o lançamento de um novo livro meu: Lua Estrela Baião, a História de um Rei; que, aliás será notícia daqui a minutos no Jornal do SBT. Quem não foi perdeu a bela fala de Oswaldinho do Acordeon sobre seu reacionamento com Gonzaga e o pequeno concerto que ele nos ofereceu depois. Jorge Melo e Teca não se continham de alegria, o mesmo acontecendo com José Cortez, Marcia Accioly e sua menina Andrea, Ana... Quem sabe a gente faz um repeteco, dessa vez sem chuva.

TV BRASIL
Fiquem ligados: daqui a pouco tem mais especiais sobre o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga, no canal Brasil. Pra ficar com mais vontade de quero mais, clique:

http://canalbrasil.globo.com/programas/cinejornal/materias/centernario-do-gonzagao.html

TV CULTURA
E amanhã TV Cultura canal 2 estarei de novo dizendo umas coisas a respeito de Lua Estrela Baião, a História de um Rei. No programa Jornal da Cultura.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

MEMORIAL EM TEMPO DE HOMENAGEM

Leio no jornal que o Universo está parando de fabricar estrelas.
O nosso planeta também, em particular o Brasil.
Aliás, não só isso: grandes estrelas estão se apagando e no lugar não surge mais nenhuma.
Há uma semana a se completar amanhã, por exemplo, desaparecia no Rio de Janeiro, aos 104 anos, a estrela Oscar Niemeyer.
Antes de Oscar, muitas outras foram engolidas pelo buraco negro do tempo.
No próximo dia 13 será feita uma dentre várias homenagens ao arquiteto de Brasília e de outros espaços daqui e de mais longe, no foyer do auditório Simon Bolivar do Memorial da América Latina que ele construiu e fez inaugurar em março de 1989.
A homenagem ganhará a forma de uma publicação sobre a sua vida.
Uma exposição de caricaturas será aberta ao público, segundo o presidente do Memorial João Batista de Andrade, que está distribuindo convite (acima) para que compareçamos ao evento.
Coincidência: esse mesmo dia 13 marca o centenário de nascimento do rei do baião Luiz Gonzaga, sobre quem hoje à noite lanço livro.

VERMEER
Hoje, às 19h30, será aberta no Masp uma exposição de obras do pintoro holandês Johannes Vermeer.
As suas obras são lindas.

CINEMA
O polo cinematográfico de Paulínia não morreu, como se anunciou há meses.
Bom, não é?

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

AMANHÃ LANÇAREI LIVRO NOVO, NO ANDRADE

Foi bonita a apresentação de que participei ontem à noite na Sala dos Espelhos do Memorial da América Latina.
O ambiente ficou lotado com um público sensível e receptivo ao repertório do CD em final de produção intitulado O Samba do Rei do Baião.
A amostra de parte do repertório foi interpretada pelo trio Socorro Lira, Papete e Oswaldinho do Acordeon, formado de modo improvisado.
Os três estavam impossíveis e a noite findou em bis e muitos aplausos.

A HISTÓRIA DE UM REI
Logo mais estaremos lançando em noite de autógrafos o livro Lua Estrela Baião, a História de um Rei.
Conosco estará Chambinho, sanfoneiro de categoria que na telona faz o Rei do Baião.
O filme Gonzaga, de Pai Pra Filho é assinado pelo cineasta Breno Silveira.
A festa começará às 21 horas.
Endereço: Rua Artur de Azevedo, 874, Pinheiros.

