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terça-feira, 1 de junho de 2021

PRA CRESCER, BOLSONARO QUER INIMIGO

Pessoas telefonam perguntando porque não escrevi nada sobre as manifestações de sábado 29 contra o negacionista Bolsonaro.
Bolsonaro xinga jornalista de tudo quanto é palavrão. Bolsonaro chama jornalista de idiota, o tempo todo. E se ele faz isso, nós jornalistas podemos fazer o mesmo: Bolsonaro é um idiota!
Perguntam-me também o que acho de os jornais não terem noticiado com destaque o fato de milhares e milhares de pessoas terem ido às ruas em protesto contra as mazelas bolsonaristas. Respondo: o caso é, digamos, perigoso.
Algo como uma faca de dois gumes.
Bolsonaro quer confronto, Bolsonaro quer inimigo pra crescer como um idiota que é. 
Sabe aquela história de bater e a massa crescer tipo fermento?
Atualmente mais pra baixo do que peito de cobra, Bolsonaro precisa de inimigos para crescer.
Os jornais, pelo menos a maioria, sacaram isso. 
Os jornais sacaram que não é o momento de dar destaque aos movimentos nas ruas contra Bolsonaro.
O que não presta morre só, mas a Folha apostou na história, manchetando a 1ª página: Milhares saem às ruas contra Bolsonaro pelo país (reprodução ao lado).
Bolsonaro jogou a isca, mas Lula não mordeu a isca.
Também não mordeu a isca Fernando Henrique Cardoso.
Quem pensa, não mordeu a isca bolsonarista.
As urnas são o caminho para a morte bolsonarista.
Mas Bolsonaro não quer urnas, quer voto em papel. Quer isso pra fazer bagunça depois de perder, como fez o seu ídolo Trump.
Fiquemos atentos.
Conclusão: o novo Coronavírus não tem ideologia, portanto ainda não é tempo de o Brasil ir às ruas, com ou sem máscaras. É preciso ter cuidado.
O Brasil cuidadoso, vale mais.
A Imprensa está fazendo um trabalho brilhante, até cego, como eu, vê isso.

J&CIA FAZ ESPECIAL SOBRE JOÃO DO RIO

Pra seu gosto, gosto pessoal, o presidente da República amanhece xingando jornalistas.
Xingar jornalistas é esporte bolsonarista.
Não dá pra levar a sério o que diz e o que faz o presidente Bolsonaro.
Hoje 1 é o Dia Nacional da Imprensa.
Esse dia tem por objetivo homenagear o primeiro editor de jornal do nosso País: Hipólito José da Costa (1774-1823).
Hipólito foi o criador do primeiro jornal a circular no Brasil: Correio Braziliense, editado em Londres.
Amanhã dois o newsletter Jornalistas&Cia trará em edição especial a história do jornalismo brasileiro.
O principal personagem dessa história é o carioca João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto.
A história desse João, famoso pelo pseudônimo de João do Rio, é mais do que fabulosa.
Convido a todos vocês a acessarem o site Portal dos Jornalista.
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A INSÔNIA É PRAGA EM PANDEMIA

Gabriel Garcia Márquez no traço do craque Fausto

O mundo vive uma pandemia dos infernos.
Não é de hoje que o mundo vive uma pandemia dos infernos.
Pandemia são acúmulos de doenças que chegam para matar meio mundo. E meio mundo morre com as pandemias que os infernos nos mandam.
Em todos os cantos, em todos os tempos, surgiram pandemias para acabar com o mundo. Até porque no mundo não cabe tanta gente. 
As pessoas morrem e morrem. 
E não adianta correr em busca da eterna juventude e da eternidade, enquanto pessoas somos. 
O romance Cem Anos de Solidão reflete a confusão que nós somos: nada. 
No famoso livro de Gabo (1927 - 2014) há personagens que vivem 120 e até 200 anos. E nada aprendem, e quando aprendem, aprendem pouco. 
Melquíades é um dos personagens que têm a idade na casa dos 200 anos. Fantástico!
Melquíades nasce, vive e morre, e depois renasce.
Úrsula, matriarca dos Buéndia, vai pra eternidade com cerca de 120 anos. 
E as guerras continuam, contraditoriamente enquanto todos buscam a paz. 
As pandemias continuam nascendo e renascendo. 
Visitación é uma indiazinha que chega a Macondo carregando na alma uma peste identificada como insônia;E nas costas, um saco com os ossos dos pais.
Visitación carrega também seus onze anos de idade. Pés descalços, sofrida.
Arrimo do mundo.
E aí todos esquecem tudo, até que ressurge Melquíades...
O livro Cem Anos de Solidão é absolutamente fora do real, sem fugir do real. 
E pensem bem, não entrei até aqui, na questão política explícita no livro. 
Pra terminar, repito o óbvio: Cem Anos de Solidão é obra prima. 
Mais uma coisinha, desculpem: cerca de 65% da população brasileira sofrem de insônia. 

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