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sábado, 21 de dezembro de 2013

VIVA REGINALDO ROSSI‼!


O verão chegou há pouco.
Há pouco foi sepultado, em Recife, o corpo de cantor e compositor Reginaldo Rossi
Há 33 anos se despedia deste mundo Nelson Rodrigues.
O que tem a ver entre Reginaldo Rossi e Nelson Rodrigues, além de ambos terem sido pernambucanos, de Recife?
Reginaldo interpretou, como poucos, o sentimento do povo para o povo.
Nelson, por sua vez, interpretou o cotidiano do povo para a elite.
Nascido em 1912. O recifense Nelson Rodrigues tornou-se polemico por suas frases curtas e bombásticas, e também por sua obra recheada de romances e peças teatrais.
No total foram 9 romances e 17 obras para teatro, entre as quais a dissonante Anti-Nelson Rodrigues, que foi a palco pela primeira vez em 1974, um ano depois de o autor por nela ponto final.
Reginaldo Rossi, que iniciou a carreira no começo dos anos 60, nasceu em 1944, deixando cerca de 300 músicas gravadas em mais de 30 discos, dos mais diferentes formatos. A sua música era simples e tocava fundo o coração do povo. Não será nenhuma surpresa se dentro em breve ele se tornar cult.
Nelson representou para a dramaturgia brasileira o que Willian Shakespeare representou para o mundo.
Em comum o que há entre ambos?
A busca de pérolas do poço da cultura popular. Mais: Eles detestavam Papai Noel.


ASSOMBRAÇÃO E PAPAI NOEL
 À meia noite de ontem para hoje fui conhecer a Casa do Núcleo, no Alto de Pinheiros. Surpreendi-me pela simplicidade e aconchego da Casa. Fui especialmente por duas razões: conhecer a casa, obviamente e ouvir o  violeiro meu amigo Paulo Freire, que cedo encantou-se com os mistérios de Minas e lá foi aprender os segredos da viola caipira.
Ele esteve fantástico, como sempre, contando causos de assombração e cantando ao som da sua viola, entre os causos, surgiu a figura ridícula de Papai Noel na capital de São Paulo.
O Noel vendido pelo capitalismo assustou e embasbacou Manoelzão, um dos grandes personagens do mineiro João Guimarães Rosa.
Tenho pena do Papai Noel e de quem o inventou.

INEZITA BARROSO
 Aos 89 anos de idade, a paulistana Inezita Barroso lançou na ultima 6a. feira o seu primeiro DVD.
Foca o registro.

sábado, 7 de dezembro de 2013

JOÃO SILVA, ADEUS!

http://www.youtube.com/watch?v=XlfAgl7PcM0

O pernambucano de Olho da Agua, João Leocádio da Silva, um dos mais inspirados compositores da chamada música nordestina, foi encontrado morto ontem no apartamento onde morava em Boa Viagem, Recife, aos 78 anos de idade.
João Silva, como ficou conhecimento nacionalmente começou a compor no final dos anos 1950. No começo da década seguinte, ele já se achava no Rio de Janeiro apostando na sorte.
Não demorou, e conheceu o conterrâneo Luiz Gonzaga, rei do Baião.
Antes de se tornar parceiro do criador do baião, João Silva já havia composto dezenas de músicas que foram gravadas pelos mais diferentes intérpretes. A sua relação com Gonzaga renderia pouco mais de 50 obras. Os dois últimos discos do artista de Exu teve o repertório todo recheado com a assinatura dos dois.
Em entrevista que me concedeu em São Paulo para o programa Tão Brasil, que apresentei na All TV, João Silva contou um pouco da sua história e do sonho realizado de conhecer Luiz Gonzaga e com ele fazer muitas parcerias musicais, algumas que alcançaram grande sucesso, como Deixa a Tanga Voar e Pagode Russo, um composição instrumental originalmente gravada em 1946 pelo próprio autor, Luiz Gonzaga. Detalhe: em 1978, João Silva atreveu-se a por letra, que virou um clássico.
Curiosidade: Pouco antes dessa música ser gravada com a letra de João, eu tive a alegria de escutá-la num quarto de hotel na capital paulista em primeira mão na voz do próprio Gonzaga, que ao fim da execução, soltou uma gargalhada e me perguntou:
- Gostou?
Nessa mesma ocasião ele me apresentou uma obra do compositor Jurandyr da Feira. Mas esta é outra história.
Agora clique lá em cima, para ouvir João Silva falando a seu respeito na entrevista que coloquei no ar.

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