ESPECIAIS
Emissoras de rádio e TV estão com especiais sobre Luiz Gonzaga, prontos para ir ao ar. O Jornal do SBT, por exemplo, inicia série a partir de quinta-feira 13, dia do centenário de nascimento dele, do Rei. Essa série, da qual participo, foi extraída do SBT Repórter; que, aliás, iria ao ar hoje.
A TV Câmara de Brasília porá no ar, nos dias 13 e 14, um especial do qual também participamos. A rádio Câmara também.
Clique:
http://migre.me/ce9mc

No dia 13, ao lado de Oswaldinho do Acordeon contaremos histórias e autografaremos Lua Estrela etc., na Livraria Cortez, que editou o livro, cuja sinopse é:

Para contar a história do Rei do Baião, o primeiro e único do mundo, dona Mocinha reúne um punhado de netos e bisnetos na sua casa no bairro do Brás, em São Paulo, e a eles lhes conta também um pedaço da história do Nordeste e seu folclore; a flora, as aves e os bichos miúdos e até dinossauros que habitaram a região há muitos e muitos anos.
Foi ali, em Exu, que o Rei nasceu na noite calorenta de 13 de dezembro de 1912.
Aquela noite foi marcada pela visagem intensa de uma estrela riscando o céu do lugar.
O menino-rei nasceu num casebre, com a cara redonda de uma lua cheia.
Dona Mocinha dá conta disso e dos mitos e lendas que permeiam o lugar.
Ela fala de coisas do arco da velha.
Dona Mocinha também é uma personagem e tanto!
Com sabedoria, ela prende a atenção dos netos e bisnetos.
E se ela prende a atenção dos netos e bisnetos, vai prender também a atenção de todos vocês.
A imagem do sertanejo batalhador e forte também aparece nas lembranças de dona Mocinha.
Este Lua Estrela Baião, a História de um Rei é uma lição de vida e brasilidade para leitores de todas as idades, principalmente daqueles que estão inseridos na faixa etária dos nove aos noventa anos.

EXPOSIÇÃO
Do acervo do Instituto Memória Brasil foi extraída uma exposição sobre Luiz Gonzaga, inaugurada ontem na Livraria Cortez (Rua Monte Alegre, 1074, Perdizes; telefone 11.3874.7111). A exposição faz parte da semana (programação acima) dedicada ao estilizador do baião. Entrada franca e recomendada a público de todas as idades.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

BATE-PAPO COM MÚSICA NO MEMORIAL

Domingo 9, às 19 horas, estaremos falando na Sala dos Espelhos do Auditório Simón Bolívar do Memorial da América Latina, sobre a vida e a obra de Luiz Gonzaga.
Na ocasião apresentaremos uma amostra do projeto O Samba do Rei do Baião, gerado e extraído do acervo do Instituto Memória Brasil.
No palco estarão os craques Papete, Oswaldinho do Acordeon e Socorro Lira, cantora de grande talento reconhecido há pouco pelo júri do Prêmio da Música Brasileira.
E ponham aí na agenda: segunda 10, às 10 horas, participaremos da inauguração da Semana Luiz Gonzaga na Livraria Cortez, ali à Rua Monte Alegre, 1074, Perdizes, ao lado da PUC.
Informações pelo telefone 3873.7111.
A Semana Luiz Gonzaga (programação acima, clique sobre a imagem) contará com uma exposição temática ao homenageado, que no dia 13 faria 100 anos de nascimento.
A exposição é constituída por discos e capas de discos de vários formatos, incluindo exemplares raros de LPs de 10 e 12 polegadas, compactos, partituras, fotos, revistas etc.
Uma linha do tempo mostrará a riqueza discográfica em 78 RPM do Rei do Baião, que dizia ser também Rei do Forró, do Xote, do Arrasta-pé, da marchinha junina...
Luiz Gonzaga gravou 625 músicas, fora uma trintena de outras que compôs em diversos gêneros e ritmos e deixou para outros intérpretes gravar, como Cyro Monteiro e Jamelão.
Contaremos isso melhor na Sala dos Espelhos do Memorial.
A entrada é franca, esperamos você.
No dia 11, lançaremos o livro Lua Estrela Baião, a História de um Rei.
Esse evento ocorrerá no mais antigo restaurante da capital paulista especializado na culinária nordestina: o Andrade, que existe há mais de 30 anos.
Chambinho do Acordeon estará conosco, tocando lá a sua sanfona bonita para quem quiser dançar.
No dia do centenário de Gonzaga, estaremos na Livraria Cortez autografando Lua Estrela Baião, a História de um Rei.
Nessa ocasião, quem estará conosco é Oswaldinho do Acordeon contando histórias sobre o coautor de Asa Branca e tocando na sua sanfona mágica.

CORDEL
A Caravana do Cordel está completando quatro anos de existência. A comemoração está ocorrendo hoje e até amanhã na Biblioteca do Memorial da América Latina, com a presença de grandes expoentes do cordelismo, entre os quais Marco Haurélio, Chico Salles, Varneci Nascimento, João Gomes de Sá e Cacá Lopes. Haurélio está produzindo feito doido. Sua mais nova publicação é Florentino e Mariquinha no Tribunal do Destino. Na abertura, ontem, reencontrei o editor Gregório Nicoló, dono da Luzeiro.

NIEMEYER
Logo mais às 17 horas, o corpo do arquiteto Oscar Niemeyer será sepultado no São João Batista, no bairro do Botafogo, Rio.
A propósito, ontem almocei com a jornalista Marli Moreira, da EBC, com o cantor Chico Salles e com o artista plástico Chico Pereira, o cabra que mais conhece os segredos e mistérios da Paraíba. Na ocasião, fomos agraciados com o livro Paraíba Memorial (Editora Grafset, 2011) e com outra publicação muito especial, também da Grafset: Chico Pereira, Memórias e Anotações, na qual se acha, à pág. 42, a foto e bilhete manuscrito de Niemeyer que reproduzo abaixo (clique sobre a imagem).

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

SIM, TCHÊ, O CALOR TÁ DEMAIS!

Cheguei ontem de curta viagem ao Rio Grande do Sul. Sol de lascar. Trinta e tantos, à sombra. Houve hora que temi não aguentar.
Deus do céu, o que está havendo?
A temperatura lá, aqui e alhures está derretendo tudo...
Mas, enfim, lá estive e lá reencontrei o amigo José Antônio Severo, jornalista dos bons e escritor idem de Uruguaiana; mais as meninas Celia e Celma, das Minas de Ari Barroso.
Severo estava em clima de pré-aniversário, às vésperas dos 70.
Eu dez a menos, mas insistindo - e pondo como meta - chegar lá.
A viagem, entre outras coisas, eu aproveitei para degustar os famosos churrascos da terrinha de Um Certo Capitão Rodrigo...
Bons, muito bons de fato são os churrascos de lá.
E com uma cervejinha graus abaixo, então...
Bati pernas.
Fui ao Mercado Central do século 19, onde almocei uma tainha saborosíssima.
Fui também a sebos, como o denominado Livraria Érico Veríssimo, na Jerônimo Coelho, onde achei uns livros que me interessavam muito, entre os quais Som do Sul, a História da Música do Rio Grande do Sul no Século XX, de Henrique Mann (Ed. Tchê, 2002); História do Hino Nacional Brasileiro, de Mariza Lira, editado pela Biblioteca do Exército em 1954 e que há muito eu procurara; uma plaqueta de Noemy Valle Rocha (Conceitos Gerais Sobre Folclore, 1953), um folheto de cordel de 1921 (História do Marujo Vicente) e o romance A Guerra dos Cachorros (L&PM, 1983) do já referido José Antônio Severo e que lerei já, já.
Valeu.
Um dia antes, fui à feirinha de bugigangas do Parque da Redenção.
Como tem parques o Rio Grande, tchê!
Que belo Estado!
Na feirinha também achei umas coisinhas interessantes, como o disco de dez polegadas Gaúcho, de 1953, em cuja contracapa - não assinada - é possível ler:
“Há alguns anos o público cosmopolita vem dando um destaque todo especial à música regional do Nordeste. Veio o baião lá do Ceará, pelas composições de Lauro Maia...”.
Mas não, não é bem isso.
O baião veio de Pernambuco, através do exuense Luiz Gonzaga e do cearense Humberto Teixeira, lançado nacionalmente no dia 22 de maio de 1946 no Rio de Janeiro pelo grupo Quatro Ases e um Coringa, cujos integrantes - aí, sim! - eram estudantes de Direito do Ceará e intérpretes, não compositores.
Enfim, foi legal a esticada até os Pampas.
Estivemos, eu e a minha companheira Andrea, visitando o Memorial Mário Quintana, que ocupa o antigo e charmoso Hotel Magestic, onde se hospedavam figurões estrangeirtos e nacionais, como Getúlio Vargas e Chico Alves, chamado de rei da voz.
Também estive no Chalé da Praça XV onde, dizem, frequentava Lupicíno Rodrigues; e nas bordas do Guaiba estivemos, também.
Porém uma das razões da viagem era entrevistar o estudioso da cultura popular Paixão Cortes, mas Paixão Cortes não estava em disponibilidade, pois meio adoentado e recém saído de alta hospitalar.
Em compensação, conheci o diretor de cinema Tabajara Ruas (aí no clique da Célia), no momento à frente da produção do épico Os Senhores da Guerra, filme baseado em livro homônimo de Severo com previsão de lançamento no segundo semestre do ano que vem.
Tabajara, na sua tranquilidade franciscana, é plural até no sobrenome.
Uma figura e tanto! Inteligentíssima é o que ele é.

EMA KLABIN
Depois de amanhã 6 estarei dizendo coisas em torno de Luiz Gonzaga e cultura popular, na Fundação Ema Klabin.

MEMORIAL
Às 19 horas do dia 9, domingo, estarei junto com Oswaldinho do Acordeon, Papete e Socorro Lira no Memorial da América Latina; mais precisamente as Sala dos Espelhos, falando a respeito do projeto O Samba do Rei do Baião, que está virando disco pra lá de bom.

MÁRIO LAGO
Antes, às 15 horas de domingo 9, estarei dizendo umas palavras sobre o grande ser humano que foi o carioca Mário Lago, que tive o prazer de entrevistar mais de uma vez no meu programa de rádio na Capital e no programa Roda Viva da TV Cultura, por ocxasião dos seus 90 anos. Será durante evento promovido pelo agitador cultural sampaulista Edson Lima. Lago dizia que não era saudosista, que não ficava lamentando. Dizia mais: que seu tempo era o de hoje, e que não ficava na calçada vendo o desfile passar. "Eu vou junto", arrematava.
Grande Mário!
Luiz Gonzaga gravou duas músicas de Mário Lago: Devolve e Não Quero Saber, valsas, em 1946.

CHICO SALLES
Hoje, nas primeiras da tarde, o forrozeiro paraibano Chico Salles está chegando a Sampa.

SEMANA LUIZ GONZAGA/CORTEZ
Clique sobre a imagem:

sábado, 1 de dezembro de 2012

O SAMBA DO REI DO BAIÃO

Há pouco, pela 5ª vez, esteve conosco a cantora galega Maria Uxía Dominguez Senile, se apresentando na Sala Guiomar Novaes da Funarte e no Instituto Cervantes. Nos dois espaços culturais da cidade, ela emocionou com sua voz de identidade firme e forte.
Uxía, que produz projetos coletivos como o Festival Internacional da Lusofonia Cantos na Maré, também é compositora e no seu repertório costuma incluir músicas que adapta do folclore da sua região, a Galiza, na Espanha.
Na penúltima vez que esteve no Brasil, ela gravou o CD Meu Canto, com a participação de músicos brasileiros, como Socorro Lira.
Dessa vez, convidada pela mesma Socorro, Uxía participa do CD O Samba do Rei do Baião, interpretando a mazurca Dança Mariquinha, de Luiz Gonzaga e Miguel Lima, lançada originalmente em disco de 78 RPM no ano de 1945.
Essa música, aliás, foi a primeira em que o Rei do Baião aparece cantando.

MEMORIAL
No próximo dia 9, às 19 horas, estaremos eu, Socorro Lira e Papete apresentando no Memorial da América Latia o espetáculo O Samba do Rei do Baião, título do CD que está ora em produção.

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